25.3.13

Lua de Júpiter possui sal semelhante ao encontrado nos oceanos da Terra

25-03-2013


Júpiter, o maior planeta do sistema solar, possui uma massa 318 vezes maior que a da Terra. Como se não bastasse sua grandiosidade ele ainda possui 66 satélites, quatro deles descobertos em 1610 por Galileu Galilei.

A “Europa” é conhecida como uma das “luas de Galileu”, e de acordo com uma pesquisa recente cientistas descobriram um composto de sal em sua superfície. O satélite Europa apresenta uma superfície gelada e coberta de rachaduras marrom-avermelhada, que sempre foram motivos de muitas pesquisas.

O volume de água presente em Europa chega a ser duas ou três vezes maior do que a água presente nos oceanos da Terra. Utilizando o telescópio Keck, no Havaí, pesquisadores mapearam a superfície de Europa, através de ondas infravermelhas com uma resolução 40 vezes maior do que obtidas anteriormente. Foi possível observar a presença de sal de sulfato de magnésio, encontrado apenas em metade da lua. A água congelada de Europa seria deste modo semelhante ao sabor salgado dos oceanos da Terra.

Os pesquisadores acreditam que a origem dos sais pode sair do próprio oceano gigantesco dessa lua. Alguns destes sais contêm magnésio que se combina com o enxofre, o que explica o sulfato de magnésio visto apenas de um lado de Europa. O mar do outro lado contém algum outro composto de magnésio, provavelmente o cloreto de magnésio. Os oceanos de Europa são ricos também em sulfato, sódio e cloreto de potássio.

O NaCl ou cloreto de sódio, é o nosso famoso sal de cozinha, encontrado em abundância em todos os oceanos da Terra. A presença destes compostos reforça a idéia de alguns cientistas que afirmam que essa lua poderia abrigar organismos vivos semelhantes aos encontrados em nosso próprio planeta. Devido à capa de gelo que protege os oceanos das adversidades do espaço, seria possível que Europa abrigasse vida como nos nossos mares.

A pesquisa será publicada na próxima edição da revista Astronomical Journal.


Fontes e Créditos: Jornal Ciência via Imagens do Universo
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22.3.13

O fim do mundo marciano pode ocorrer em outubro de 2014

22-03-2013

O Cometa C/2013 A1 foi detectado pela primeira vez em 3 de janeiro, o primeiro descoberto este ano em 2013. Segundo cálculos, ele irá passar a cerca de 37.000 quilômetros de distância da superfície de Marte, mas, as órbitas dos cometas são imprevisíveis e podem mudar à medida que se aproximam do Sol, pois, devido à sua composição, pode haver erupções de gases, o que faria com que sua rota mudasse de percurso, se afastando ou entrando em rota de colisão com o planeta vermelho.

Estima-se que o núcleo do cometa seja de até 49 quilômetros de diâmetro, se movendo a uma velocidade de 193.000 km/h, dando-lhe enorme energia cinética. O renomado Astrônomo Phil Plait, autor do blog Slate's Bad Astronomy, calculou que, mesmo que se o cometa for de 14 km de diâmetro, uma estimativa baixa, um impacto com Marte causaria uma explosão de um bilhão de megatons. Isso é, diz ele: “25 milhões de vezes maior do que a maior arma nuclear já testada na Terra”.

Como asteróides, os cometas são grandes pedaços de rocha espacial que orbitam nosso sistema solar. Mas, ao contrário dos asteróides, os cometas são embalados com gelo. Esse gelo não é necessariamente apenas água, também há elementos como o dióxido de carbono e monóxido de carbono, que na Terra, geralmente, conhecemos apenas como gases, mas que no curso gelado do espaço se congelam no núcleo do cometa.

No momento o C/2013 A1 está a mais de um bilhão de quilômetros do Sol, em algum lugar depois de Júpiter, ou seja, ainda é muito frio.

À medida que a órbita do cometa o arremessa em direção ao Sol, essas substâncias passam do estado sólido para o gasoso, o que muitas vezes causam erupções na superfície do cometa, alterando a rota do cometa. Com essa evaporação de gases, o núcleo do planeta fica envolto em uma nuvem difusa, chamada de 'coma', composto pelos gases e pedaços de escombros do cometa rochoso, podendo ter centenas de quilômetros de diâmetro.

Isso significa que uma erupção pode ser maior que a distância que ele irá passar da superfície de Marte, e “se isso acontecer vai ser uma chuva de meteoros dos deuses para o planeta vermelho”, escreve Plait. Mesmo que o núcleo não atinja Marte, o efeito será apocalíptico para o planeta.

Plait diz que o cometa deixaria uma cicatriz de centenas de quilômetros em Marte. E para as bases de observatórios na Terra seria ainda pior, já que, certamente, destruiria as sondas que estão em órbita e na superfície do planeta: “O material ejetado viria rigorosamente para o planeta e seria enviado para todas as direções na órbita de Marte”, segundo os escritos de Plait, “seria como estar orbitando em um tiro de espingarda”.

De acordo com os cálculos, o cometa deve passar por Marte em Outubro de 2014.

Créditos: Jornal Ciência via Imagens do Universo
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Sonda Voyager é o primeiro objeto humano a deixar o Sistema Solar

22-03-2013

Pela primeira vez, um objeto fabricado pelo homem atingiu o abismo cósmico além dos confins do nosso Sistema Solar. A sonda espacial americana Voyager 1 é o primeiro veículo a iniciar a jornada pelo espaço profundo. Lançada da Terra em 1º de setembro de 1977, a missão vinha percorrendo as bordas da heliosfera mais rapidamente do que qualquer outro objeto fabricado pelo homem até hoje.

A descoberta científica será publicada na revista especializada Geophysical Research Letters. No entanto, a Nasa (agência espacial americana) permanece cética quanto a essa conclusão. "O consenso entre a equipe da missão é que a Voyager ainda não deixou o Sistema Solar", afirmou um especialista da Nasa à Time, por e-mail. A instituição deve lançar um comunicado em breve a esse respeito. As duas sondas Voyager foram lançadas em 1977, com um mês de intervalo, e seguem em bom estado e funcionando. A Voyager 1 já percorreu 18 bilhões de quilômetros desde a Terra, e a Voyager 2 está atualmente a 15 bilhões de quilômetros do Sol.

O programa de exploração tinha por objetivo estudar planetas do sistema solar. As duas sondas passaram por Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, incluindo 48 luas. A potência de suas baterias nucleares deve manter a missão ainda por alguns anos. Apenas por volta de 2030 não haverá mais energia na sonda.

Os dados obtidos pelos nove instrumentos a bordo de cada uma das sondas fizeram desta missão a mais bem sucedida da história da exploração do sistema solar. As Voyagers revelaram numerosos detalhes dos anéis de Saturno e permitiram descobrir os anéis de Júpiter.

Também transmitiram as primeiras imagens precisas dos anéis de Urano e de Netuno, descobriram 33 novas luas e revelaram atividade vulcânica em Io, além da estranha estrutura de duas luas de Júpiter.

Créditos: Terra via Imagens do Universo
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Satélite europeu estuda 'luz mais antiga do universo'

22-03-2013

Cientistas europeus divulgam, na próxima quinta-feira, novas imagens da "luz mais antiga" do universo compiladas pelo satélite europeu Planck. As imagens devem fornecer informações sem precedentes sobre as origens e a evolução do cosmos. A expectativa é de que o Planck possa dizer o que aconteceu nos primeiros milionésimos de bilionésimos de segundo depois do Big Bang, quando o universo que podemos observar hoje ocupava quase nenhum espaço. O satélite foi lançado em 2009 para fazer mapas de temperatura do céu e, nesta semana, os dados finalmente serão divulgados para a comunidade científica mundial. O Planck colheu uma amostra da "luz mais antiga" do cosmos - a luz que finalmente conseguiu se espalhar no espaço quando o universo havia esfriado o suficiente para permitir a formação de átomos de hidrogênio.

Antes desse momento, tendo o cosmos 375 mil anos de existência, a temperatura seria tão alta que toda a luz teria "ricocheteado" e permanecido aprisionada em uma neblina de matéria ionizada. O universo era opaco, de acordo com a teoria. A luz "fóssil" ainda é evidente hoje. Ela banha a Terra com um brilho quase uniforme que, graças à expansão do universo, agora pode ser vista em frequências de micro-ondas. Medições precisas dessa radiação cósmica são críticas para a cosmologia, já que qualquer modelo proposto do universo tem de conseguir explicá-la.

Satélites americanos, incluindo a missão histórica COBE, de 1989 - que deu o prêmio Nobel ao americano John Mathers -, já levantaram informações surpreendentes examinando a radiação, como a idade do universo - 13,7 bilhões de anos - e sua composição - 4,6% de matéria atômica; 24% de matéria escura e 71,4% de energia escura. As pesquisas revelaram ainda que o universo é "achatado", o que quer dizer que o espaço segue as regras da geometria euclidiana, em que linhas retas podem ser estendidas ao infinito e os ângulos de um triângulo somam 180 graus.

E permitiram ainda estimar que a formação das primeiras estrelas tenha ocorrido cerca de 400 milhões de anos após o Big Bang. "(O satélite) Planck tem sensibilidade e resolução suficientes para conseguir extrair ainda mais informação", disse Mathers à BBC. "Agora, a pergunta é: eles fizeram as coisas certas com os dados? Espero que haja algo surpreendente.

O que queremos é (a descoberta de) algum fenômeno novo." A equipe européia por trás do Planck apresentará mapas do céu em nove frequências - seis a mais do que o COBE e três a mais do que seu sucessor americano, o WMAP, que foi lançado em 2001. Essa varredura mais ampla foi planejada para dar à missão da Agência Espacial Européia uma visão mais nítida e limpa da radiação cósmica de fundo.

É com essa visão aguçada que o Planck tentará encontrar "algum novo fenômeno", que tenha acontecido antes mesmo do marco de 375 mil anos após o Big Bang, quando estima-se que a luz começou a se espalhar pelo universo.

Créditos: Terra via Imagens do Universo
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3.3.13

Sonda Messenger revela que Mercúrio teve um vasto oceano de magma

03-03-2013

A sonda Messenger orbita Mercúrio desde 17 de março de 2011. Equipada com nove instrumentos científicos, a missão dela é mapear o planeta, determinar a composição e sondar sua evolução geológica.

Nesse mesmo ano, um grupo de cientistas analisaram dados de Raio-X fluorescente enviados da sonda, e identificaram duas composições distintas, e inexplicáveis, de formações rochosas na superfície. Uma equipe do Massachusetts Institute of Technology (MIT) usou os dados para criar em laboratório os dois tipos de rocha.

Submetendo cada uma a altas temperaturas e pressões, simulando os processos geológicos do planeta, dizem que há apenas uma explicação: Um vasto oceano de magma criou duas camadas diferentes de cristais, solidificadas, que eventualmente, refundiram-se no magma que entrou em erupção na superfície de Mercúrio. O professor de geologia da MIT, Timothy Grove, diz que "a coisa que é realmente incrível em Mercúrio é, isso não aconteceu ontem".

A estimativa da existência do magma não é exata, mas "a crosta é, provavelmente, de mais de quatro bilhões de anos, de modo que este oceano de magma é um recurso realmente antigo". Inicialmente os cientistas procuravam por cenários em que as duas composições de rochas pudessem estar relacionadas. Por exemplo, as duas rochas poderiam ter vindo de uma mesma região e uma ter se cristalizado mais que a outra. Mas, as duas composições eram muito diferentes para terem se originado de uma mesma região.

Para Grove, a explicação mais fácil é que um oceano de lava tenha formado, ao longo do tempo, composições diferentes de cristais, a medida que se solidificava, que depois teriam se refundido com as lavas expelidas de grandes erupções vulcânicas. Estima-se que o oceano de lava existia nos primeiros 10 milhões de anos de existência do planeta, podendo ter sido criado a partir dos violentos processos de formação do, segundo Grove.

À medida que a nebulosa solar condensava, pedaços colidiam com outros pedaços maiores e maiores, formando planetas. Esse processo de colisão e acréscimos pode ter criado energia suficiente para derreter completamente o planeta. "Estamos gradualmente preenchendo mais espaços em branco, e a história pode muito bem mudar, mas este trabalho estabelece uma estrutura para pensar sobre os novos dados", diz Larry Nittler da Carnegie Institution of Washington, que não está envolvido no estudo.

"É um, muito importante, primeiro passo indo em direção a dados interessantes para a real compreensão."

Créditos: Jornal Ciência via Imagens do Universo
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1.3.13

Aumentam as chances de colisão do cometa C/2013 A1 contra Marte

01-03-2013

Novas observações do deslocamento do cometa C/2013 A1 mostram que a aproximação do objeto da superfície marciana será muito mais próxima da que foi calculada anteriormente e as chances de impacto contra o Planeta Vermelho já não podem mais ser descartadas. Até alguns dias atrás, a menor aproximação estimada pelos modelos orbitais era de que o cometa passaria a cerca de 900 mil km da superfície de Marte no dia 19 de outubro de 2014, mas as novas observações permitiram refinar o desenho da orbita.

De acordo com os novos cálculos, o cometa C/2013 A1 poderá chegar a apenas 37 mil km de distância do planeta. A possibilidade de uma aproximação maior entre os dois objetos já havia sido levantada pelo site Apolo11 ao analisar as efemérides divulgadas pelo Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, o JPL. Em 7 de fevereiro, a distância nominal de aproximação mostrada no aplicativo era de 879 mil km, enquanto a aproximação mínima prevista era de 0 (zero) km. Os novos números foram divulgados pelo astrônomo amador Leonid Elenin, ligado ao Instituto de Matemática Aplicada da academia de ciências da Rússia, com base em uma série de observações feitas por imagens registradas por um dos telescópios robóticos da rede ISON, localizado no Novo México, EUA.

Elenin afirmou que mais observações precisarão ser feitas até que a elipse da orbita do cometa seja perfeitamente conhecida, mas segundo o astrônomo o cenário de uma colisão é cada vez mais provável, embora permaneça baixo. Descoberto em 3 de janeiro de 2013 pelo astrônomo amador Robert McNaught, o cometa recebeu a denominação oficial de C/2013 A1 Siding Spring por ter sido descoberto no Siding Spring Observatory, na Austrália. Antes de McNaught, o objeto já tinha sido detectado em 8 de dezembro de 2012 pelo observatório Catalina Sky Survey, da Universidade do Arizona, mas sem que fosse possível determinar sua orbita. Quando foi descoberto, C/2013 A1 se encontrava a 7.2 UA do Sol ou cerca de 1.1 bilhão de quilômetros de distância da estrela.

Após ter sua órbita calculada, logo se verificou que o caminho do cometa cruzava a orbita de Marte a uma distância muito próxima do planeta, estimada entre 700 mil e 1.9 milhões de km da superfície. Essa grande aproximação provocou grande euforia nos astrônomos amadores e profissionais, mas um pequeno detalhe chamou a atenção do público em geral: a simulação da NASA. É muito difícil avaliar as consequências de uma colisão direta entre o cometa C/2013 A1 e o Planeta Vermelho.

Estima-se que o C/2013 A1 tenha entre 10 e 50 km de diâmetro e se move em relação a Marte a uma velocidade de 200 mil km/h. Assim, a energia cinética estimada pode ser comparada a 20 bilhões de megatons de TNT. Um choque dessa magnitude seria capaz de produzir uma cratera de 520 km de largura por 2 km de profundidade, além de produzir alterações significativas na atmosfera marciana.

A pluma de partículas levantadas também poderia encobrir o Sol por um longo período de tempo, diminuindo a temperatura do planeta. Mesmo que a colisão não aconteça, uma passagem tão próxima também deverá provocar alterações, já que o planeta poderá ser envolvido pela gigantesca coma cometária, estimada em mais de 100 mil quilômetros de diâmetro. Uma sonda da Nasa, batizada de MAVEN, está programada para ser lançada em março de 2013 e entrar na órbita marciana em setembro de 2014.

Os dados da sonda ajudarão a monitorar a trajetória do cometa. Aguardemos.

Créditos: Apolo 11 via Imagens do Universo
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