31.10.13

Cientistas descobrem o primeiro exoplaneta rochoso com tamanho parecido com o da Terra



Astrônomos descobriram o primeiro planeta com o mesmo tamanho que a Terra fora do Sistema Solar que tem uma composição rochosa como a Terra.

O Kepler-78b orbita sua estrela hospedeira a cada 8.5 horas, fazendo dele um verdadeiro inferno que não é um lugar muito propício para o desenvolvimento da vida como a conhecemos.

“A notícia chegou em grande estilo com a mensagem: Kepler-10b tem um irmãozinho”, disse Natalie Batalha, cientista da missão Kepler no Ames Research Center da NASA em Moffett Field na Califórnia.

Batalha liderou a equipe que descobriu o Kepler-10b, um exoplaneta maior mas também rochoso identificado pela sonda Kepler.

“A mensagem expressa o prazer de se saber que a família de exoplanetas do Kepler está crescendo”, refletiu Batalha.

“Isso também mostra o progresso”.

“As equipes Doppler estão atentas para a precisão de mais alto nível, medindo a massa de planetas menores, uma de cada vez”.

“Essas equipes vivem motivadas pela esperança de um dia encontrar a evidência da vida fora da Terra”.

O Kepler-78b foi descoberto usando dados do telescópio espacial Kepler da NASA, que por quatro anos simultaneamente e continuamente monitorou mais de 150,000 estrelas buscando por quedas minúsculas nos brilhos dessas estrelas, quedas essas causadas pelo cruzamento ou trânsito dos exoplanetas.

Dois grupos de pesquisa independentes então usaram telescópios baseados em Terra para confirmar e caracterizar o Kepler-78b.

Para determinar a massa do planeta, a equipe empregou o método da velocidade radial para medir quanta força gravitacional de um planeta órbita faz com que a estrela oscile.

O Kepler, por outro lado, determina o tamanho ou o raio do planeta pela quantidade da luz estelar que é bloqueada quando o planeta passa em frente da sua estrela hospedeira.


Um punhado de planetas com o tamanho ou com a massa da Terra tem sido descoberto.

O Kepler-78b é o primeiro a ter tanto a massa quanto o tamanho.

Com ambas as quantidades conhecidas, os cientistas podem calcular uma densidade e determinar do que o planeta é feito.

O Kepler-78b é cerca 1.2 vezes maior que a Terra e 1.7 vezes mais massivo, resultando numa densidade que é a mesma que a da Terra. Isso sugere que Kepler-78b é também feito principalmente de rocha e ferro.

Sua estrela é levemente menor e menos massiva que o Sol e está localizada a cerca de 400 anos-luz da Terra na direção da constelação de Cygnus.

Uma equipe liderada por Andrew Howard da Universidade do Havaí em Honolulu, fez observações posteriores usando o Observatório W.M. Keck no topo de Mauna Kea no Havaí.

A outra equipe liderada por Francesco Pepe da Universidade de Genebra, na Suíça, fez suas observações terrestres desde o observatório de Roque de Los Muchachos em La Palma, nas Ilhas Canárias.

Esse resultado será um dos mais discutidos na próxima semana durante a segunda conferência científica do Kepler, de 4 a 8 de Novembro no Ames.

Mais de 400 astrofísicos da Austrália, China, Europa, América Latina e dos EUA apresentarão seus últimos resultados usando os dados publicamente acessíveis do Kepler.


Fontes e Créditos: Cienctec
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28.10.13

Telescópio registra lugar mais frio conhecido no Universo



Com temperatura de um grau Kelvin, apenas um grau Celsius acima do zero absoluto (-272 ºC), a Nebulosa do Bumerangue é o objeto mais gelado já identificado no Universo - mais frio até que o fraco resplendor que sucedeu o Big Bang, o evento explosivo que criou o cosmo. Astrônomos utilizando o telescópio Alma, o mais poderoso para a observação do Universo frio, voltaram a observar essa protonebulosa planetária para aprender mais sobre suas gélidas características e determinar seu real formato, que conta com uma aparência fantasmagórica, de acordo com a agência espacial americana (Nasa).

“Esse objeto ultra-frio é extremamente intrigante e estamos aprendendo muito mais sobre a sua verdadeira natureza com o Alma”, disse Raghvendra Sahai, pesquisador e cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, na Califórnia (Estados Unidos).

“O que parecia um lóbulo duplo em formato de ‘bumerangue’ quando visto a partir de telescópios ópticos é, na verdade, uma estrutura muito mais ampla que está se expandindo rapidamente pelo espaço”, garantiu o astrônomo.

A estrutura azul ao fundo da imagem, visível através da luz pelo telescópio espacial Hubble, mostra um formato considerado clássico para esse tipo de estrutura cósmica, com uma região central muito estreita. Através da alta resolução do telescópio Alma no Chile, os astrônomos puderam ver as frias moléculas de gás que revelam uma forma mais alongada da nebulosa, em vermelho na imagem. "Isso é importante para a compreensão de como as estrelas morrem e se tornam nebulosas planetárias", afirmou Sahai.

"Utilizando o Alma, conseguimos - literal e figurativamente - lançar nova luz sobre os últimos momentos de vida de uma estrela como o Sol." A Nebulosa do Bumerangue, localizada a 5 mil anos-luz da Terra, na constelação de Centaurus, é um exemplar relativamente jovem dos objetos conhecidos como nebulosa planetária - corpos celestes que, ao contrário do que o nome indica, estão na verdade na fase final de suas vidas como estrelas semelhantes ao Sol que deixaram suas camadas exteriores.

O que permanece no centro delas são estrelas anãs brancas, que emitem radiação ultravioleta capaz de fazer o gás nas nebulosas brilhar e emitir luz.

Créditos: Terra
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25.10.13

Os Planetas no lugar da lua

Imagens mostram como seria se os planetas ficassem no lugar da Lua.

A ideia e execução é do autor e artista Ron Miller, um apaixonado pela temática do espaço. Partindo de uma imagem com a Lua surgindo no céu, ele criou uma série de 7 fotos, colocando um planeta diferente em cada uma delas.

O resultado é surpreendente. Miller levou em conta a distância da Lua para a Terra e manteve a composição química e o brilho de cada um dos planetas, simulando que as condições seriam as mesmas caso estivessem, de fato, no lugar da Lua. Num trabalho bastante criativo, ele mostra que por exemplo Júpiter, que tem 40 vezes o tamanho da Terra, ocuparia todo o céu, criando um efeito visual bem diferente daquele que estamos acostumados. Confira:


A Lua

Mercúrio

Vênus

Marte

Júpiter

Saturno

Urano

Netuno

Créditos: Hypeness

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20.10.13

Observando Saturno de cima


Créditos da imagem: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute/G. Ugarkovic
Esse retrato olhando Saturno de cima com seus anéis foi criado a partir de imagens obtidas pela sonda Cassini, da NASA, em 10 de Outubro de 2013. Esse mosaico foi gerado pelo processador amador de imagens e grande fã da missão Cassini, Gordon Ugarkovic. Essa imagem não foi geometricamente corrigida para os desvios na perspectiva da sonda e ainda possui alguns artefatos da câmera. O mosaico acima foi criado a partir de 12 imagens obtidas com os filtros azul e verde do subsistema de imageamento científico da Cassini.

Ugarkovic usou o conjunto colorido completo para 11 das componentes do mosaico e imagens azul e vermelhas para um dos componentes.
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A maior estrela já descoberta está se partindo

Esta nova imagem do VLT Survey Telescope (VST) do Observatório Paranal do ESO mostra a notável super grupo de estrelas Westerlund 1. Imagem publicada em 14 de Outubro de 2013. Créditos da imagem: ESO/VPHAS+ Survey/N. Wright.

A maior estrela já descoberta pode dar aos cientistas um senso de como estrelas massivas morrem despejando no universo os ingredientes para a formação dos planetas rochosos e até mesmo da vida. A W26 é cerca de 1.500 vezes maior que o Sol, fazendo dela a maior estrela conhecida no universo. A estrela, uma supergigante vermelha está perto do final de sua vida e eventualmente explodirá numa supernova, dizem os cientistas.

“Estrelas com massas dezenas de vezes maior que o Sol vivem uma vida curta e dramática se comparada com suas co-irmãs menos massivas”, disseram os oficiais da Royal Astronomical Society (RAS), no Reino Unido. “Algumas das estrelas mais massivas vivem menos de poucos milhões de anos antes delas exaurirem seu combustível nuclear e então explodirem como supernovas. No fim de suas vidas essas estrelas tornam-se altamente instáveis e ejetam uma considerável quantidade de material desde seus envelopes externos”.

Os astrônomos estão usando o Very Large Telescope Survey Telscope (VST) do Observatório Sul Europeu no Chile, para estudar o maior aglomerado de estrelas na Via Láctea, uma coleção com centenas de milhares de estrelas localizado a aproximadamente 16.000 anos-luz de distância da Terra, e conhecido como Westerlund 1. Enquanto espiavam a W26 que se localiza dentro do Westerlund 1, a equipe notou algo estranho: a gigantesca estrela está circundada por uma grande e brilhante nuvem de gás hidrogênio.

Essa é a primeira “nebulosa ionizada” já encontrada ao redor de uma estrela supergigante vermelha e essa nuvem dá aos cientistas uma nova chance de estudar como a W26 e outras estrelas como ela expelem suas camadas antes de possivelmente se tornarem uma supernova, jogando material no meio interestelar.

“A W26 por si só é muito fria para fazer o gás brilhar, os astrônomos especulam que a fonte da radiação ionizante pode ser estrelas azuis quentes localizadas em qualquer lugar do aglomerado, ou possivelmente uma estrela companheira da W26 mais apagada e muito mais quente que ela”, dizem os oficiais da RAS. “O fato da nebulosa estar ionizada fará com que seja consideravelmente mais fácil de estudá-la no futuro se ela não estivesse ionizada”.

Uma nova foto da W26 e do Westerlund 1 mostra a nebulosa ionizada brilhando em verde, se destacando das outras estrelas. Apesar do tamanho o aglomerado parece apagado, pois o gás e poeira obscurecem sua visão na luz visível observada da Terra. O instrumento VST foi capaz de espiar através dessa névoa cósmica para investigar o aglomerado de estrelas e a W26. A nova pesquisa está detalhada no Monthly Notices da Royal Astronomical Society.

Créditos: Space.com via CiencTec
http://spacetoday.com.br/a-maior-estrela-ja-descoberta-esta-se-partindo/
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O Nascer da Lua em 19 de outubro

Aproveitando o dia de meu aniversário, por estar a lua numa fase cheia, preparei o telescópio e apontei na direção leste, esperando a lua nascer.

Com um difícil posicionamento, e ajuste de cores eis as fotos capturadas:





Pode-se observar nas três fotos a cratera Tycho.
As fotos não estão lá essas coisas, mas fica só pra registrar.
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19.10.13

Hubble lança nova imagem do cometa ISON



A prova fotográfica está aí. Os relatos sobre o falecimento do cometa ISON foram muito exagerados. Ao contrário de algumas previsões pessimistas, novos dados do Hubble mostram que o cometa ainda caminha à medida que ele caí em direção a Marte e fica cada vez mais perto do Sol.

Essa nova imagem, registrada pelo Hubble em 9 de Outubro de 2013, combina longas exposições feitas através dos filtros azul e vermelho. Por mais de 29 minutos, o Hubble ficou trocando os filtros à medida que rastreava o cometa ISON pelo céu. O pouco de cor apresentado pelo ISON se deve às diferenças entre a coma do cometa e a sua cauda.

A cauda, composta de partículas de poeira arrancadas do cometa pela pressão da luz do Sol, aparece mais avermelhada devido aos grãos de poeira refletirem a luz avermelhada. A coma, em contraste é mais azulada. Ela não possui muita poeira, apenas gás sublimando da superfície do cometa.

O núcleo do cometa, estimado em ter no mínimo 2 quilômetros de diâmetro, é pequeno mesmo aos olhos do Hubble. Um simples pixel nessa imagem se espalha por 55 km do cometa, fazendo com que o núcleo não seja resolvido nessa separação, no momento da foto o cometa estava a aproximadamente uma distância equivalente ao dobro da distância entre a Terra e o Sol. Ainda assim, estudos cuidadosos dessa imagem sugerem que o núcleo está praticamente intacto – a coma se espalha de maneira uniforme a partir de um único ponto, o que não veríamos se o ISON estivesse despedaçado.

De fato, a simetria da coma do ISON sugere que o toda a superfície do cometa de frente para o Sol está alimentando a coma – nenhum jato de gás foi visto nessa imagem.

Sem os jatos para girá-lo, o ISON provavelmente não sofrerá muita rotação.

Isso sugere um excitante futuro potencial: talvez exista um lado escuro do ISON, que nunca verá a luz do dia até que o cometa circule o Sol.

Se esse material primitivo ainda existir, o ISON pode tornar-se mais ativo do que nós esperamos atualmente.


Um mistério ainda persiste. Como tem o ISON provocado previsões que vão desde “mais brilhante do que a Lua” até “totalmente desintegrado”?

Simplificando, o ISON chegou cedo. Quando foi descoberto pela primeira vez, passando por Júpiter, o ISON estava realmente brilhante.

Extrapolando esses dados da primeira observação fizeram com que o ISON parecesse ‘ficar ainda mais brilhante quando estivesse mais próximo – e quando isso não aconteceu, a cobertura da imprensa de maneira em geral oscilou chamando o cometa ISON de uma grande decepção.

De acordo com Mike A’Heran, da Universidade de Maryland, essa é a maldição desses cometas dinamicamente novos, incluindo o infame Kohoutek.

Nos primeiros quatro bilhões de anos de suas vidas, o ISON nunca ficou sobre o guarda-chuva protetor do vento solar.

Sem essa proteção, a superfície do cometa foi bombardeada por raios cósmicos galácticos: partículas de alta energia expelidas de locais exóticos no Universo como os anéis dos buracos negros. Essa superfície irradiada se torna frágil e volátil – um pouco de calor proveniente do Sol é necessário para sublimar uma grande quantidade de gás fazendo com que o brilho do ISON surgisse cedo.

Essa é apenas uma interpretação – Karen Meech da Universidade do Havaí, argumenta que uma explosão de monóxido de carbono explica melhor o brilho pré-maturo – mas as consequências ainda permanecem.

O ISON tem sido julgado injustamente com base no próprio padrão que estabeleceram para ele. Então na imagem acima nós podemos observar o cometa ISON de forma dicromática, ainda com uma peça só, na rota rumo ao Sol. Esperamos que ele sobreviva ao seu destino, calor e gravidade – pelo menos o suficiente para iluminar os céus antes do amanhecer em Dezembro de 2013. O que mais podemos pedir a ele?


Créditos: CiencTec
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12.10.13

Saudável, cometa ISON pode ser destruído durante aproximação solar



Apesar de alguns astrônomos apostarem suas fichas que o cometa C/2012 S1 ISON pode se desintegrar nos próximos dias, a maior parte dos observadores pensa de forma diferente e afirma que o cometa deve chegar intacto ao periélio, mas não deverá sobreviver. Como temos afirmado desde o início, cometas são os mais instáveis entre os objetos dentro do Sistema Solar e à medida que se aproximam do Sol, mais instáveis e espetaculares se tornam.

A dinâmica envolvida é bastante complexa e envolve muito mais parâmetros que aqueles necessários para calcular suas orbitas. Densidade, composição e formato exato da rocha são bastante difíceis de determinar com precisão e eles influenciam diretamente no comportamento de um cometa.

E para piorar as coisas, quanto mais perto do Sol, maior a complexidade da previsão embora a orbita permaneça praticamente a mesma desde que foi calculada. Atualmente, ISON se desloca a 125 mil km/h e se localiza a cerca de 220 milhões de quilômetros do Sol e ninguém sabe com 100% de certeza o que vai acontecer com ele quando atingir o periélio, a máxima aproximação da estrela, mas algumas especulações mostram como será o destino do cometa.

O trabalho dos astrônomos tem sido incessante, pautados mais por dados estatísticos e comparativos do que em observações diretas ou fotográficas, estas últimas usadas principalmente na mensuração da magnitude, detecção de jatos de gás e verificação da rotação do cometa. Baseado em dados da magnitude observada, um dos mais respeitados especialistas em cometas coloca ISON em "estado de alerta laranja".

Para Ignácio Ferrìn, ligado ao Centro de Física Fundamental da Universidade dos Andes, na Venezuela, a curva de luz secular, uma espécie de histórico do brilho durante a vida de um cometa, mostra clara tendência de queda e estabilidade. No seu entender, isso também ocorreu com os cometas LINEAR, Tabur, Honig e Elenin, que se desintegraram quando a curva de luz se nivelou. Segundo o cientista, apesar de ISON ser um cometa saudável, é pouco provável que contorne o Sol, já que diversos cometas que apresentaram curvas de luz similares também se desintegraram diante da aproximação máxima.

Apenas para lembrar, ISON deverá chegar a apenas 1.1 milhão de quilômetros da escaldante superfície da estrela. De acordo com Ferrìn, afirmar que os cometas são imprevisíveis não é uma opinião sensata, já que o nivelamento da curva secular é uma assinatura típica de cometas cujo destino é a desintegração. Diferente de Ferrìn, outro grande especialista em cometas, Matthew Knight, publicou recentemente um artigo no qual ele descreve as razões por que ele acha que cometa ISON tem boas chances de sobreviver ao periélio.

Segundo Knight, que também utiliza meios estatísticos para prever o destino de ISON, dados históricos mostram que cometas com núcleos menores de 200 metros são altamente suscetíveis à destruição por perda de massa devido à sublimação, enquanto cometas maiores, como ISON, estão mais sujeitos à ruptura pelas forças de maré. Para Knight, mesmo que ISON se parta em diversos fragmentos, ainda assim o maior remanescente deverá ser grande o suficiente para sobreviver à perda de massa decorrente da sublimação, o que significa que poderá ser um cometa muito brilhante após periélio.

Apesar das opiniões contrárias, nenhum dos pesquisadores levanta a hipótese de desintegração do núcleo antes do final de novembro e independente do destino do cometa, o show está garantido. Contornando ou não a superfície do Sol.

Créditos: Apolo 11
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11.10.13

Sonda registra estrutura 4 vezes mais profunda que Grand Canyon em Marte

O isolado Hebes Chasma é uma estrutura irregular moldada por forças tectônicas na superfície de Marte - e a imensa rede de cânions nos arredores contém "cicatrizes" que revelam a antiga história do Planeta Vermelho. A sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), voou sobre a região inúmeras vezes, mas divulgou nesta quinta-feira um inédito mosaico com oito imagens que mostram a área em mais detalhes do que quaisquer outros registros feitos até então.​



Esse chasma tem quase oito quilômetros de profundidade e se estende por 315 quilômetros na direção leste-oeste e 125 quilômetros de norte a sul no seu ponto mais comprido. A estrutura é pelo menos quatro vezes mais profunda que o famoso Grand Canyon, no Estado americano do Arizona - que, no entanto, é mais longa, com 446 quilômetros de extensão.

O Hebes Chasma fica a aproximadamente 300 quilômetros a norte do sistema de cânions Valles Marineris. Sua origem é associada à região vizinha de Tharsis, onde se encontra o maior vulcão do sistema solar: o Olympus Mons. No centro do Hebes Chasma há uma mesa (em geografia, uma área elevada de solo com um topo plano) que se ergue até um nível semelhante ao das planícies circundantes. Nenhum outro cânion em Marte tem características parecidas, e a origem dessa estrutura é incerta. Suas camadas incluem materiais vulcânicos - assim como nas paredes principais do cânion - mas também poeira levada pelo vento e sedimentos lacustres fixados ao longo do tempo.



Um material enegrecido próximo à base do chasma pode indicar erosão dos sedimentos mais novos nas áreas superiores ou a ação de vento - e até mesmo água. Uma teoria popular explica que a mesa teria se formado de material que acumulado em um lago.


Créditos: Terra
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Astrônomos descobrem planeta solitário sem estrela

Astrônomos anunciaram na quarta-feira a descoberta de um planeta solitário fora do sistema solar, flutuando sozinho no espaço e sem girar na órbita de uma estrela. Chamado PSO J318.5-22, o planeta está apenas a 80 anos-luz da Terra e tem seis vezes a massa de Júpiter. Formado há 12 milhões de anos, ele é considerado novo entre os seus pares. "Nunca tínhamos visto um objeto a flutuar livremente no espaço com esse aspecto. Tem todas as características dos jovens planetas descobertos ao redor de outras estrelas, mas vagueia completamente só", disse o chefe da equipe de pesquisadores, Michael Liu, do Instituto de Astronomia da Universidade do Hawai, em Manoa.

Ilustração artística mostra como seria o PSO J318.5-22

"Questionei-me muitas vezes se esses objetos solitários existiriam e agora sabemos que sim", acrescentou. Os pesquisadores, cujo trabalho foi publicado no Astrophysical Journal Letters, acreditam que o novo planeta tenha uma massa mais leve que a dos demais corpos que flutuam livremente.

Durante a última década, os cientistas descobriram cerca de mil planetas extrassolares, mas apenas meia dúzia foi observada diretamente, já que muitos giram em torno de jovens estrelas, a menos de 200 milhões de anos e emitem muita luz.


Créditos: Terra
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10.10.13

Lá vem o cometa ISON!



O cometa ISON, o tão antecipado cometa do século, está atualmente decepcionando. Quando a sonda Mars Reconnaissance Orbiter com sua câmera HiRISE registrou fotos do visitante congelado, na última semana, os resultados foram um pouco decepcionantes. Muitos astrônomos estão começando a alertar que tudo que se criou sobre o cometa ISON pode ser um pouco de exagero.

Como diz o caçador de cometas David Levy, “Cometas são como gatos, possuem caudas, e fazem exatamente o que querem”. Mas ainda existe chance do ISON dar um belo show. O cometa já é visível com bons telescópios em Terra, e continua a ganhar brilho à medida que mergulha em direção ao Sol, num encontro que irá acontecer no mês de Novembro.

No início da manhã, do dia 8 de Outubro de 2013, o astrofotógrafo Adam Block apontou o Telescópio Schulman de 32 polegadas da Universidade do Arizona para o ISON e fez a bela foto acima. Ele escreveu: “Tenho certeza que mais imagens dele começarão a surgir à medida que seu brilho aumentar durante seu mergulho em direção ao Sol.

Aqui iremos esperar que ele sobreviva a esse encontro e surja de forma espetacular do outro lado do Sol”.

Créditos: CiencTec
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9.10.13

A lua perdida de Netuno é redescoberta



Uma brilhante lua interna de Netuno que estava perdida desde 1989 foi registrada novamente, disseram os astrônomos nessa terça-feira, dia 8 de Outubro de 2013.

O crédito da re-descoberta de Naiad, a lua mais próxima do planeta gigante, vai para Mark Showalter, com o SETI Institute em Mountain View na Califórnia, e seus colegas que geraram uma nova maneira de analisar imagens arquivadas obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble.

Os astrônomos têm estado na caça por Naiad, que orbita o planeta Netuno a aproximadamente 30,000 milhas de distância do planeta, desde que ela foi descoberta em fotos feitas pela sonda Voyager 2 da NASA em 1989.



“Existe uma razão pela qual nós tivemos muitos problemas em encontra-la. Ela estava no lugar errado”, disse Showalter aos jornalistas durante uma conferência de imprensa transmitida via web no encontro da Sociedade Astronômica Americana em Denver.

Com base nas análises da órbita de Naiad extrapolada dos dados da sonda Voyager 2, os astrônomos esperavam encontrar a lua a aproximadamente 80 graus de distância de onde ela realmente estava nas imagens arquivadas do Hubble obtidas em 2004.

“Essa é uma distância surpreendentemente grande”, disse Showalter.



Os cientistas não estão certos por que suas previsões estavam tão erradas.

Uma teoria, é que as lulas irmãs de Naiad têm exercitado seus músculos gravitacionais e deram uma cotovelada em Naiad, tirando ela de sua órbita projetada.

Outra ideia é que as incertezas nos dados da Voyager eram grandes o suficiente para dar conta da posição inesperada da lua.

“É possível, se você realmente ir até o limite, que nós pudéssemos ter de verdade somente incertezas orbitais aqui”, disse Showalter.

“Isso precisa ser examinado com mais detalhe”.

Naiad é uma das 14 luas conhecidas de Netuno.



Créditos: CiencTec
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Primeiras Observações

09-10-2013

Olá pessoal, as imagens a seguir são minhas primeiras astrofotografias, perdoem a má qualidade das imagens, pois ainda não utilizei uma câmera de melhor resolução.
Também por esse motivo, tirei apenas fotos da lua, ficando as dos planetas para a próxima postagem.

Equipamento: Telescópio Refrator Skywatcher 90mm AZ3, Oculares 10mm e 6mm;
Câmera: 3MP.

 Lua com ocular 10mm (07-09-13)

 Lua com ocular de 6mm (17-09-13)

Lua com ocular de 6mm (17-09-13)

Deixando claro que o que se vê na real, é muito maior o número de detalhes e absorção de luz portanto, o que dá pra ver nas imagens não é tudo, apesar de nos dar noção do que se pode observar.

Nas próximas postagens, pretendo divulgar fotos dos principais planetas.
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8.10.13

As belas dunas de areia do planeta Marte

08-10-2013


As dunas de areia estão entre as feições eólicas, ou seja, aquelas formadas por vento, mais comuns em Marte.

A distribuição espacial e a morfologia das dunas são características afetadas pelas mudanças na direção do vento e na intensidade dele.

Os padrões da erosão das dunas e a deposição nos dão ideia sobre a história sedimentar do terreno ao redor.


A imagem, mostra dunas presas numa cratera de impacto em Noachis Terra.

As dunas e as ondulações da areia aparecem de várias formas e tamanhos, como na imagem abaixo, mostrando claramente a beleza natural criado pelos processos físicos que agem no planeta vermelho.




Créditos: Cienctec
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A bela galáxia espiral M106

08-10-2013

Perto da Ursa Maior e cercada pelas estrelas dos Cães de Caça (Canes Venatici), esta maravilha celestial foi descoberta em 1781 pelo astrônomo métrico Francês Pierre Mechain. Mais tarde, ela foi acrescentada ao catálogo de seu amigo e colega Charles Messier com a identificação M106.

Imagens telescópicas modernas e profundas revelam que esse é um universo-ilha: uma galáxia espiral com cerca de 30 mil anos-luz de um lado a outro, localizada a apenas 21 milhões de anos-luz além das estrelas da Via Láctea. Junto com proeminentes faixas de poeira e um brilhante núcleo central, esta colorida montagem destaca jovens aglomerados de estrelas azuis e berçários estelares avermelhados que desenham os braços espirais da galáxia.




O retrato em alta resolução da galáxia é um mosaico de dados da ACS, a câmera de alta nitidez do Hubble, combinados a dados de imagens coloridas feitas do chão. M106 (também conhecida como NGC 4258) é um exemplo vizinho da classe Seyfert de galáxias ativas, vistas em todo o espectro desde ondas de rádio até raios-X. Galáxias ativas energéticas são alimentadas por matéria que cai num maciço buraco negro central.

Créditos: Cienctec
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Falha teste do primeiro foguete espacial reutilizável

08-10-2013

Dois eventos marcaram o nascente setor da exploração comercial privada nas últimas semanas. No mesmo dia em que a nave privada Cygnus, lançada pela Orbital Sciences - era puxada do espaço para se conectar à Estação Espacial Internacional, a SpaceX lançava uma versão revolucionária do seu foguete Falcon 9. A versão anterior do Falcon 9 já havia sido utilizada para lançar a cápsula Dragon, da própria SpaceX, que também se acoplou à Estação Espacial. Desta vez ele impulsionou um satélite científico canadense, chamado Cassiope, e uma turma de CubeSats até a órbita baixa da Terra.

Mas o mais interessante deste lançamento estava para acontecer depois que a carga útil do foguete fosse posta a caminho de sua órbita. O que iria acontecer seria o primeiro teste real de um foguete reutilizável. Depois que o segundo estágio de um foguete - aquele que transporta os satélites - solta-se do primeiro estágio, esta primeira seção simplesmente se queima ao reentrar na atmosfera, perdendo-se para sempre. Com o Falcon 9 foi diferente. Depois de se soltar do segundo estágio, que prosseguiu rumo ao espaço, o primeiro estágio disparou três de seus nove motores.

Isso freou sua queda supersônica, permitindo-lhe reentrar na atmosfera sem se queimar, prosseguindo em uma queda controlada em direção ao Oceano Pacífico. Era necessário então reduzir ainda mais a velocidade, para que o foguete pudesse pousar suavemente no solo. Esse sistema foi testado em menor escala em agosto, com o foguete experimental Grasshopper, capaz de decolar e pousar de volta.

Infelizmente, o Falcon 9 entrou em parafuso, em um giro aerodinâmico incontrolável. Isso fez com que o combustível se esparramasse pelas bordas do tanque, impedindo o funcionamento dos motores que fariam com que ele descesse suavemente. O teste terminou com a destruição do foguete no impacto com a água.

Tornar os foguetes reutilizáveis é uma medida vista como uma verdadeira revolução no setor espacial, o que permitirá a redução drástica dos custos de lançamento, assim como a redução do lixo espacial.

Segundo a SpaceX, todos os dados coletados permitirão que o projeto seja refeito para evitar as falhas, e um novo teste será realizado o mais rapidamente possível.

Créditos: Inovação Tecnológica
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O cometa ISON é fotografado pela sonda MRO em sua passagem por Marte

08-10-2013

Em 29 de Setembro, a sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) manobrou para apontar sua câmera HIRISE (High Resolution Imaging Science Experiment) para ISON, um novo cometa passando por Marte em seu caminho para o interior do sistema solar. HIRISE viu um pequeno ponto na posição do cometa que é relativamente brilhante, como uma estrela, mas se movendo em relação às verdadeiras estrelas.

A coma do cometa é aparentemente muito apagada, e esse dado é útil para se calcular o tamanho do núcleo e seu brilho, informações chaves para entender seu comportamento. A imagem mostra uma área de 256 x 256 pixels a uma distância do cometa de 12.8 milhões de quilômetros e com um ângulo de fase solar de 47 graus.

Com base em análises preliminares, o cometa parece estar no limite inferior da gama de previsões de brilho para observação. Como resultado, a imagem não é visualmente agradável, mas essa baixa atividade é melhor para a definição do tamanho do núcleo. Essa imagem tem uma escala de aproximadamente 13.3 quilômetros por pixel, maior que o cometa, mas o tamanho do núcleo pode ser estimado baseando-se no brilho típico do núcleo de outros cometas.



O cometa ISON, como Marte, está atualmente a 241 milhões de quilômetros do Sol. Conforme se aproxime do Sol, seu brilho aumentará para observadores na Terra e também pode se tornar intrinsecamente mais brilhante conforme a luz solar, cada vez mais forte, evapora o gelo do cometa.

Acredita-se que o cometa ISON (oficialmente de C/2012 S1) está em sua primeira passagem pelo interior do sistema solar vindo da Nuvem de Oort, uma coleção esférica de cometas e estruturas semelhantes que existe numa área situada entre um décimo de ano-luz e um ano-luz do Sol. O cometa passará a uma distância de 1.16 milhões de quilômetros do Sol em 28 de Novembro.

Ele foi descoberto em 21 de Setembro de 2012, aproximadamente entre Júpiter e Saturno, por Vitali Nevski e Artyom Novichonok, que fazem parte da International Scientific Optical Network (ISON), próximo a Kislovodsk, na Rússia.

Créditos: Cienctec
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Cobra-robô poderá desatolar jipes em Marte

08-10-2013

Engenheiros europeus estão propondo soltar cobras em Marte para que elas atinjam locais que não podem ser explorados pelos robôs atuais. Cobras robóticas, é bom que se frise. Depois de quatro robôs em Marte (Sojourner em 1997, Spirit e Opportunity em 2003 e Curiosity em 2012), o projeto ideal dos robôs espaciais parece estar bem estabelecido. Mas os inconvenientes dos robôs com rodas também se tornaram bem claros.

Uma equipe financiada pela ESA (Agência Espacial Européia) acredita que a solução é incluir uma cobra robótica na bagagem de cada robô espacial. Enquanto o robô fica responsável por percorrer longas distâncias, na hora de fazer a exploração, a cobra robótica é liberada, podendo alcançar locais de difícil acesso.

Um robô com a mobilidade de uma cobra poderia, por exemplo, analisar todas as faces de uma rocha, ou recolher amostras em vários locais. A idéia é alojar a cobra-robótica em um dos braços do jipe, que poderá colocá-la no chão e recolhê-la quando o serviço tiver terminado. "Nós estamos estudando várias alternativas para permitir que um jipe robótico e uma cobra-robô trabalhem em conjunto.

Como o rover tem uma fonte de energia forte, ele pode fornecer energia ao robô-serpente através de um cabo que se estende entre o rover e o robô. Se o robô precisasse usar suas próprias baterias, elas poderiam se esgotar e poderíamos perdê-lo," explica Aksel Transeth, membro da equipe. Outra vantagem da cobra assistente é que ela poderia ajudar o rover caso esse fique atolado, como aconteceu com o robô Spirit.

"Em uma situação dessas, o robô-serpente poderia descer e enrolar-se em torno de uma rocha, permitindo que o rover puxe a si mesmo por meio do cabo-guincho, que o rover normalmente usará para puxar o robô-cobra de volta," disse Pal Liljeback, outro membro da equipe.
Créditos: Inovação Tecnológica
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Herschel ajuda a encontrar sinais elusivos do início do Universo

08-10-2013


Usando um telescópio na Antárctica e o observatório espacial Herschel da ESA, astrônomos fizeram a primeira detecção de uma reviravolta sutil na radiação-relíquia do Big Bang, pavimentando o caminho para revelar os primeiros momentos da existência do Universo. O sinal elusivo foi encontrado no modo como a primeira luz no Universo foi desviada durante a sua viagem até à Terra por enxames galácticos e matéria escura, uma substância invisível que é apenas detectada indiretamente através da sua influência gravitacional.

A descoberta aponta para a busca de evidências de ondas gravitacionais nascidas durante a rápida fase de "inflação" do Universo, um resultado fundamental antecipado pela missão Planck da ESA. Esta radiação relíquia do Big Bang - a Radiação Cósmica de Fundo em Micro-ondas - foi impressa no céu quando o Universo tinha apenas 380.000 anos. Hoje, cerca de 13,8 bilhões de anos depois, vemo-la como ondas de rádio por todo o céu a uma temperatura de apenas 2,7 graus acima do zero absoluto.




As pequenas variações nesta temperatura - que rondam algumas dezenas de milionésimo de grau - revelam flutuações de densidade no início do Universo correspondentes às sementes de galáxias e estrelas que vemos hoje. O mapa de todo o céu mais detalhado das variações de temperatura da Radiação Cósmica de Fundo foi revelado pelo Planck em Março. Mas a Radiação Cósmica de Fundo contém muitas mais informações.

Uma pequena fração da radiação é polarizada, tal como a luz que vemos usando óculos polarizados. Esta luz polarizada tem dois padrões distintos: modos-E e modos-B. Os modos-E foram detectados pela primeira vez em 2002 com um telescópio terrestre. Os modos-B, no entanto, são potencialmente muito mais excitantes para os cosmólogos, embora sejam muito mais difíceis de detectar. Eles podem surgir de duas formas.




A primeira envolve a adição de uma reviravolta para a luz que atravessa o Universo e é desviada por galáxias e matéria escura - um fenômeno conhecido como lente gravitacional. O segundo tem as suas raízes bem enterradas na mecânica de uma fase muito rápida da enorme expansão do Universo, que os cosmólogos acreditam ter acontecido apenas durante uma minúscula fração de segundo após o Big Bang - a "inflação".

O novo estudo combinou dados do Telescópio do Pólo Sul e do Herschel para fazer a primeira detecção da polarização do modo-B na Radiação Cósmica de Fundo devido ao efeito de lentes gravitacionais. "Esta medição foi possível graças a uma combinação inteligente e única de observações terrestres do Telescópio do Pólo Sul - que mediu a luz do Big Bang - com observações espaciais do Herschel, que é sensível às galáxias que traçam a matéria escura que provoca o efeito de lente gravitacional," afirma Joaquin Vieira, do Instituto de Tecnologia da Califórnia e da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, que liderou a pesquisa do Herschel usada no estudo.

Ao usar as observações do Herschel, os cientistas mapearam o material de lente gravitacional ao longo da linha de visão e, em seguida, procuraram correlações entre esse padrão e a luz polarizada proveniente da Radiação Cósmica de Fundo, medida pelo Telescópio do Pólo Sul. "É muito importante termos sido capazes de detectar este pequeno sinal de modo-B e é um bom presságio para a nossa capacidade de, finalmente, medir um tipo ainda mais evasivo do modo-B criado durante o Big Bang inflacionário," acrescenta Duncan Hanson da Universidade McGill, em Montreal, Canadá, autor principal do artigo publicado esta semana na Physical Review Letters.

Os cientistas acreditam que durante a inflação, colisões violentas entre aglomerados de matéria e entre matéria e radiação, deveriam ter criado um mar de ondas gravitacionais. Hoje em dia, essas ondas deveriam estar impressas num componente primordial do modo-B da Radiação Cósmica de Fundo. A descoberta de tal sinal daria informações cruciais sobre o Universo muito jovem, bem antes do momento da criação da própria Radiação Cósmica de Fundo, e providenciaria a confirmação do cenário de inflação.

Em 2014, novos resultados serão divulgadas pelo Planck da ESA, e o mais aguardado é saber se foram detectados modos-B primordiais. Entretanto, o Herschel ajudou a apontar o caminho. "É muito bom ver este engenhoso uso dos dados do Herschel em conseguir a primeira detecção de lentes gravitacionais de modo-B na polarização da Radiação Cósmica de Fundo", afirma Göran Pilbratt, cientista do projecto Herschel da ESA. "Este trabalho mostra ainda outro uso do tesouro de dados do Herschel."



Fontes e Créditos: Astronomia On-line
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