23.2.12

Ele deixou suas pegadas entre as estrelas

23-02-2012

Godspeed, John Glenn. Like Houston, Tranquility Base here. The Eagle has landed. Essas são grandes citações da era espacial e a última, será lembrada para a eternidade graças ao vôo feito pela nave Friendship 7 ter terminado em sucesso, levando o astronauta John Glenn a orbitar a Terra por três vezes e provando de forma definitiva que os americanos tinham a tecnologia dominada para seguir em frente com o programa espacial. Há cinquenta anos atrás, no dia, 20 de Fevereiro, John Glenn foi lançado ao espaço em uma pequena cápsula azul localizada no topo de um foguete. Ele não teve problemas com a ausência de peso e embora o seu sistema de controle não fosse perfeito seu vôo ao redor da Terra é considerado um sucesso e sem falhas. Ele iniciou as observações da Terra feitas por astronautas comentando e fotografando o que via. Vôo esse que pode ser considerado como sendo o primeiro passo rumo a Lua.

Créditos: LPOD via Imagens do Universo
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Telescópio Hubble descobre nova classe de planeta

23-02-2012

A 40 anos-luz, GJ 1214b é maior do que a Terra e menor do que Urano. Mundo alienígena é formado por uma espessa atmosfera de vapor de água O telescópio espacial Hubble, das agências espaciais americana e européia, descobriu uma nova classe de planeta: um mundo de água coberto por uma atmosfera espessa e fumegante, menor do que Urano, mas maior do que a Terra. O trabalho foi aceito para publicação no periódico Astrophysical Journal. Esse tipo de planeta nunca havia sido observado. GJ 1214b foi descoberto em 2009, mas só agora os cientistas conseguiram confirmar detalhes sobre a atmosfera do planeta. Em 2010, outro grupo de cientistas realizou medições e descobriu que ela poderia ser formada por vapor de água ou nuvens. Agora, a equipe utilizou a câmera infravermelha do Hubble para confirmar que a atmosfera de GJ 1214b era formada por uma espessa e densa camada de vapor de água. O planeta possui 2,7 vezes o diâmetro da Terra e tem massa sete vezes maior. GJ 1214b completa uma órbita em volta de uma estrela anã vermelha a cada 38 horas a uma distância de dois milhões de quilômetros, o equivalente a uma vez e meia o diâmetro do Sol. Os cientistas estimam que a temperatura na superfície do mundo alienígena seja de 230º Celsius. Como a massa e o tamanho do planeta são conhecidos, os cientistas conseguem calcular sua densidade: dois gramas por centímetro cúbico. A água, por exemplo, tem densidade de um grama por centímetro cúbico e o valor médio para a densidade da Terra é de 5,5. Isso quer dizer que o GJ 1214b tem muito mais água e menos rocha do que nosso planeta. Por isso, a estrutura interna do mundo alienígena seria "extraordinariamente diferente" em relação a Terra. O planeta GJ 1214b está localizado na constelação de Serpentário, a 40 anos-luz da Terra. De acordo com os cientistas, liderados por Zachory Berta, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, ele não se parece com nenhum outro conhecido. "Grande parte de sua massa é formada por água", disse Berta. Os teóricos acreditam que o GJ 1214b começou sua formação distante de sua estrela-mãe, onde o gelo era abundante. Depois o planeta migrou para mais perto, passando pela zona habitável da estrela. Nesse momento, a temperatura da superfície seria semelhante a da Terra. Os cientistas não sabem dizer quanto tempo ele teria ficado assim. Por causa da proximidade do planeta, "apenas" 40 anos luz, o GJ 1214b é um grande candidato para ser estudado pelo telescópio espacial James Webb, o sucessor do Hubble. A missão de mais de oito bilhões de dólares tem previsão de lançamento para 2018.

Créditos: Veja via Imagens do Universo
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Chandra mede o vento mais rápido gerado por um buraco negro de massa estelar

23-02-2012

A imagem acima é na verdade um desenho artístico que mostra um sistema contendo um buraco negro com massa estelar chamado de IGR J17091-3624, ou para simplificar (ou nem tanto) IGR J17091. A forte gravidade do buraco negro, na parte esquerda do desenho, está puxando o gás de sua estrela companheira à direita. Esse gás forma um disco de gás quente ao redor do buraco negro e o vento está guinado esse disco. Novas observações feitas com o Observatório de Raios-X Chandra da NASA mediram o vento como sendo o mais rápido já observado sendo soprado do disco ao redor de um buraco negro de massa estelar. Buracos negros de massa estelar nascem quando estrelas extremamente massiva colapsam e normalmente pesam entre cinco e 10 massas solares. O vento está soprando à incrível velocidade de 20 milhões de milhas por hora, ou algo em torno de 3% da velocidade da luz. Isso é aproximadamente dez vezes mais rápido do que o vento mais rápido anteriormente medido e se ajusta com os ventos mais rápidos gerados por buracos negros supermassivos, objetos que milhões ou as vezes bilhões de vezes mais massivos. Outra descoberta é que o vento, que vem de um disco de gás ao redor do buraco negro pode carregar mais material do que o buraco negro está capturando. A alta velocidade do vento foi estimada a partir do espectro feito pelo Chandra em 2011. Um espectro mostra quão intenso os raios-X são nas diferentes energias. Íons emitem e absorvem em feições distintas do espectro, o que permite que os cientistas monitorem seus comportamentos. Um espectro do Chandra de íons de ferro feito dois meses antes não mostrou evidências desse vento de alta velocidade, significando que o vento provavelmente é ligado e desligado com o passar dos tempos.

Créditos: CiencTec via Imagens do Universo
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Onde está o Curiosity?

23-02-2012

A viagem da Terra até Marte demorará cerca de 36 semanas ou 254 dias. O cruzeiro terminará quando a sonda estiver a 45 dias, a contar da entrada na atmosfera marciana, quando começará a fase de aproximação. Clique na imagem e veja onde a sonda está nesse momento.

Créditos: NASA via Imagens do Universo
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Antigas colisões de galáxias criaram enormes redemoinhos estelares

23-02-2012

Clique nesta imagem para ver a simulação

Novas simulações sugerem que enormes redemoinhos de estrelas ao redor de galáxias distantes se formam quando duas galáxias de mesmo tamanho se chocam. A galáxia, denominada NGC 5907, está localizada a 50 milhões de anos-luz de distância na constelação do Draco. Seus laços e correntes contêm estrelas, gás e poeira distribuídos em um diâmetro de 150.000 anos-luz. Os pesquisadores, estudando esses redemoinhos, pensavam antes que eles eram formados quando uma galáxia relativamente pequena se chocava com uma galáxia maior e uma parte se separava do objeto maior formando tais redemoinhos. Mas num novo estudo, uma massiva simulação de computador mostrou que seria impossível para uma galáxia muito pequena produzir as correntes observadas. Para produzir tais feições, a situação mais provável seria a colisão de duas galáxias de tamanho parecido acontecido a aproximadamente 8 ou 9 bilhões de anos atrás. A simulação também mostrou que as galáxias precisavam ser muito ricas em gás para produzir os redemoinhos ao redor da NGC 5907. Acredita-se que grande parte das grandes galáxias espirais se formem por um processo semelhante. Ao longo da história do universo, galáxias menores se chocaram com outras e se fundiram, produzindo galáxias ainda maiores. A própria Via Láctea está em curso para se colidir com a galáxia vizinha Andrômeda, um encontro catastrófico que deve acontecer em aproximadamente 4.5 bilhões de anos.

Créditos: Wired Science via Imagens do Universo
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Cometa Halley: um solitário iceberg vagando no espaço

23-02-2012

Ao observar um cometa através de um telescópio, as únicas coisas que podemos ver são a cauda e a cabeleira, formadas pela nuvem de gás e poeira que sublimam ao se aproximar do Sol. Apesar de sabermos que os cometas são formados do material primordial que formou o Sistema Solar, é impossível ver o seu núcleo, que aparentaria um iceberg bastante sujo. Em 1986, no entanto, os cientistas conseguiram observar pela primeira vez o núcleo de um cometa e constataram que os errantes viajantes são mesmo verdadeiros icebergs que vagam pelo espaço. E a constatação não foi feita em um cometa qualquer. Para compreender um pouco mais sobre esses astros os pesquisadores escolheram o cometa Halley, que a cada 76 anos penetra o Sistema Solar e causa grande sensação aqui na Terra. Para observar o Halley bem de perto, a agência espacial européia enviou ao espaço a sonda automática Giotto, que se tornou a primeira nave a se encontrar com um cometa e observá-lo à medida que se aproximava do Sol. E o resultado não poderia ser diferente. Na medida em que se aproximava, valiosas informações eram enviadas à Terra e ajudaram os cientistas a compreender um pouco mais sobre esses ilustres visitantes. Os dados também permitiram aos pesquisadores criarem imagens impossíveis de serem feitas da Terra, como a mostrada acima. Nela, o núcleo congelado do cometa, de aproximadamente 15 km de comprimento, é visto com nitidez impressionante. Pela cena, detalhes escuros do núcleo cometário são vistos à direita enquanto o material sublimado (que passa do estado sólido para o estado gasoso) é visto fluindo na forma de cauda e cabeleira. Estima-se que a cada aproximação do cometa Halley cerca de seis metros de seu núcleo se perde na vaporização. Esse material se dispersa na forma de uma larga esteira de fragmentos que vaga pelo espaço e se choca com a Terra duas vezes por ano, provocando a chuva de meteoros Oriônidas, visível no mês de outubro e a chuva de meteoros Eta Aquarídeas, visível no mês de maio.

Créditos: Apollo 11 via Imagens do Universo
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Cientistas buscam entender as intensas explosões de raios gama

23-02-2012

Quando uma gigantesca estrela morre e colapsa dentro de si, um intenso pulso de raios gama é emitido, tornando esse objeto a fonte mais luminosa do Universo por alguns minutos. No entanto, esse fenômeno também parece ocorrer nos buracos negros e os cientistas estão tentando entender como isso acontece. O pulso de raios gama produzido pelas estrelas no momento da morte é a mais intensa manifestação energética que acontece no Universo. O processo é bem conhecido e ocorre quando uma estrela dez vezes mais densa que nosso Sol desmorona sobre si mesma e ejeta sua camada externa no espaço. Isso transforma a gigantesca estrela em um objeto extremamente denso e pequeno, do tamanho de uma cidade e que gira em velocidade muito elevada sobre seu próprio eixo. Todo esse processo leva cerca de 1 dia - tipicamente 20 minutos - e é acompanhado de um intenso flash observável de qualquer parte do Universo e que pode ser registrado em diversos comprimentos de onda, principalmente no espectro dos raios gama. Essa violenta explosão é conhecida como Supernova. De acordo com o conhecimento atual, se a densidade do pequeno e massivo objeto remanescente for igual ou superior a 3 massas solares, então esse objeto dará origem a um buraco negro. Apesar de ser típico de estrelas em colapso, algumas vezes esse descomunal flash também tem origem nos buracos negros rotativos, que ao girarem rapidamente sugam a matéria à sua volta e lançam ao espaço um fino feixe de energia muito alta, que se propaga em grande velocidade. "O buraco negro está girando rapidamente e à medida que suga matéria estelar ejeta um jato de material através de um envelope similar a uma supernova", explica o astrônomo da Universidade Pennsylvania Péter Mészáros, durante reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência. Esses jatos de radiação movem-se basicamente na velocidade da luz, que se acredita seja o limite da máxima velocidade possível no Universo. No entanto, para refinar suas teorias os pesquisadores precisam saber exatamente a velocidade desses jatos e para isso estão utilizando os dados do Telescópio Espacial Fermi, lançado em 2008 com o propósito de mapear todas as fontes de raios gama do Universo. "Fermi está fazendo um excelente trabalho em medir o quão perto da velocidade da luz o jato se propaga, mas ainda não sabemos exatamente se são 99,9995 % da velocidade da luz ou 99,99995% dessa velocidade", disse Mészáros. Embora os astrônomos tenham uma idéia geral sobre o que provoca uma explosão de raios gama, muitos aspectos do processo ainda estão envoltos em mistério. Um aspecto particularmente difícil de entender vem do fato de que essas explosões, e os buracos negros em seu interior, envolvem massas extremamente grandes confinadas em espaços muito pequenos. Para entender esses domínios, os cientistas usam duas teorias propostas ainda na primeira metade do século 20: a teoria da relatividade geral de Albert Einstein que abrange coisas gigantescas, de grande massa e alta energia e a teoria da mecânica quântica que reina sobre as dimensões absurdamente minúsculas. O problema é que as duas teorias são incompatíveis entre si e os cientistas não sabem como conciliá-las. "Até o momento temos sido capazes de descartar as versões mais simples de teorias que combinam a mecânica quântica com a gravidade, embora outras ainda precisam ser testadas", disse Mészáros. O que se espera é que, com mais dados observacionais do Telescópio Espacial Fermi e de outros instrumentos, os cientistas sejam capazes de refinar as teorias que descrevem as explosões de raios gama e também outras ocorrências que envolvem energias extremas no universo.

Créditos: Apollo 11 via Imagens do Universo
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Oh, Amaral!

23-02-2012

Denominada em 2008 em homenagem à pintora brasileira Tarsila do Amaral, a cratera Amaral foi imageada durante o primeiro sobrevoo da sonda MESSENGER em Mercúrio e no momento descobriu-se que ela continha brilhantes picos centrais que eram relativamente azulados nas imagens coloridas se comparados com o terreno ao redor. Os picos lembram os da cratera Eminescu em cor, agora sabe-se que é a localização de uma coleção de cavidades. Essa imagem espetacular da Amaral destaca a topografia dos picos dentro da cratera mas não mostra as cavidades esparsas como vistas dentro da Eminescu, acredita-se que isso possa ser uma pista de que talvez as pontas brilhantes dos picos da Amaral abriguem cavidades.

Créditos: MESSENGER via Imagens do Universo
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Marcas de material ejetado na superfície de Vesta

23-02-2012

Essa imagem feita pela câmera de enquadramento da sonda Dawn mostra muitas ondulações lineares e sinuosas cruzando a superfície do asteróide Vesta. Essas ondulações têm menos de 1 quilômetro de largura. Elas foram criadas quando grandes pedaços de detritos, que foram ejetados quando o material vindo do espaço atingiu o Vesta, arranhando e polindo a superfície. As grandes depressões circulares nessa imagem são crateras antigas e altamente degradadas que possuem os seus anéis quase que invisíveis. Essas crateras altamente degradadas foram quase que totalmente preenchidas por um material chamado de regolito. O regolito consiste de numerosas pequenas partículas que foram depositadas ou criadas por vários impactos que atingiram o Vesta. Essa imagem está localizada no Quadrante Gegania do Vesta e o centro da imagem está em 10.8 graus de latitude norte, e 10.5 graus de longitude leste. A sonda Dawn da NASA obteve essa imagem com sua câmera de enquadramento e com seu filtro limpo no dia 13 de Dezembro de 2011. A distância entre a sonda e a superfície do asteróide era de 189 quilômetros no momento da imagem e a resolução da imagem é de 18 metros por pixel. Essa imagem foi adquirida durante a fase LAMO, Low Altitude Mapping Orbit, da missão da sonda Dawn na órbita do Vesta.

Créditos: CiencTec via Imagens do Universo
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Detalhes das camadas de depósitos do pólo norte de Marte

23-02-2012

A imagem acima mostra camadas de depósitos coloridos de primavera na região polar norte de Marte e foi feita pela câmera HiRISE da sonda MRO. Os cientistas estudam as camadas de depósitos, pois com elas é possível determinar o ambiente do passado de Marte estudando a composição química das diferentes camadas. As camadas mais velhas estão soterradas por bilhões de anos de sedimentos e depósitos de poeira. Quando expostas, essas camadas nos dizem muito sobre o passado do clima em Marte incluindo como o ambiente de Marte era quando as camadas foram depositadas, quanto tempo o planeta Marte passou sobre determinado tipo de clima e o tempo aproximado em que o ambiente mudou. Resumindo, o estudo das camadas dos depósitos ajudará aos cientistas a determinarem quando a água foi abundante em Marte e aproximadamente quando e quanto levou para o planeta atingir o seu estado atual. Se nós soubermos quando e quanto tempo levou para a água desaparecer da superfície de Marte, nós podemos usar essa informação para descobrir onde existiu água em Marte.

Créditos: CiencTec via Imagens do Universo
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Visualização de uma supernova próxima

23-02-2012

Na virada do século 19, o sistema estelar binário Eta Carinae era apagado e difícil de ser identificado no céu. Nas primeiras décadas do século, ele tornou-se cada vez mais brilhante, até que em Abril de 1843, o sistema se tornou a segunda estrela mais brilhante no céu noturno, sendo superada somente pela estrela Sirius que está quase mil vezes mais próxima da Terra. Nos anos que se seguiram o sistema foi se apagando novamente e no século 20 ele ficou totalmente invisível a olho nu. A estrela continuou a variar em brilho desde então, e enquanto embora tenha se tornado visível novamente a olho nu, seu brilho nunca superou o pico de brilho atingido em 1843. A maior das duas estrelas no sistema de Eta Carinae é uma imensa e instável estrela que está perto do fim da sua vida, e o evento que os astrônomos observaram no século 19 foi uma experiência de quase morte de uma estrela. Os cientistas chamam essas explosões de eventos falsos de supernovas, pois eles são parecidos com as explosões de supernovas mas param pouco antes de destruir completamente a estrela. Embora os astrônomos do século 19 não tivessem telescópios poderosos o suficiente para ver a explosão de 1843 em detalhe, seu efeito pode ser estudado hoje. As imensas nuvens de matéria expelidas a um século e meio atrás, e conhecidas como Nebulosa do Homúnculo, tem sido um dos alvos favoritos do Hubble desde seu lançamento em 1990. A imagem acima, feita com o Canal de Alta Resolução da Câmera Avançada de Pesquisa é a imagem mais detalhada até hoje já feita desse objeto e mostra como o material da estrela não foi expelido de maneira uniforme, mas sim formando uma imensa forma de haltere. A Eta Carinae não é só interessante pelo que aconteceu em seu passado, mas também pelo seu futuro. Ela é uma das estrelas mais próxima da Terra que provavelmente irá explodir em uma supernova num futuro relativamente próximo, pensando em escala astronômica, um futuro relativamente próximo é algo em torno de um milhão de anos. Quando isso acontecer, espera-se que nós aqui na Terra possamos ver algo impressionante, algo que pode gerar uma estrela muito mais brilhante do que seu último pico de brilho. Os astrônomos imaginam isso, pois a SN 2006gy, a supernova mais brilhante já observada se originou de uma estrela do mesmo tipo. A imagem acima consiste de uma combinação de imagens obtidas na luz ultravioleta e visível. O campo de visão dessa imagem é de aproximadamente 30 arcos de segundo de diâmetro.

Créditos: Space Telescope via Imagens do Universo
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12.2.12

Vega pronto para o seu voo inaugural

12-02-2012


No próximo dia 13 de Fevereiro descolará pela primeira vez o novo lançador da Agência Espacial Européia, Vega. O primeiro foguete Vega irá descolar do Porto Espacial Europeu, em Kourou, na Guiana Francesa, transportando nove satélites, aumentando assim a capacidade da frota de lançadores européia.

A primeira missão, designada VV01, tem a descolagem marcada para uma janela de lançamento de duas horas. Das 10:00–12:00 GMT. Este primeiro voo marca o culminar de nove anos de desenvolvimento, a cargo da ESA e parceiros, a agência espacial italiana (ASI) e a ELV SpA, o contratante principal para o desenvolvimento do veículo. Este programa foi suportado por sete estados membros: Bégica, França, Itália, Holanda, Espanha, Suécia e Suiça.

O Vega é compatível com cargas que vão dos 300 kg aos 2.500 kg, dependendo do tipo de órbita e da altitude requerida pelos clientes. Com estas características, o Vega oferece à Europa uma grande segurança, fiabilidade e competitividade no lançamento de equipamento científico e de observação da Terra. O Vega vem assim complementar a família de lançadores já disponíveis na Guiana Francesa: o Ariane 5 para cargas pesadas e o Soyuz como lançador de médio porte, introduzido em Outubro de 2011.

Neste voo inaugural, a carga consiste em dois satélites italianos – o de laser LARES, da ASI, e o ALMASat-1, da Universidade de Bolonha – tal como sete nanosatélites, de universidades européias: e-St@r (Itália), Goliat (Romênia), MaSat-1 (Hungria), PW-Sat (Polônia), Robusta (França), UniCubeSat GG (Itália) e o Xatcobeo (Espanha).

Esta primeira missão permitirá certificar todo o sistema Vega, incluindo o próprio veículo, a sua infra-estrutura de lançamento e operações, da campanha de lançamento à separação da carga e desativação do andar superior. Depois deste voo de certificação, o sistema de lançamento do Vega será entregue à Arianespace, que ficará responsável pelas operações.

A empresa também terá a seu cargo a comercialização no mercado internacional, tendo como objetivo conseguir pelo menos duas missões por ano. A ESA será o primeiro cliente da Arianespace, com cinco lançamentos.


Fontes e Créditos: ESA via Imagens do Universo
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Estará a rotação de Vênus abrandando?

12-02-2012

Dados recentemente obtidos pela Venus Express revelaram que o período de rotação de Vênus é agora 6,5 minutos mais longo que o medido no início dos anos 90 pela sonda americana Magellan. Esta intrigante diferença foi detectada pelos cientistas da missão européia depois de verificarem que as estruturas geológicas que estudavam não se encontravam exatamente na posição esperada. Usando dados obtidos pelo instrumento VIRTIS (Visible and Infrared Thermal Imaging Spectrometer) da Venus Express, investigadores da ESA descobriram que pontos específicos da superfície venusiana se encontravam deslocados cerca de 20 km em relação aos locais onde deveriam estar, tendo em conta o período de rotação calculado há quase duas décadas pela Magellan. Cerca de 4 anos e meio na órbita do planeta permitiram à sonda da NASA determinar com extrema precisão a duração do dia venusiano, fixando-o em 243,0185 ± 0,0001 dias terrestres. Agora, quase 18 anos após a Magellan ter concluído a sua missão, dados obtidos pela Venus Express indicam que o período de rotação de Vênus se estendeu em média por mais 6,5 minutos. O que terá provocado o abrandamento da rotação de Vênus? A resposta poderá estar na densa atmosfera do planeta. Com mais de 90 vezes a pressão registada na superfície da Terra e com a presença de ventos velozes nas camadas mais altas, a atmosfera venusiana exerce uma fricção considerável na superfície, fricção essa capaz de alterar o período de rotação. No nosso planeta, os ventos e as marés produzem um efeito semelhante, provocando a cada ano oscilações sazonais no período de rotação terrestre em cerca de 1 milissegundo. A variação observada pela Venus Express é, no entanto, demasiado elevada, tendo em conta que ocorreu em apenas um par de décadas. Os cientistas da missão estão ainda investigando a contribuição de outros mecanismos neste fenômeno, incluindo a troca de momento angular entre Vênus e a Terra quando os dois planetas se encontram mais próximos um do outro.

Créditos: AstroPT via Imagens do Universo
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8.2.12

Encélado iluminado por Saturno

08-02-2012

Essa lua está sendo iluminada pela luz refletida de seu planeta. Especificamente, uma grande porção de Encélado, mostrado acima, está sendo iluminado primariamente pela luz do Sol refletida por Saturno. O resultado é que a lua que normalmente tem uma tonalidade branca como a neve aparece na cor dourada do topo das nuvens de Saturno. Como grande parte da iluminação vem da esquerda da imagem, um labirinto de cadeias gera notáveis sombra se formando na parte direita da imagem, enquanto que o cânion com um quilômetro de profundidade, o Labtayt Sulci é visível abaixo. A parte fina brilhante e crescente de Encélado, na parte mais a direita da imagem é a única parte de Encélado diretamente iluminada pelo Sol. A imagem acima foi feita em 2011, enquanto a sonda Cassini realizava sua passagem sobre a lua. Uma olhada com mais cuidado na imagem acima revela na parte inferior de Encélado as plumas de cristais de gelo que acredita-se tenham suas origens no mar localizado abaixo de sua superfície.

Créditos: APOD via Imagens do UniversoLink
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Radar da Mars Express proporciona fortes evidências de oceano antigo em Marte

08-02-2012

A sonda Mars Express da ESA retornou fortes evidências de que um oceano já cobriu parte de Marte. Através de radar, detectou sedimentos remanescentes do fundo de um oceano dentro dos limites de antigas linhas costeiras, previamente identificadas, em Marte. O radar MARSIS foi ligado em 2005 e tem recolhido dados desde aí. Jérémie Mouginot, do IPAG (Institut de Planétologie et d'Astrophysique de Grenoble) e da Universidade da Califórnia, em Irvine, EUA, e seus colegas, analisaram mais de dois anos de dados e descobriram que as planícies norte estão cobertas por material pouco denso. "Interpretamos estes dados como depósitos sedimentares, talvez ricos em gelo," afirma o Dr. Mouginot. "É uma nova indicação forte da existência passada de um oceano." Há algum tempo que se suspeita da existência de oceanos no passado de Marte, desde que características remanescentes de linhas costeiras foram tentativamente identificadas em imagens obtidas por várias sondas. Mas esta questão ainda permanece controversa. Foram propostos dois oceanos: um há 4 bilhões de anos, quando existiam condições mais amenas, e também há 3 bilhões de anos, quando o gelo subsuperficial derreteu após um grande impacto, criando canais de escoamento que levaram a água para áreas de baixa elevação. "O MARSIS penetra bem no chão, revelando os primeiros 60-80 metros da subsuperfície do planeta," afirma Wlodek Kofman, líder da equipa de radar no IPAG. "Em toda esta profundidade, conseguimos ver evidências de sedimentos e gelo." Os sedimentos revelados pelo MARSIS são de áreas com baixa reflectividade de radar. Tais sedimentos são tipicamente materiais granulados com densidade baixa, que sofreram erosão pela água e que foram transportados para o seu destino final. O oceano daqui resultante, no entanto, foi apenas temporário. Em um milhão de anos ou até menos, estima o Dr. Mouginot, a água ou teria congelado, ou teria sido preservada de novo por baixo do chão, ou teria se evaporado e gradualmente transportado para a atmosfera. "Não penso que pudesse ter permanecido como um oceano o tempo suficiente para a vida se formar." Em ordem a descobrir evidências de vida, os astrobiólogos terão que olhar ainda mais para o passado de Marte, quando a água líquida existiu durante períodos muito mais longos. De fato, esta nova investigação vem na esteira de um estudo separado que descobriu que Marte pode ter passado por uma "super-seca", tornando-o seco por demasiado tempo para a vida existir à superfície do planeta. Mesmo assim, este trabalho fornece algumas das melhores evidências até agora da existência passada de grandes corpos de água líquida em Marte e reforça o papel da água líquida na história geológica marciana. "Os resultados anteriores da Mars Express acerca da água em Marte vieram do estudo de imagens e de dados mineralógicos, bem como de medições atmosféricas. Agora temos dados subsuperficiais de radar," afirma Olivir Witasse, cientista do projecto Mars Express para a ESA. "Isto dá-nos novas informações do puzzle, mas a questão permanece: para onde foi toda esta água?" A Mars Express continua a sua investigação.

Créditos: Astronomia On-line via Imagens do Universo
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Eros visto no céu

08-02-2012

Clique na imagem

O asteróide Eros tem 33 kms de comprimento. Este asteróide passa por aqui periodicamente, podendo dentro de 1 milhão de anos bater na Terra e provocar a devastação que provocou o asteróide que extinguiu os dinossauros. No passado dia 31 de Janeiro de 2012, este asteróide passou relativamente perto da Terra (a cerca de 27 milhões de km, ou cerca de 70 vezes a distância da Terra à Lua), com uma magnitude visual de +8. A última vez que tinha acontecido tinha sido em 1975 e a próxima será em 2056.

Os astrônomos amadores tentaram obviamente não perder este acontecimento. O evento foi registado pelo astrônomo amador português Paulo Casquinha, no dia 1 de Fevereiro entre as 00:24:24 h e as 00:41:57 h. Na animação acima, as duas linhas que aparecem são satélites. O primeiro é o Amos 5, satélite de comunicações com magnitude 13.7, e o segundo é um satélite de TV, o Sesat com magnitude 11.


Créditos: AstroPT via Imagens do Universo
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A poeira da Nebulosa de Órion

08-02-2012

O que envolve um local de formação de estrelas? No caso da Nebulosa de Órion, poeira. O campo inteiro de Órion, localizado a aproximadamente 1.600 anos-luz de distância da Terra, é inundado com intrigantes e pitorescos filamentos de poeira. Opaco para a luz visível, a poeira é criada na atmosfera externa de estrelas frias e massivas e expelida por um forte vento externo de partículas. O Trapézio e outros aglomerados estelares de formação de estrelas estão mergulhados na nebulosa. Os intrigantes filamentos de poeira ao redor da M42 e M43 aparecem em marrom na imagem acima, enquanto que o gás brilhante central é destacado em vermelho. Pelos próximos milhões de anos, boa parte da poeira de Órion será destruída lentamente por muitas estrelas que estão agora em formação, ou será dispersada no interior da galáxia.
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Seca de 600 milhões de anos pode ter eliminado vida em Marte

08-02-2012

Cientistas disseram que a vida nas primeiras camadas do solo marciano pode não existir em um novo estudo, já publicado no jornal "Geophysical Research Letters". Ela teria sido eliminada ao longo de uma superseca com cerca de 600 milhões de anos e só poderia ser encontrada em regiões bem mais profundas do planeta. A afirmação é baseada na análise de uma amostra coletada durante a missão Phoenix, em 2008. Durante três anos, os pesquisadores do Imperial College London estudaram as partículas da terra para determinar se o planeta era ou não habitável. Elas indicaram que o solo marciano se formou em condições áridas, da mesma forma que a Lua, o que dificultaria a sobrevivência de algum tipo de vida. Mais: apesar de estar originalmente em uma região gelada ao norte de Marte, a terra, segundo pesquisas prévias, também cobriria o restante do astro. Ou seja, a mesma hipótese de "clima seco acaba com vida" valeria para o resto do planeta. Tom Pike, que liderou o grupo, disse que o planeta que conhecemos hoje não se parece com o antigo, que tinha períodos quentes e úmidos. Apesar de se supor que o solo de Marte teve água líquida por pelo menos 5.000 anos desde a formação do planeta, esse período não foi o suficiente para a superfície abrigar propriamente vida.

Créditos: Folha Ciência via Imagens do UniversoLink
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6.2.12

Novo planeta gigante é provavelmente o mais habitável já encontrado

06-02-2012

Um planeta alienígena com possibilidades de ser habitável e abrigar água, e até a vida em sua superfície, foi descoberto perto de uma estrela não muito longe daqui.

O planeta está localizado na zona habitável de sua estrela principal, onde as temperaturas não são nem tão quentes nem tão frias, permitindo a presença de água líquida.

“É o santo gral da pesquisa por exoplantas encontrar um que esteja na distância certa para permitir a água líquida”, afirma Steven Vogt, astrônomo da Universidade da Califórnia. “Ele está no ponto certo da zona habitável – não há dúvidas sobre isso”.

Vogt é um dos pesquisadores do novo estudo, liderado por Guillem Anglada-Escudé e Paul Butler, do Instituto Carnegie de Ciência, uma organização privada sem fins lucrativos. “Esse novo planeta é o melhor candidato a abrigar água e, talvez, a vida como a conhecemos”, comenta Anglada-Escudé.

Os pesquisadores estimam que o planeta, chamado de GJ 667Cc, é pelo menos 4,5 vezes mais massivo do que a Terra. Ele leva apenas 28 dias para orbitar sua estrela, que está localizada a cerca de 22 anos-luz de nós, na Constelação de Escorpião.

“Basicamente, nosso vizinho mais próximo”, afirma Vogt. “É muito perto. Existem apenas cerca de 100 estrelas mais perto do que ela”.

E não bastasse o interesse, a estrela principal, GJ 667C, é membro de um sistema estelar triplo. Ela é uma estrela anã, com cerca de um terço da massa do sol, e apesar do brilho fraco, pode ser vista com telescópios da Terra.

“O planeta gira em torno de uma estrela que é parte de um sistema triplo”, explica Vogt. “As outras estrelas estão bem longe, mas seriam muito bonitas no céu”.

A descoberta de um planeta ao redor da GJ 667C foi uma surpresa para os astrônomos, já que o sistema inteiro tinha uma química diferente do nosso sol. O sistema possui menos elementos pesados, como ferro, carbono e silício.

“É bem deficiente em metais”, comenta Vogt. “Esses são os materiais que formam os planetas – os grãos que se juntam e os formam – então não esperávamos que essa estrela fosse do tipo que abrigasse planetas”.

A grande descoberta pode significar que mundos alienígenas habitáveis estejam em uma variedade de ambientes, mais diversos do que se pensava.

“As estatísticas dizem que nós não acharíamos algo assim tão rápido se não existissem muitos por aí”, afirma Vogt. “Isso nos diz que devem ter muitos planetas assim. Foi quase fácil de achar, e aconteceu muito rápido”.

Outra super Terra cuja órbita é muito próxima à GJ 667C foi detectada antes, em 2010, mas a descoberta nunca foi publicada. Esse planeta, chamado de GJ 667Cb, leva 7,2 dias para terminar sua órbita, mas sua localização o torna muito quente para a existência de água líquida na superfície.

O planeta GJ 667Cc é um candidato muito mais intrigante. “Quando um planeta cresce até cerca de 10 vezes maior do que a Terra, ocorre um processo em que ele começa a ‘comer’ todo o gás e gelo que está se formando, e rapidamente vira algo como Urano, Saturno ou Júpiter”, explica Vogt. “Quando você tem a superfície e a temperatura correta, se há água ao redor, há uma boa chance de ela ser líquida. Esse planeta está no ponto certo da zona habitável, então temos a temperatura e a massa certas”.

Observações preliminares também sugerem que mais planetas podem existir nesse sistema, incluindo um gigante de gás e outra super Terra que leva cerca de 75 dias para finalizar sua órbita. Mas, afirmam os cientistas, mais pesquisa é necessária para confirmar esses candidatos, assim como detalhes sobre a potencialmente habitável super Terra.

Créditos: Hypescience
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Lunação

06-02-2012

A aparência da Lua muda a cada noite. Nessa sequência de imagens acima configuradas como se fosse um vídeo do tipo time-lapse, pode-se ver como a aparência da Lua muda durante uma lunação, ou seja, um ciclo lunar completo. À medida que a Lua orbita a Terra, a metade iluminada pelo Sol torna-se cada vez mais visível e então começa a diminuir. A Lua sempre mantém a mesa face voltada para a Terra. O tamanho aparente da Lua muda muito pouco, apesar de uma pequena oscilação chamada de libração ser observada à medida que ela avança ao longo da órbita elíptica. Durante o ciclo, a luz do Sol reflete na Lua em diferentes ângulos, e assim ilumina as feições lunares de forma diferente. Uma lunação completa dura 29.5 dias um pouco menos de um mês.

Créditos: APOD via Imagens do Universo
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