Esta nova imagem do VLT Survey Telescope (VST) do Observatório Paranal do ESO mostra a notável super grupo de estrelas Westerlund 1. Imagem publicada em 14 de Outubro de 2013. Créditos da imagem: ESO/VPHAS+ Survey/N. Wright. |
A maior estrela já descoberta pode dar aos cientistas um senso de como estrelas massivas morrem despejando no universo os ingredientes para a formação dos planetas rochosos e até mesmo da vida. A W26 é cerca de 1.500 vezes maior que o Sol, fazendo dela a maior estrela conhecida no universo. A estrela, uma supergigante vermelha está perto do final de sua vida e eventualmente explodirá numa supernova, dizem os cientistas.
“Estrelas com massas dezenas de vezes maior que o Sol vivem uma vida curta e dramática se comparada com suas co-irmãs menos massivas”, disseram os oficiais da Royal Astronomical Society (RAS), no Reino Unido. “Algumas das estrelas mais massivas vivem menos de poucos milhões de anos antes delas exaurirem seu combustível nuclear e então explodirem como supernovas. No fim de suas vidas essas estrelas tornam-se altamente instáveis e ejetam uma considerável quantidade de material desde seus envelopes externos”.
Os astrônomos estão usando o Very Large Telescope Survey Telscope (VST) do Observatório Sul Europeu no Chile, para estudar o maior aglomerado de estrelas na Via Láctea, uma coleção com centenas de milhares de estrelas localizado a aproximadamente 16.000 anos-luz de distância da Terra, e conhecido como Westerlund 1. Enquanto espiavam a W26 que se localiza dentro do Westerlund 1, a equipe notou algo estranho: a gigantesca estrela está circundada por uma grande e brilhante nuvem de gás hidrogênio.
Essa é a primeira “nebulosa ionizada” já encontrada ao redor de uma estrela supergigante vermelha e essa nuvem dá aos cientistas uma nova chance de estudar como a W26 e outras estrelas como ela expelem suas camadas antes de possivelmente se tornarem uma supernova, jogando material no meio interestelar.
“A W26 por si só é muito fria para fazer o gás brilhar, os astrônomos especulam que a fonte da radiação ionizante pode ser estrelas azuis quentes localizadas em qualquer lugar do aglomerado, ou possivelmente uma estrela companheira da W26 mais apagada e muito mais quente que ela”, dizem os oficiais da RAS. “O fato da nebulosa estar ionizada fará com que seja consideravelmente mais fácil de estudá-la no futuro se ela não estivesse ionizada”.
Uma nova foto da W26 e do Westerlund 1 mostra a nebulosa ionizada brilhando em verde, se destacando das outras estrelas. Apesar do tamanho o aglomerado parece apagado, pois o gás e poeira obscurecem sua visão na luz visível observada da Terra. O instrumento VST foi capaz de espiar através dessa névoa cósmica para investigar o aglomerado de estrelas e a W26. A nova pesquisa está detalhada no Monthly Notices da Royal Astronomical Society.
Créditos: Space.com via CiencTec
http://spacetoday.com.br/a-maior-estrela-ja-descoberta-esta-se-partindo/