25.9.18

Rover Opportunity aparece diante da poeira em Marte

O Rover Opportunity da NASA aparece como uma pequeno ponto no centro deste quadrado em destaque. Esta imagem foi tirada pela HiRISE, uma câmera de alta resolução a bordo do Mars Reconnaissance Orbiter da NASA, mostra que a tempestade de poeira sobre o Perseverance Valley foi substancialmente limpa. Créditos da imagem: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona


A NASA ainda não ouvido nada do rover opportunity, mas pelo menos agora nós podemos vê-lo novamente.

Uma nova imagem produzida pela HiRISE, uma câmera de alta resolução a bordo do Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) da NASA, mostra um pequenino objeto nas encotas do Perseverance Valley do planeta vermelho. Este objeto é o Opportunity, que estava descendo o vale marciano quando uma tempestade de poeira varreu a região há pouco mais de 100 dias.

A tempestade foi tão severa que levantou poeira suficiente para cobrir a maior parte do Planeta Vermelho e bloqueou a luz solar de alcançar a superfície. A falta de luz solar fez com que o Opportunity movido a energia solar entrasse em hibernação.

A equipe do rover no JPL (Jet Propulsion Laboratory) da NASA em Pasadena, Califórnia, não tem  notícias desde então. Em 11 de setembro, o JPL começou a aumentar a frequência de comandos enviados para o rover que tem 14 anos.

O tau - uma medida de quanto a luz solar atinge a superfície - sobre o Opportunity foi estimado estar mais alto que 10 durante alguns pontos enquanto havia a tempestade de poeira. O tau tem caído constantemente nos últimos meses. Na quinta-feira, 20 de setembro, quando esta imagem foi tirada, o tau foi estimado em cerca de 1,3 pela câmera Mars Color Imager da MRO.

Esta imagem foi produzida por volta de 267 Km acima da superfície marciana. O quadrado branco marca 47 metros de largura com o rover ao centro.

A Universidade do Arizona em Tucson, opera a HiRISE, que foi construída pela empresa Ball Aerospace & Technologies Corp., em Boulder, no Colorado. O JPL da NASA, uma divisão do Caltech, em Pasadena, na Califórnia, gerencia o programa Mars Reconnaissance Orbiter Project para o Science Mission Directorate da NASA em Washington.


Mais informações da HiRISE:
https://www.uahirise.org/ESP_056955_1775 

Atualizações sobre a Opportunity:
https://mars.nasa.gov/mer/mission/status.html

Fonte:
https://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=7245
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10.9.18

Melhor momento de observar Urano e Netuno em 2018

Esquerda: Ao encontrar Urano em 1986, a sonda Voyager 2 observou uma esfera azulada com recursos sutis. Uma camada de neblina escondeu a maioria dos recursos da nuvem do planeta. Direita: Esta imagem de Netuno foi capturada pela Voyager 2 e mostra a Grande Mancha Escura e a Mancha Brilhante.
Créditos das imagens: Urano: NASA/JPL-Caltech - Netuno: NASA
Um dos melhores momentos para se observar planetas (mais distantes do sol do que a Terra) é quando ele fica em oposição (quando a Terra fica entre o sol e o planeta em questão).

Netuno

Nesta última semana, no dia 7 de setembro, por volta das 11:00 AM horário de Brasília, Netuno atingiu a oposição. Portanto nesses próximos dias ou semanas ainda é um boa hora de se tentar observá-lo. Ele apesar de estar em um momento propício, não passa de um pequeno ponto azul acinzentado com o auxílio de equipamentos, como pelo menos, alguns binóculos ou telescópios, porém há uma bela história de observações diante desse grande planeta. A olho nu não é possível ver Netuno devido sua magnitude aparente, entenda mais sobre isso clicando aqui.

O planeta Netuno foi observado pela primeira vez se movendo próximo a borda das constelações Aquário/Capricórnio pelos astronomos Johann Galle e Heinrich Louis d’Arrest na noite de 23 de Setembro de 1846 usando o telescópio Merz refractor de 9.6 polegadas do Observatório de Berlin. Galle e d'Arrest trabalharam com uma dica do astrônomo francês Urbain Le Verrier, que fez o cálculo para a posição do planeta com base nas perturbações do movimento do planeta Urano (descoberto involuntariamente pelo astrônomo William Herschel apenas algumas décadas antes, em 1781). Galle e d'Arrest encontraram o novo planeta, cerca de um grau a partir de onde Le Verrier previu que seria. Netuno foi o primeiro planeta descoberto após uma busca deliberada, usando o poder preditivo da ciência.

O Merz refractor do século 19 do Observatório de Quito no Equador, um gêmeo virtual do telescópio de descoberta de Netuno. Créditos da imagem: Dave Dickinson
Curiosidade: Galileu registrou Netuno como um fraco "estrela de fundo" em suas observações de Júpiter em dezembro de 1612 e novamente em janeiro de 1613; os dois fizeram uma estreita conjunção de minuto de arco na noite de 4 de janeiro de 1613. Galileu, no entanto, não conseguiu identificar o intruso como um novo planeta, mais de dois séculos antes de sua descoberta formal!


Netuno disfarçado de uma quinta "Lua" Galileana na noite de 4 de Janeiro de 1613. Créditos da imagem: Stellarium via Universe Today.

Neste ano de 2018, a oposição de Netuno teve uma magnitude aparente de 7,8. Não é tão simples de encontrá-lo em meio as estrelas que aparecerem próximas a ele. O planeta se mostra aparentemente como uma pequena estrela azulada.


Localizando Netuno em Setembro de 2018. Créditos de imagem: Stellarium via Universe Today.
Atualmente, Netuno se move lentamente pela constelação de Aquário e estará nesta região do céu até que atravesse Peixes em 2023.
 

Netuno em 27 de Agosto de 2018. Créditos da imagem e copyright: Shahrin Ahmad.
Urano

É possível ver Urano a olho nu sim! Contanto que o observador esteja em um local bem privilegiado, com céus bem limpos e sem poluição luminosa (longe de grandes centros urbanos). Mas com o auxílio de algum instrumento, facilita a identificação, tendo em vista que pela sua magnitude, o planeta pode ser confundido com uma estrela de pouca brilho aparente.

Localizando Urano próximo a oposição de 2018. Créditos da imagem: Stellarium via Universe Today

A órbita de Urano ao redor do Sol, dura 84 anos e atinge a oposição a cada 370 dias, enquanto Netuno atinge a cada 367 dias em média e sua órbita dura 165 anos.

Urano atualmente está localizado no céu, próximo a 3 constelações, Peixes, Áries e Baleia. Porém está entrando em Áries este ano, a qual irá atravessar lentamente esta constelação até começar a passar na borda da constelação de Touro em 2024.

Sua oposição também está próxima, será dia 24 de outubro, brilhando a uma magnitude de 5,7.

Apenas uma missão visitou os "gigantes de gelo" até agora, esperamos que novas missões como a Cassini ou a Juno no futuro, sejam lançadas com destino a estes planetas também. Mas por enquanto, estes próximos meses podemos acompanhá-los no céu.


Fonte: https://www.universetoday.com/139884/exploring-the-ice-giants-neptune-and-uranus-at-opposition-for-2018/
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6.9.18

Cerro Armazones no Chile onde ficará o ELT


Cerro Armazones. Créditos da imagem: ESO/G. Hüdepohl

Localizado no norte do Chile, o Cerro Armazones possui ótimas condições de observação do céu noturno, assim como o Cerro Paranal onde fica o VLT, distante cerca de apenas 22 Km em linha reta.

O Extremely Large Telescope do ESO será "o maior olho do Mundo virado para o céu". Maior que o VLT, este telescópio terá o seu espelho primário com 39 metros de diâmetro, com isso se tornará o maior telescópio óptico/infravermelho próximo do mundo. Suas operações estão previstas para começar no início da próxima década.

Concepção artística do ELT em operação. Créditos da imagem: ESO/L. Calçada
Esta concepção artística mostra o Extremely Large Telescope em operação no Cerro Armazones. O telescópio usa lasers para criar estrelas artificiais na atmosfera.

O ELT coletará 100.000.000 vezes mais luz que o olho humano, 8.000.000 mais que a luneta de Galileu e 26 mais que um único telescópio do VLT. De fato, o ELT coletará mais luz que todos os telescópios combinados da classe dos 8-10 metros que existem na Terra.

Saiba tudo sobre o ELT: https://www.eso.org/public/brazil/teles-instr/elt/

Fonte:
https://www.eso.org/public/brazil/images/DJI_0255a-CC/
https://www.eso.org/public/brazil/images/eso1716a/
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3.9.18

Bela foto do VLT por um drone

Créditos da imagem: G. Hüdepohl (atacamaphoto.com)/ESO
Esta imagem do VLT (Very Large Telescope) capturada por um drone do fotógrafo Gerhard Hüdepohl do ESO, mostra uma visão aérea do instrumento ótico mais avançado do mundo e as instalações emblemáticas da astronomia europeia terrestre.

Fonte: https://www.eso.org/public/brazil/images/DJI_0103-CC/
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O belíssimo observatório de La Silla

Créditos da imagem: Alberto Ghizzi Panizza/ESO

O Observatório de La Silla do ESO, situado no norte do Chile, oferece aos telescópios que acolhe uma vista sem precedentes, tanto do cosmos como da bela paisagem árida que o rodeia. Fotografada por Alberto Ghizzi Panizza a partir da rampa de acesso ao New Technology Telescope do ESO (NTT), esta imagem captura La Silla sob a Via Láctea, a qual nos aparece em todo o seu esplendor no céu noturno.

No centro da imagem podemos ver o telescópio de 3,6 metros do ESO, onde está montado o instrumento caçador de planetas HARPS. Logo abaixo vemos o pequeno edifício branco e cinzento (apelidado de sarcófago) que abriga o TAROT (Télescope à Action Rapide pour les Objects Transitoires). Ao fundo do lado direito, sobre um pico isolado, temos a antena prateada de 15 metros de diâmetro do SEST (Swedish-ESO Submillimetre Telescope), já desativado. Finalmente, do lado esquerdo da estrada, em primeiro plano, vemos a cúpula branca e edifício adjacente do Telescópio suíço Leonhard Euler de 1,2 metros.

La Silla localiza-se na região sul do deserto do Atacama, 600 km a norte de Santiago do Chile e a uma altitude de 2400 metros. O local foi o primeiro observatório do ESO e está em operação desde os anos 1960.

Fonte: https://www.eso.org/public/brazil/images/potw1836a/
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1.9.18

ESO faz novas imagens da nebulosa Carina

A Nebulosa Carina no infravermelho. Créditos da imagem: ESO/J. Emerson/M. Irwin/J. Lewis
Esta primeira imagem da Nebulosa Carina (também conhecida como Eta Carinae) revela esta nuvem dinâmica de matéria interestelar e gás e poeira dispersos como nunca tinha sido observada antes. As estrelas massivas no interior desta bolha cósmica emitem radiação intensa que faz brilhar o gás ao seu redor. Em contraste, outras regiões da nebulosa contêm pilares escuros de poeira que escondem estrelas recém nascidas.

Imagem mais ampla da Nebulosa Carina. Créditos da imagem: ESO/J. Emerson/M. Irwin/J. Lewis

Já esta imagem, temos uma área maior que revela ainda mais estrelas situadas nas vizinhanças popularizadas da Nebulosa Carina. Capturada pelo VISTA, o maior telescópio de rastreio do mundo no infravermelho, vemos a evolução dramática desta “cidade estelar” viva, onde as estrelas se formam e morrem lado a lado.

Imagem do Digitized Sky Survey da Nebulosa Carina. Créditos da imagem: ESO/Digitized Sky Survey 2. Acknowledgement: Davide De Martin.
Esta é uma composição a cores criada a partir de dados obtidos pelo Digitized Sky Survey 2 (DSS2). O campo de visão tem um tamanho de aproximadamente 4,7 x 4,9 graus.

A Nebulosa Carina na constelação da Quilha. Créditos da imagem: ESO, IAU and Sky & Telescope

Por último, este mapa mostra a localização da Nebulosa Carina na constelação da Quilha. No mapa estão assinaladas a maioria das estrelas visíveis a olho nu sob boas condições de observação e a nebulosa propriamente dita encontra-se marcada com um quadrado verde num círculo vermelho à esquerda (assinalada 3372 para NGC 3372). Esta nebulosa é muito brilhante e pode ser facilmente vista através de pequenos telescópios e mesmo sem telescópio podemos observá-la de forma tênue.

Fonte:
https://www.eso.org/public/brazil/images/eso1828a/
https://www.eso.org/public/brazil/images/eso1828b/
https://www.eso.org/public/brazil/images/eso1828c/
https://www.eso.org/public/brazil/images/eso1828d/
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