Em 29 de Setembro, a sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) manobrou para apontar sua câmera HIRISE (High Resolution Imaging Science Experiment) para ISON, um novo cometa passando por Marte em seu caminho para o interior do sistema solar. HIRISE viu um pequeno ponto na posição do cometa que é relativamente brilhante, como uma estrela, mas se movendo em relação às verdadeiras estrelas.
A coma do cometa é aparentemente muito apagada, e esse dado é útil para se calcular o tamanho do núcleo e seu brilho, informações chaves para entender seu comportamento. A imagem mostra uma área de 256 x 256 pixels a uma distância do cometa de 12.8 milhões de quilômetros e com um ângulo de fase solar de 47 graus.
Com base em análises preliminares, o cometa parece estar no limite inferior da gama de previsões de brilho para observação. Como resultado, a imagem não é visualmente agradável, mas essa baixa atividade é melhor para a definição do tamanho do núcleo. Essa imagem tem uma escala de aproximadamente 13.3 quilômetros por pixel, maior que o cometa, mas o tamanho do núcleo pode ser estimado baseando-se no brilho típico do núcleo de outros cometas.
O cometa ISON, como Marte, está atualmente a 241 milhões de quilômetros do Sol. Conforme se aproxime do Sol, seu brilho aumentará para observadores na Terra e também pode se tornar intrinsecamente mais brilhante conforme a luz solar, cada vez mais forte, evapora o gelo do cometa.
Acredita-se que o cometa ISON (oficialmente de C/2012 S1) está em sua primeira passagem pelo interior do sistema solar vindo da Nuvem de Oort, uma coleção esférica de cometas e estruturas semelhantes que existe numa área situada entre um décimo de ano-luz e um ano-luz do Sol. O cometa passará a uma distância de 1.16 milhões de quilômetros do Sol em 28 de Novembro.
Ele foi descoberto em 21 de Setembro de 2012, aproximadamente entre Júpiter e Saturno, por Vitali Nevski e Artyom Novichonok, que fazem parte da International Scientific Optical Network (ISON), próximo a Kislovodsk, na Rússia.
Créditos: Cienctec