11.1.13

Cometa Panstarrs aumenta de brilho e é visível antes do amanhecer

11-01-2013

Como previsto, o cometa C/2011 L4 Panstarrs vem aumentando de brilho gradualmente e já atingiu a magnitude necessária para ser observado através de um pequeno binóculo. Seu brilho deverá se intensificar ainda mais e em breve será visto a olho nu. Apesar do tempo não estar ajudando muito em diversas partes do Brasil, em algumas regiões o céu limpo da pré-manhã deverá colaborar bastante na observação do cometa C/2011 L4 Panstarrs.

Cálculos de magnitude indicam que o objeto atingiu a magnitude 8, suficiente para ser visto com auxílio de um simples binóculo ou lunetas amadoras. Os astrofotógrafos também já devem se preparar, já que as imagens de longa exposição e ISO elevado poderão revelar detalhes da coma ou cauda, ainda que difusas. Atualmente, C/2011 L4 Panstarrs se encontra a 2.77 UA da Terra e à medida que se aproxima do Sol terá seu brilho ainda mais intensificado. UA significa Unidade Astronômica e equivale a distância entre a Terra e o Sol, de 149 milhões de quilômetros.

Assim, Panstarrs está neste momento a 149 x 2.77 = 412 milhões de km. Em 5 de março o objeto atingirá o perigeu e passará a apenas 150 milhões de quilômetros do nosso planeta. Modelos de magnitude astronômica indicam que em 10 de março Panstarrs atingirá 4 magnitudes negativas, um brilho comparado ao do planeta Vênus. Até lá, o crescente brilho do cometa será constante, o que torna a observação do objeto um passatempo bastante interessante e educativo.

Para facilitar a vida dos astrônomos amadores, preparamos uma carta celeste indicando onde o cometa estará localizado no dia 11 de janeiro de 2013, sexta-feira, às 05h30 BRST. Por ela é possível verificar que C/2011 L4 Panstarrs está exatamente na cauda do constelação do Escorpião. Para achar a constelação é preciso que o observador localize o ponto cardeal leste, próximo de onde o Sol nasce. A constelação estará um pouco mais à direita e será facilmente identificada com auxílio da carta celeste mostrada e também pela presença da gigantesca estrela vermelha Antares, no coração do escorpião.

Com auxílio de um binóculo, C/2011 L4 Panstarrs se parecerá com uma pequena bolinha difusa, mas que deverá se tornar mais intensa à medida que o tempo passa.

Créditos: Apolo 11 via Imagens do Universo
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Voyager 1 entra numa região inexplorada do espaço: a rodovia magnética

11-01-2013

A agência norte-americana anunciou que a sonda chegou a uma região totalmente nova nas fronteiras do Sistema Solar – a chamada “rodovia magnética”, a última região a ser atravessada pela sonda antes de chegar ao espaço interestelar. Até hoje, a Voyager 1 perambulou dentro da área chamada heliosfera, uma bolha cósmica de vento solar que cerca o Sol. Agora, ela está chegando ao extremo da área de influência desta “bolha”, onde há menos ventos solares, o que permite que elétrons altamente energizados do meio interestelar (ISM, na sigla em inglês; termo utilizado para designar o espaço entre sistemas estelares como o nosso) penetrem na heliosfera e empurrem os ventos para trás.

Os astrônomos pretendem conseguir uma idéia do quanto esses ventos estão afetando a posição atual da sonda, usando um instrumento de partículas de baixa carga como uma espécie de biruta para partículas subatômicas. E os ventos têm sido bem bizarros, para ser preciso. Segundo informou a NASA: “Os cientistas se referem a essa nova região como rodovia magnética para partículas carregadas porque as linhas do campo magnético do nosso Sol estão conectadas a linhas de campos magnéticos interestelares.

Essa conexão permite que partículas menos energizadas que se originam dentro de nossa heliosfera saiam e permita que partículas com mais energia de fora entrem. Antes de entrar nesta região, as partículas carregadas se agitaram para todas as direções, como se estivessem presas em rodovias locais dentro da heliosfera”. A equipe da Voyager infere que esta região está dentro de nossa bolha solar porque a direção das linhas do campo magnético não mudou. “Estamos prevendo que a direção dessas linhas do campo magnético mudará quando a Voyager entrar no espaço”.

Este território é desconhecido, mas a NASA tem plena consciência disso, conforme afirmou Edward Stone, um cientista do projeto Voyager em um comunicado à imprensa: “Apesar da Voyager 1 ainda estar dentro do ambiente solar, nós agora podemos ter idéia de como é lá fora porque as partículas estão entrando e saindo nesta rodovia magnética. Nós acreditamos que esta é a última etapa em nossa jornada para o espaço interestelar. Nosso melhor chute é de que é algo para acontecer daqui a poucos meses ou alguns anos.

A nova região não é como esperávamos, mas nós já começamos a esperar o inesperável da Voyager”.

Créditos: Jornal Ciência via Imagens do Universo
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4.1.13

Confira os astros que deverão dar um show em 2013

04-01-2013

O ano de 2013 nem bem começou e alguns eventos astronômicos já começam a chamar a atenção dos observadores profissionais e amadores. Cometas e asteróides já estão se aproximando da Terra e do Sol e nos próximos meses já darão o que falar.

Fevereiro:
O primeiro objeto a chamar a atenção neste ano de 2013 é sem dúvida o asteróide 2012 DA14. A rocha foi descoberta no final de fevereiro de 2012 por astrônomos do Observatório de La Sagra, na Espanha e de acordo com os últimos cálculos se aproximará da Terra no dia 15 de fevereiro de 2013, quando fará um rasante a apenas 27 mil quilômetros do nosso planeta.

Apesar de ser uma distância bem pequena - inferior a dos satélites geoestacionários - as chances de impacto contra a Terra são desprezíveis, estimada em zero na Escala Torino, que vai até 10. No entanto, a aproximação estimada para fevereiro de 2040 será de apenas 448 km de altitude.

Estima-se que 2012 DA14 tenha 57 metros de comprimento e uma massa de 120 mil toneladas. Se atingisse nossa atmosfera produziria um choque similar ao do impacto de Tunguska, ocorrido no início do século 20 acima da Sibéria.
Março:
O segundo objeto que chamará a atenção em 2013 é o cometa C/2011 L4 PANSTARRS, descoberto em 5 de junho de 2011 pela equipe do telescópio Panstarrs-1, de 1800 milímetros, localizado no Havaí. Cálculos orbitais indicam que C/2011 L4 atingirá a menor distância da Terra em 5 de março de 2013, quando passará a apenas 150 milhões de quilômetros do planeta.

Em 10 de março o cometa chegará ao periélio (máxima aproximação do Sol) e seu brilho poderá atingir até 4 magnitudes negativas, similar ao brilho do planeta Vênus. Neste dia, a distância do objeto até o centro do Sol será de apenas 45 milhões de quilômetros, inserido no interior da órbita de Mercúrio. Observações feitas em outubro de 2012 revelaram que a coma de C/2011 L4 PANSTARRS media aproximadamente 120 mil km de diâmetro e deverá crescer ainda mais à medida que o calor do Sol vaporiza o gelo e gás carbônico contido em seu núcleo.

Também em Março, outro cometa que pode se transformar em uma bela surpresa é C/2012 F6 Lemmon, descoberto em 23 de março de 2012 pela equipe do Observatório de Mount Lemmon, nos EUA. O cometa atingirá o periélio no dia 24 de março, mas será entre os dias 10 e 23 que C/2012 F6 dará seu show ao brilhar próximo da magnitude 3, quando poderá ser visto ao anoitecer na constelação do Escultor.

De acordo com a REA (Rede de Astronomia Observacional), entre 15 e 21 de janeiro C/2012 F6 brilhará perto da magnitude 7 na constelação do Cruzeiro, quando poderá ser observado com auxílio de um pequeno telescópio a partir das 22h00 BRST (Hora de Verão).

Cometa C/2012 S1 ISON:
Se os cálculos se confirmarem, C/2012 S1 ISON será o show de 2013. Estima-se que o brilho do objeto poderá chegar a nada menos que 19 magnitudes negativas, cerca de 40 vezes o brilho da Lua Cheia. O que chama a atenção deste cometa não é sua aproximação com a Terra, prevista para dezembro de 2013, mas seu periélio, a distância mínima que chegará do Sol.

Isso acontecerá em 28 de novembro de 2013, quando ISON se aproximará a apenas 1.1 milhão de quilômetros da superfície estelar. Se sobreviver à escaldante aproximação, C/2012 S1 ISON poderá se transformar em um dos mais espetaculares cometas de todos os tempos.
Esses quatro objetos são apenas uma amostra do que nos reserva o palco celeste de 2013.

Ainda estamos no comecinho do ano e sem dúvida teremos muito mais pela frente, como as famosas tempestades solares que poderão se intensificar este ano já que em maio deveremos atingir o pico do ciclo solar 24. O ano está só começando.

Créditos: Apolo11 via Imagens do Universo
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NASA não quer ver a Lua sozinha e planeja colocar um asteróide em sua órbita

04-01-2013

A notícia parece estranha, e talvez realmente seja. A NASA está planejando colocar um asteróide em órbita de nosso satélite natural, a Lua. A revista NewScientist divulgou que o Instituto de Estudos Espaciais Keck, localizado na Califórnia, EUA, divulgou através de nota que a NASA possui planos de dar uma companhia rochosa para a Lua. Como seria isso?

Aparentemente a NASA quer lançar um foguete-robô para capturar um asteróide, antes de inseri-lo na órbita da Lua. A missão pode ter valores equivalentes à R$ 3,2 bilhões de reais e pode ocorrer em 2020. Qual seria o real motivo de uma operação arriscada e “fútil”? Segundo informações de jornais americanos, o presidente Obama planeja enviar humanos para um asteróide o mais breve possível. Para alcançar o feito, teríamos que ir até o chamado 1999 AO10 – o asteróide mais próximo de nós até o momento – mas a viagem levaria mais de 6 meses.

Segundo os astrônomos do projeto, trazer um asteróide e fazê-lo orbitar a Lua, seria menos perigoso do que trancafiar humanos por 6 meses em uma viagem com inúmeros riscos. “A equipe do instituto Keck prevê o lançamento de uma nave espacial lenta, impulsionada por íons solares, em um foguete chamado Atlas V. Ele iria até um asteróide pequeno, com cerca de 7 metros de largura.

Após estudar todas as suas características, o robô pegaria o asteróide em uma espécie de saco com mais de 10 metros de largura e seguiria em direção à Lua. Ao total, seriam necessários 10 anos para que todo o procedimento fosse concluído”, explicou a NewScientist. Louis Friedman declarou que a proposta precisa de muitos estudos científicos para “afinar a sinfonia” dos procedimentos.

Aparentemente a NASA e o Instituto Keck estão determinados no projeto e, quem sabe, a Lua possa ter um “amiguinho” na próxima década.

Créditos: Jornal Ciência via Imagens do Universo
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