8.12.13

Registrando Europa saindo da frente de Júpiter!

Nesta madrugada percebi a presença da posição de Europa em frente a Júpiter, que com umas horas depois, apareceu ao seu lado. Além de ter observado as outras 3 maiores luas.


Perdoem-me mas ainda estou engatinhando na astrofotografia por ainda não possuir câmera de melhor captação de luz, mas será a próxima coisa que pretendo adquirir.

Equipamento: Telescópio Refrator SkyWatcher de 90mm AZ3, Ocular de 6mm.
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23.11.13

Cometa ISON desenvolve "asas"



Um ou mais fragmentos poderão ter se separado do núcleo do Cometa ISON nos últimos dias. Duas estruturas tipo-asa no ambiente gasoso em redor do cometa, fotografadas por uma equipe de cientistas do Instituto Max Planck para Pesquisa no Sistema Solar e do Observatório Wendelstein da Universidade Ludwig Maximilian de Munique, parecem indicar isso; as estruturas aparecem em imagens obtidas no final da semana passada.

Este distanciamento de peças individuais de detritos pode possivelmente explicar o recente aumento de brilho do cometa. O Cometa ISON tem decepcionado muitos astrônomos amadores ao longo da sua viagem até ao Sol. O brilho do cometa, que passará no dia 28 pela superfície do Sol a uma relativamente pequena distância de pouco mais de um milhão de quilômetros, não aumentou tanto quanto inicialmente se esperava.

No final da semana passada, a luminosidade do ISON subiu dramaticamente com vários observadores a relatar um considerável aumento de brilho. Uma possível indicação para a causa do surto é fornecida por imagens do cometa obtidas e avaliadas recentemente por cientistas do Observatório Wendelstein e do Instituto Max Planck para Pesquisa no Sistema Solar. Nos dias 14 e 16 de Novembro apontaram o seu telescópio para o cometa. As análises mostram duas estruturas visíveis na atmosfera do cometa que se estendem a partir do núcleo como asas.

Estas "asas" eram ainda bastante fracas dia 14 de Novembro, mas dominavam claramente as imagens obtidas dois dias depois. "Tais estruturas ocorrem tipicamente após a separação de fragmentos individuais a partir do núcleo cometário," realça Hermann Böhnhardt do Instituto Max Planck para Pesquisa no Sistema Solar. Tal como o núcleo do cometa, os seus fragmentos também libertam gás e poeira para o espaço.

Se as emissões do cometa e dos fragmentos menores se encontram, é gerada uma espécie de camada separadora e por vezes tem um caráter tipo-asa. Se o aumento de brilho visto nos últimos dias foi também provocado pela divisão dos fragmentos, "isso não pode ser afirmado com certeza," acrescenta Böhnhardt. No entanto, esta relação foi comprovada em outros cometas. As estruturas tipo-asa nas imagens não podem ser avistadas a olho nu, são necessários métodos numéricos para aparecerem em imagens processadas.

Para este fim, os investigadores analisam o ambiente gasoso do cometa no computador em busca de mudanças de brilho. O uniforme pano de fundo da atmosfera do cometa é subtraído e deixa assim de eclipsar as frágeis estruturas. "As nossas computações indicam que ou apenas se dividiu uma única parcela, ou apenas poucos pedaços menores," afirma Böhnhardt. Ainda não se sabe como o cometa irá comportar-se nas próximas semanas, quando der a volta ao Sol.

"No entanto, a experiência passada mostra que os cometas que perdem fragmentos têm tendência para fazê-lo novamente," conclui o investigador cometário.

Créditos: Astronomia On-line
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Missão para estudar campo magnético da Terra é lançada com sucesso


Swarm, com tecnologia europeia e canadense, ajudará a compreender melhor como funciona o planeta




A missão Swarm, formada por três satélites, foi lançada com sucesso nesta sexta-feira a partir da base de Plesetsk (Rússia) com o objetivo de estudar os processos que ocorrem no interior da Terra, compreender melhor seu campo magnético porque, segundo parece, este está se debilitando.
O lançamento aconteceu às 10h02 (de Brasília) a bordo de um foguete Rockot e, apesar da decolagem ter sido segundo o previsto, terá que esperar várias horas para se falar em êxito da missão.
Uma das fases mais críticas será quando forem separados os três satélites, o que ocorrerá aproximadamente uma hora e meia depois da decolagem, momento no qual será recebido o sinal de cada um deles e terão passado "os segundos mais longos do dia", segundo Paolo Ferri, chefe do departamento de operações da Agência Espacial Europeia (ESA), da qual a Swarm depende.
Outro momento-chave será quando os três satélites desdobrarem seus polos, local onde estão localizados os sensores magnéticos. De acordo com a previsão, o primeiro deve realizar a ação por volta das 20h (Brasília) e os outros dois ao longo da próxima madrugada.
Esta missão é controlada desde o Centro Europeu de Operações Espaciais da ESA (ESOC) em Darmstadt (Alemanha), através da estação de acompanhamento de Kiruna (Suécia). Hoje na Alemanha cerca de cem pessoas trabalham neste lançamento, disse Ferri aos jornalistas.

Swarm medirá os sinais magnéticos emitidas pelo núcleo, o manto, a crosta, os oceanos, a ionosfera e a magnetosfera da Terra, e começará a enviar dados diariamente em cerca de três meses.
Esta missão da ESA é formada por três satélites idênticos, dois deles orbitarão em paralelo, decaindo de forma natural desde uma altitude inicial de 460 a 300 quilômetros ao longo de quatro anos, e o terceiro se manterá a uma altitude de 530 quilômetros.
O campo magnético é como uma "enorme bolha que nos protege da radiação cósmica e das partículas carregadas que bombardeiam a Terra através do vento solar", assinalou a ESA em uma nota.
Sem este escudo protetor, a atmosfera não existiria como tal e a vida no planeta seria praticamente impossível, segundo a ESA. No entanto, ainda sob esta proteção, as tempestades solares e as partículas que estas ejetam podem eventualmente chegar à Terra e ocasionar, por exemplo, interrupções nas comunicações.
O campo magnético terrestre se encontra em um estado de contínua evolução e sua intensidade varia constantemente. Ultimamente, segundo a ESA, parece estar se debilitando de forma considerável (os especialistas falam de entre 10% e 15% nos últimos 150 anos).
Precisamente, o Swarm, com tecnologia europeia e canadense, ajudará a compreender melhor como funciona o planeta.


Créditos: Terra
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19.11.13

Grande Mancha Vermelha de Júpiter está próxima de ter enigma resolvido



A Grande Mancha Vermelha de Júpiter sempre foi um grande mistério entre os astrônomos. Os pesquisadores sabiam que ela era fruto de uma imensa tempestade. Esperava-se que ela acabaria em menos de 30 anos quando foi descoberta, mas centenas de anos depois ela ainda continua. Os cientistas não tinham certeza sobre o motivo pelo qual a mancha prevaleceu. Agora, cientistas americanos acreditam que resolveram o mistério utilizando modelos computacionais. Eles acham que o movimento vertical dos gases detém a chave para a persistência da Grande Mancha, restaurando parte da energia que é perdida. De acordo com estudos, essa tempestade deveria ter desaparecido há muito tempo, com base na compreensão da dinâmica dos fluidos.

O pesquisador Pedram Hassanzadeh, pós-doutor da Universidade de Harvard, disse que o número de processos se combina para dissipar os vórtices. A turbulência e as ondas que ocorrem na grande tempestade minam os ventos dissipando parte da energia, irradiando o calor, o que deveria acontecer até sua força e ação desaparecer. “Com base em teorias atuais, a Grande Mancha Vermelha deveria ter desaparecido depois de várias décadas. Em vez disso, ocorre há centenas de anos”, disse o Dr. Hassanzadeh.

O professor Philip Marcus, professor de dinâmica dos fluidos da Universidade da Califórnia, construiu um modelo de computador para analisar as forças que os modelos anteriores descartavam, com fluxos verticais e vórtices. Ao contrário dos modelos anteriores, o modelo também considerou padrões tridimensionais e em alta resolução: “No passado, os investigadores ignoraram o fluxo vertical, porque eles achavam que não era importante ou usaram equações simples porque era muito difícil fazer um modelo”, comentou.

Agora, os cientistas sabem que o movimento vertical é fundamental para explicar por que a Mancha Vermelha existe. Os pesquisadores chegaram a conclusão de que, como o vórtice perde energia, o fluxo vertical atrai gases quentes dos gases que estão acima e atraem gases frios do fluxo que está abaixo do centro, o que acaba repondo parte da energia perdida.

Alguns cientistas já cogitaram a hipótese de que a Grande Mancha obtém sua energia através da absorção de vórtices menores, mas os modelos sempre mostraram que isso não acontece de modo suficiente para explicar tanto tempo de tempestade. O Dr. Hassanzadeh e o professor Marcus informaram que, embora os modelos atuais não expliquem completamente o mistério da Grande Mancha Vermelha, eles assumem que a absorção de eventuais vórtices menores desempenha um papel em sua resistência e durabilidade.

As conclusões do estudo serão apresentadas dia 25 de novembro na Divisão da Sociedade Americana de Física da Dinâmica dos Fluidos. Júpiter tem a maior atmosfera do Sistema Solar e é composta de hidrogênio molecular e hélio. Ela também é o lar de centenas de vórtices.

Alguns duram poucos dias, outros centenas de anos, dependendo do tamanho. A Grande Mancha Vermelha é uma tempestade anticiclônica que existe há mais de 348 anos. Ela é grande o suficiente para ser vista com telescópios relativamente simples. Possui a característica de girar no sentido anti-horário. Suas dimensões variam entre 24 a 40.000 km de diâmetro e possui 14.000 km de altura.

Seu tamanho é tão colossal que seria possível colocar 2 ou 3 planetas Terra dentro dela.

Créditos: Jornal Ciência
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17.11.13

O ativo cometa ISON


Caindo pelos céus da Terra, antes do amanhecer, em direção ao seu encontro com o Sol, no dia 28 de Novembro de 2013, o Cometa ISON está ganhando vida. O super antecipado cometa tem agora sido reportado por ter sofrido um aumento substancial no seu brilho, podendo ser visto a olho nu de locais escuros e apresentando uma cauda mais complexa.

A cauda do ISON se espalha por mais de dois graus na foto acima, feita do sul do Quênia, e registrada na manhã do dia 15 de Novembro de 2013. Mostrada em dois painéis, a versão negativa à direita mostra detalhes da longa cauda mais fáceis de serem identificados, incluindo os filamentos separados da cauda na direção da parte superior da imagem.

Classificado como um cometa sungrazer e na sua primeira visita no Sistema Solar Interno, a possibilidade do ISON sobreviver e tornar-se um cometa brilhante nos céus de Dezembro da Terra, ainda é um mistério.

Créditos: APOD
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10.11.13

Atividade solar aumenta e grande grupo de manchas mostra sua face para a Terra


Monstro grupo de manchas solares 1890 agora enfrenta a Terra. Tirada em 08 de Novembro de 2013
O Sol finalmente está agindo como se estivesse no máximo de seu ciclo. Nosso Sol emitiu dezenas de flares desde o dia 23 de Outubro de 2013, com no mínimo seis flares grandes da Classe-X. No dia 7 de Novembro de 2013 ele emitiu uma flare de Classe-X1.1 às 04:32 UT.

Enquanto o velho Sol tinha se mantido calmo por um tempo onde ele devia estar supostamente muito ativo por estar atingindo o seu máximo no ciclo de 11 anos, a sua atividade recente tem aumentado consideravelmente com a emissão de flares e manchas solares. Durante o ano de 2013, ocorreram períodos intermitentes de atividade, mas desde meados do mês de Outubro de 2013 o Sol realmente está passando pelo seu primeiro período extenso de atividade intensa.

Falando sobre manchas solares, um enorme grupo designado como AR 1890 tem se voltado para a face do Sol que fica de frente para a Terra. Graças ao astrofotógrafo Ron Cottrell, esse grupo foi registrado, e é apresentado na foto principal dessa matéria. A flare de Classe-X1.1 não durou nem um minuto. O NOAA está prevendo uma chance de 60% da ocorrência de flares solares de Classe-M e 20% de chance de flares solares de Classe-X geradas a partir desse grupo.

A imagem abaixo foi feita pelo satélite Solar Dynamics Observatory e mostra o flash gerado por essa flare na radiação extrema ultravioleta.


O Solar Dynamics Observatory (SDO) da NASA capturou esta imagem do Sol mostrando um surto de classe X1.1, que atingiu o pico às 11:26 pm EST em 7 de Novembro de 2013. O aumento do número de erupções são bastante comuns no momento de ciclo de atividade de 11 anos normal do Sol está aumentando em direção a condições de máxima solares
Segundo o site da NASA uma flare solar é definida como uma variação repentina, rápida e intensa no brilho. Uma flare solar ocorre quando a energia magnética que é gerada na atmosfera solar é repentinamente liberada. A radiação é emitida virtualmente por todo o espectro eletromagnético, desde as ondas de rádio nos longos comprimentos de onda, passando pela emissão ótica até os raios-X e raios gama nos comprimentos de ondas curtos. A quantidade de energia liberada é equivalente a milhões de bombas de hidrogênio de 100 megatons explodindo ao mesmo tempo.

Mesmo as flares solares sendo poderosas explosões de radiação, sua intensidade não pode passar pela atmosfera da Terra para afetar fisicamente os humanos no solo. Mas quando elas são intensas o suficiente, elas podem perturbar a atmosfera nas camadas onde os sinais de GPS e de comunicação viajam.


Créditos: Cienctec
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5.11.13

Uma em cada cinco estrelas como o Sol pode ter planetas como a Terra

Análise é da missão Kepler, que se ocupa da busca de planetas habitáveis fora do sistema solar, mas não oferece detalhes-chave na busca da vida.

De cor rosa, o exoplaneta GJ 504b tem uma temperatura de cerca 237 °C e pesa 4 vezes a massa de Júpiter.

Uma em cada cinco estrelas parecidas ao Sol pode ter um planeta do tamanho da Terra em sua órbita, e a mais próxima poderia estar em sistemas visíveis a olho nu, afirmaram cientistas americanos esta segunda-feira. O estudo se baseia em uma nova análise das descobertas do Observatório Espacial Kepler da Nasa, publicada nas Atas da Academia Nacional da Ciência.
Dez planetas descobertos recentemente têm dimensões similares às da Terra e se situam na zona habitável de suas estrelas, o que quer dizer que orbitam a uma distância que não é nem quente, nem fria demais para a vida, afirmaram a jornalistas cientistas do Observatório Kepler. Há cerca de duas dúzias de planetas no total que podem estar a uma distância apta de seus sóis para que seus oceanos não fervam, nem congelem, explicou Bill Borucki, o principal cientista pesquisador do Kepler.
A missão Kepler não oferece detalhes-chave na busca da vida em outros planetas, como se estes têm atmosfera, oxigênio ou água em estado líquido para permitir a vida como conhecemos. No entanto, astrônomos dizem que as últimas descobertas do Kepler são um marco na busca de vida extraterrestre e que esta tecnologia avançada poderia, no futuro, responder mais perguntas.
"Temos muitas missões a considerar no futuro. Penso que algumas delas, que já estão impulsionando a tecnologia, poderiam ser postas em marcha por nossos filhos ou netos", disse Borucki.
A missão Kepler, lançada em 2009, se ocupa da busca de planetas fora do sistema solar que podem orbitar a uma distância de suas estrelas quentes que permita a existência de vida. Os astrônomos observaram 833 novos planetas candidatos usando os três primeiros anos de um total de quatro de registros de Kepler.
Após analisar os primeiros dois anos de dados, a equipe encontrou um total de 351 planetas com tamanhos similares ao da Terra. Agora, o número aumentou para 647. Deles, apenas 104 estão na zona habitável e destes, acredita-se que uns 10 sejam potencialmente rochosos como a Terra, afirmaram os cientistas.
Fontes e Créditos: Terra
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2.11.13

03-11-13: eclipse solar poderá será visto na maior parte do Brasil


Simulação no stellarium em Juazeiro do Norte - Ceará


Neste domingo, o céu será palco de um dos mais impressionantes eventos celestes: o eclipse do Sol. Logo pela manhã o disco solar será encoberto pela Lua e boa parte do evento poderá ser vista do território brasileiro. O eclipse tem início as 08h04 BRT (horário de Brasília) e atingirá o momento máximo às 10h47 BRT, quando o Sol estiver a 70 graus de elevação, no meio do caminho entre a África e o Brasil. O eclipse deste domingo é um pouco diferente dos demais. Apesar de todo o disco solar ficar encoberto pela Lua, em algumas localidades isso não acontecerá e será visto como um eclipse do tipo anular, quando o diâmetro Lua parece menor e insuficiente para cobrir todo o disco da estrela. Isso acontece devido à curvatura da Terra, que faz com que em certas localidades a Lua fique mais próxima do que em outras.

Apesar da diferença da distância lunar não ser muito grande, ela é suficiente para causar o fenômeno. Essa dualidade de aparência é bem rara e os eclipses com essa característica são chamados de "híbridos". No Brasil, o eclipse deste domingo poderá ser visto em grande parte do país, com exceção das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Abaixo vemos os horários locais do início e fim do evento em algumas capitais das regiões Norte e Nordeste.

Manaus: Início as 06h46 - Final: 07h52 (Hora local UTC-4)
Fortaleza: Início as 07h41 - Final: 09h57 (Hora local UTC-3)
Maceió: Início as 07h59 - Final: 10h07 (Hora local UTC-3)
Salvador: Início as 08h15 - Final: 10h29 (Hora local UTC-3)


Devido a posição do continente, o eclipse só será visto parcialmente, com o disco lunar cobrindo mais o Sol à medida que a latitude aumenta. No extremo do Rio Grande do Norte e extremo do Amapá o fenômeno será mais intenso e a Lua cobrirá cerca de 40% do disco solar. Essa porcentagem cai para 30% na maior parte de Pernambuco, Piauí, Maranhão e Pará. No extremo norte de Minas e Goiás, apenas 15% do disco solar será encoberto. Um eclipse do Sol ocorre sempre que a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol. Se durante um eclipse a lua encobre completamente o disco do Sol é chamado de eclipse total.


Caso contrário, eclipse parcial. Se durante um eclipse total a Lua estiver próxima de seu apogeu (maior afastamento da Terra), seu diâmetro aparente parecerá menor que o do Sol e por não cobrir todo o disco, parte do Sol ainda permanecerá visível em forma de anel, daí o nome "anular" para este tipo de eclipse. Anular significa "em forma de anel".

O eclipse do dia 3 será um eclipse do tipo híbrido, total em alguns lugares e anular em outros.

Créditos: Apolo 11
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31.10.13

Cientistas descobrem o primeiro exoplaneta rochoso com tamanho parecido com o da Terra



Astrônomos descobriram o primeiro planeta com o mesmo tamanho que a Terra fora do Sistema Solar que tem uma composição rochosa como a Terra.

O Kepler-78b orbita sua estrela hospedeira a cada 8.5 horas, fazendo dele um verdadeiro inferno que não é um lugar muito propício para o desenvolvimento da vida como a conhecemos.

“A notícia chegou em grande estilo com a mensagem: Kepler-10b tem um irmãozinho”, disse Natalie Batalha, cientista da missão Kepler no Ames Research Center da NASA em Moffett Field na Califórnia.

Batalha liderou a equipe que descobriu o Kepler-10b, um exoplaneta maior mas também rochoso identificado pela sonda Kepler.

“A mensagem expressa o prazer de se saber que a família de exoplanetas do Kepler está crescendo”, refletiu Batalha.

“Isso também mostra o progresso”.

“As equipes Doppler estão atentas para a precisão de mais alto nível, medindo a massa de planetas menores, uma de cada vez”.

“Essas equipes vivem motivadas pela esperança de um dia encontrar a evidência da vida fora da Terra”.

O Kepler-78b foi descoberto usando dados do telescópio espacial Kepler da NASA, que por quatro anos simultaneamente e continuamente monitorou mais de 150,000 estrelas buscando por quedas minúsculas nos brilhos dessas estrelas, quedas essas causadas pelo cruzamento ou trânsito dos exoplanetas.

Dois grupos de pesquisa independentes então usaram telescópios baseados em Terra para confirmar e caracterizar o Kepler-78b.

Para determinar a massa do planeta, a equipe empregou o método da velocidade radial para medir quanta força gravitacional de um planeta órbita faz com que a estrela oscile.

O Kepler, por outro lado, determina o tamanho ou o raio do planeta pela quantidade da luz estelar que é bloqueada quando o planeta passa em frente da sua estrela hospedeira.


Um punhado de planetas com o tamanho ou com a massa da Terra tem sido descoberto.

O Kepler-78b é o primeiro a ter tanto a massa quanto o tamanho.

Com ambas as quantidades conhecidas, os cientistas podem calcular uma densidade e determinar do que o planeta é feito.

O Kepler-78b é cerca 1.2 vezes maior que a Terra e 1.7 vezes mais massivo, resultando numa densidade que é a mesma que a da Terra. Isso sugere que Kepler-78b é também feito principalmente de rocha e ferro.

Sua estrela é levemente menor e menos massiva que o Sol e está localizada a cerca de 400 anos-luz da Terra na direção da constelação de Cygnus.

Uma equipe liderada por Andrew Howard da Universidade do Havaí em Honolulu, fez observações posteriores usando o Observatório W.M. Keck no topo de Mauna Kea no Havaí.

A outra equipe liderada por Francesco Pepe da Universidade de Genebra, na Suíça, fez suas observações terrestres desde o observatório de Roque de Los Muchachos em La Palma, nas Ilhas Canárias.

Esse resultado será um dos mais discutidos na próxima semana durante a segunda conferência científica do Kepler, de 4 a 8 de Novembro no Ames.

Mais de 400 astrofísicos da Austrália, China, Europa, América Latina e dos EUA apresentarão seus últimos resultados usando os dados publicamente acessíveis do Kepler.


Fontes e Créditos: Cienctec
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28.10.13

Telescópio registra lugar mais frio conhecido no Universo



Com temperatura de um grau Kelvin, apenas um grau Celsius acima do zero absoluto (-272 ºC), a Nebulosa do Bumerangue é o objeto mais gelado já identificado no Universo - mais frio até que o fraco resplendor que sucedeu o Big Bang, o evento explosivo que criou o cosmo. Astrônomos utilizando o telescópio Alma, o mais poderoso para a observação do Universo frio, voltaram a observar essa protonebulosa planetária para aprender mais sobre suas gélidas características e determinar seu real formato, que conta com uma aparência fantasmagórica, de acordo com a agência espacial americana (Nasa).

“Esse objeto ultra-frio é extremamente intrigante e estamos aprendendo muito mais sobre a sua verdadeira natureza com o Alma”, disse Raghvendra Sahai, pesquisador e cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, na Califórnia (Estados Unidos).

“O que parecia um lóbulo duplo em formato de ‘bumerangue’ quando visto a partir de telescópios ópticos é, na verdade, uma estrutura muito mais ampla que está se expandindo rapidamente pelo espaço”, garantiu o astrônomo.

A estrutura azul ao fundo da imagem, visível através da luz pelo telescópio espacial Hubble, mostra um formato considerado clássico para esse tipo de estrutura cósmica, com uma região central muito estreita. Através da alta resolução do telescópio Alma no Chile, os astrônomos puderam ver as frias moléculas de gás que revelam uma forma mais alongada da nebulosa, em vermelho na imagem. "Isso é importante para a compreensão de como as estrelas morrem e se tornam nebulosas planetárias", afirmou Sahai.

"Utilizando o Alma, conseguimos - literal e figurativamente - lançar nova luz sobre os últimos momentos de vida de uma estrela como o Sol." A Nebulosa do Bumerangue, localizada a 5 mil anos-luz da Terra, na constelação de Centaurus, é um exemplar relativamente jovem dos objetos conhecidos como nebulosa planetária - corpos celestes que, ao contrário do que o nome indica, estão na verdade na fase final de suas vidas como estrelas semelhantes ao Sol que deixaram suas camadas exteriores.

O que permanece no centro delas são estrelas anãs brancas, que emitem radiação ultravioleta capaz de fazer o gás nas nebulosas brilhar e emitir luz.

Créditos: Terra
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25.10.13

Os Planetas no lugar da lua

Imagens mostram como seria se os planetas ficassem no lugar da Lua.

A ideia e execução é do autor e artista Ron Miller, um apaixonado pela temática do espaço. Partindo de uma imagem com a Lua surgindo no céu, ele criou uma série de 7 fotos, colocando um planeta diferente em cada uma delas.

O resultado é surpreendente. Miller levou em conta a distância da Lua para a Terra e manteve a composição química e o brilho de cada um dos planetas, simulando que as condições seriam as mesmas caso estivessem, de fato, no lugar da Lua. Num trabalho bastante criativo, ele mostra que por exemplo Júpiter, que tem 40 vezes o tamanho da Terra, ocuparia todo o céu, criando um efeito visual bem diferente daquele que estamos acostumados. Confira:


A Lua

Mercúrio

Vênus

Marte

Júpiter

Saturno

Urano

Netuno

Créditos: Hypeness

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20.10.13

Observando Saturno de cima


Créditos da imagem: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute/G. Ugarkovic
Esse retrato olhando Saturno de cima com seus anéis foi criado a partir de imagens obtidas pela sonda Cassini, da NASA, em 10 de Outubro de 2013. Esse mosaico foi gerado pelo processador amador de imagens e grande fã da missão Cassini, Gordon Ugarkovic. Essa imagem não foi geometricamente corrigida para os desvios na perspectiva da sonda e ainda possui alguns artefatos da câmera. O mosaico acima foi criado a partir de 12 imagens obtidas com os filtros azul e verde do subsistema de imageamento científico da Cassini.

Ugarkovic usou o conjunto colorido completo para 11 das componentes do mosaico e imagens azul e vermelhas para um dos componentes.
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A maior estrela já descoberta está se partindo

Esta nova imagem do VLT Survey Telescope (VST) do Observatório Paranal do ESO mostra a notável super grupo de estrelas Westerlund 1. Imagem publicada em 14 de Outubro de 2013. Créditos da imagem: ESO/VPHAS+ Survey/N. Wright.

A maior estrela já descoberta pode dar aos cientistas um senso de como estrelas massivas morrem despejando no universo os ingredientes para a formação dos planetas rochosos e até mesmo da vida. A W26 é cerca de 1.500 vezes maior que o Sol, fazendo dela a maior estrela conhecida no universo. A estrela, uma supergigante vermelha está perto do final de sua vida e eventualmente explodirá numa supernova, dizem os cientistas.

“Estrelas com massas dezenas de vezes maior que o Sol vivem uma vida curta e dramática se comparada com suas co-irmãs menos massivas”, disseram os oficiais da Royal Astronomical Society (RAS), no Reino Unido. “Algumas das estrelas mais massivas vivem menos de poucos milhões de anos antes delas exaurirem seu combustível nuclear e então explodirem como supernovas. No fim de suas vidas essas estrelas tornam-se altamente instáveis e ejetam uma considerável quantidade de material desde seus envelopes externos”.

Os astrônomos estão usando o Very Large Telescope Survey Telscope (VST) do Observatório Sul Europeu no Chile, para estudar o maior aglomerado de estrelas na Via Láctea, uma coleção com centenas de milhares de estrelas localizado a aproximadamente 16.000 anos-luz de distância da Terra, e conhecido como Westerlund 1. Enquanto espiavam a W26 que se localiza dentro do Westerlund 1, a equipe notou algo estranho: a gigantesca estrela está circundada por uma grande e brilhante nuvem de gás hidrogênio.

Essa é a primeira “nebulosa ionizada” já encontrada ao redor de uma estrela supergigante vermelha e essa nuvem dá aos cientistas uma nova chance de estudar como a W26 e outras estrelas como ela expelem suas camadas antes de possivelmente se tornarem uma supernova, jogando material no meio interestelar.

“A W26 por si só é muito fria para fazer o gás brilhar, os astrônomos especulam que a fonte da radiação ionizante pode ser estrelas azuis quentes localizadas em qualquer lugar do aglomerado, ou possivelmente uma estrela companheira da W26 mais apagada e muito mais quente que ela”, dizem os oficiais da RAS. “O fato da nebulosa estar ionizada fará com que seja consideravelmente mais fácil de estudá-la no futuro se ela não estivesse ionizada”.

Uma nova foto da W26 e do Westerlund 1 mostra a nebulosa ionizada brilhando em verde, se destacando das outras estrelas. Apesar do tamanho o aglomerado parece apagado, pois o gás e poeira obscurecem sua visão na luz visível observada da Terra. O instrumento VST foi capaz de espiar através dessa névoa cósmica para investigar o aglomerado de estrelas e a W26. A nova pesquisa está detalhada no Monthly Notices da Royal Astronomical Society.

Créditos: Space.com via CiencTec
http://spacetoday.com.br/a-maior-estrela-ja-descoberta-esta-se-partindo/
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O Nascer da Lua em 19 de outubro

Aproveitando o dia de meu aniversário, por estar a lua numa fase cheia, preparei o telescópio e apontei na direção leste, esperando a lua nascer.

Com um difícil posicionamento, e ajuste de cores eis as fotos capturadas:





Pode-se observar nas três fotos a cratera Tycho.
As fotos não estão lá essas coisas, mas fica só pra registrar.
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19.10.13

Hubble lança nova imagem do cometa ISON



A prova fotográfica está aí. Os relatos sobre o falecimento do cometa ISON foram muito exagerados. Ao contrário de algumas previsões pessimistas, novos dados do Hubble mostram que o cometa ainda caminha à medida que ele caí em direção a Marte e fica cada vez mais perto do Sol.

Essa nova imagem, registrada pelo Hubble em 9 de Outubro de 2013, combina longas exposições feitas através dos filtros azul e vermelho. Por mais de 29 minutos, o Hubble ficou trocando os filtros à medida que rastreava o cometa ISON pelo céu. O pouco de cor apresentado pelo ISON se deve às diferenças entre a coma do cometa e a sua cauda.

A cauda, composta de partículas de poeira arrancadas do cometa pela pressão da luz do Sol, aparece mais avermelhada devido aos grãos de poeira refletirem a luz avermelhada. A coma, em contraste é mais azulada. Ela não possui muita poeira, apenas gás sublimando da superfície do cometa.

O núcleo do cometa, estimado em ter no mínimo 2 quilômetros de diâmetro, é pequeno mesmo aos olhos do Hubble. Um simples pixel nessa imagem se espalha por 55 km do cometa, fazendo com que o núcleo não seja resolvido nessa separação, no momento da foto o cometa estava a aproximadamente uma distância equivalente ao dobro da distância entre a Terra e o Sol. Ainda assim, estudos cuidadosos dessa imagem sugerem que o núcleo está praticamente intacto – a coma se espalha de maneira uniforme a partir de um único ponto, o que não veríamos se o ISON estivesse despedaçado.

De fato, a simetria da coma do ISON sugere que o toda a superfície do cometa de frente para o Sol está alimentando a coma – nenhum jato de gás foi visto nessa imagem.

Sem os jatos para girá-lo, o ISON provavelmente não sofrerá muita rotação.

Isso sugere um excitante futuro potencial: talvez exista um lado escuro do ISON, que nunca verá a luz do dia até que o cometa circule o Sol.

Se esse material primitivo ainda existir, o ISON pode tornar-se mais ativo do que nós esperamos atualmente.


Um mistério ainda persiste. Como tem o ISON provocado previsões que vão desde “mais brilhante do que a Lua” até “totalmente desintegrado”?

Simplificando, o ISON chegou cedo. Quando foi descoberto pela primeira vez, passando por Júpiter, o ISON estava realmente brilhante.

Extrapolando esses dados da primeira observação fizeram com que o ISON parecesse ‘ficar ainda mais brilhante quando estivesse mais próximo – e quando isso não aconteceu, a cobertura da imprensa de maneira em geral oscilou chamando o cometa ISON de uma grande decepção.

De acordo com Mike A’Heran, da Universidade de Maryland, essa é a maldição desses cometas dinamicamente novos, incluindo o infame Kohoutek.

Nos primeiros quatro bilhões de anos de suas vidas, o ISON nunca ficou sobre o guarda-chuva protetor do vento solar.

Sem essa proteção, a superfície do cometa foi bombardeada por raios cósmicos galácticos: partículas de alta energia expelidas de locais exóticos no Universo como os anéis dos buracos negros. Essa superfície irradiada se torna frágil e volátil – um pouco de calor proveniente do Sol é necessário para sublimar uma grande quantidade de gás fazendo com que o brilho do ISON surgisse cedo.

Essa é apenas uma interpretação – Karen Meech da Universidade do Havaí, argumenta que uma explosão de monóxido de carbono explica melhor o brilho pré-maturo – mas as consequências ainda permanecem.

O ISON tem sido julgado injustamente com base no próprio padrão que estabeleceram para ele. Então na imagem acima nós podemos observar o cometa ISON de forma dicromática, ainda com uma peça só, na rota rumo ao Sol. Esperamos que ele sobreviva ao seu destino, calor e gravidade – pelo menos o suficiente para iluminar os céus antes do amanhecer em Dezembro de 2013. O que mais podemos pedir a ele?


Créditos: CiencTec
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12.10.13

Saudável, cometa ISON pode ser destruído durante aproximação solar



Apesar de alguns astrônomos apostarem suas fichas que o cometa C/2012 S1 ISON pode se desintegrar nos próximos dias, a maior parte dos observadores pensa de forma diferente e afirma que o cometa deve chegar intacto ao periélio, mas não deverá sobreviver. Como temos afirmado desde o início, cometas são os mais instáveis entre os objetos dentro do Sistema Solar e à medida que se aproximam do Sol, mais instáveis e espetaculares se tornam.

A dinâmica envolvida é bastante complexa e envolve muito mais parâmetros que aqueles necessários para calcular suas orbitas. Densidade, composição e formato exato da rocha são bastante difíceis de determinar com precisão e eles influenciam diretamente no comportamento de um cometa.

E para piorar as coisas, quanto mais perto do Sol, maior a complexidade da previsão embora a orbita permaneça praticamente a mesma desde que foi calculada. Atualmente, ISON se desloca a 125 mil km/h e se localiza a cerca de 220 milhões de quilômetros do Sol e ninguém sabe com 100% de certeza o que vai acontecer com ele quando atingir o periélio, a máxima aproximação da estrela, mas algumas especulações mostram como será o destino do cometa.

O trabalho dos astrônomos tem sido incessante, pautados mais por dados estatísticos e comparativos do que em observações diretas ou fotográficas, estas últimas usadas principalmente na mensuração da magnitude, detecção de jatos de gás e verificação da rotação do cometa. Baseado em dados da magnitude observada, um dos mais respeitados especialistas em cometas coloca ISON em "estado de alerta laranja".

Para Ignácio Ferrìn, ligado ao Centro de Física Fundamental da Universidade dos Andes, na Venezuela, a curva de luz secular, uma espécie de histórico do brilho durante a vida de um cometa, mostra clara tendência de queda e estabilidade. No seu entender, isso também ocorreu com os cometas LINEAR, Tabur, Honig e Elenin, que se desintegraram quando a curva de luz se nivelou. Segundo o cientista, apesar de ISON ser um cometa saudável, é pouco provável que contorne o Sol, já que diversos cometas que apresentaram curvas de luz similares também se desintegraram diante da aproximação máxima.

Apenas para lembrar, ISON deverá chegar a apenas 1.1 milhão de quilômetros da escaldante superfície da estrela. De acordo com Ferrìn, afirmar que os cometas são imprevisíveis não é uma opinião sensata, já que o nivelamento da curva secular é uma assinatura típica de cometas cujo destino é a desintegração. Diferente de Ferrìn, outro grande especialista em cometas, Matthew Knight, publicou recentemente um artigo no qual ele descreve as razões por que ele acha que cometa ISON tem boas chances de sobreviver ao periélio.

Segundo Knight, que também utiliza meios estatísticos para prever o destino de ISON, dados históricos mostram que cometas com núcleos menores de 200 metros são altamente suscetíveis à destruição por perda de massa devido à sublimação, enquanto cometas maiores, como ISON, estão mais sujeitos à ruptura pelas forças de maré. Para Knight, mesmo que ISON se parta em diversos fragmentos, ainda assim o maior remanescente deverá ser grande o suficiente para sobreviver à perda de massa decorrente da sublimação, o que significa que poderá ser um cometa muito brilhante após periélio.

Apesar das opiniões contrárias, nenhum dos pesquisadores levanta a hipótese de desintegração do núcleo antes do final de novembro e independente do destino do cometa, o show está garantido. Contornando ou não a superfície do Sol.

Créditos: Apolo 11
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11.10.13

Sonda registra estrutura 4 vezes mais profunda que Grand Canyon em Marte

O isolado Hebes Chasma é uma estrutura irregular moldada por forças tectônicas na superfície de Marte - e a imensa rede de cânions nos arredores contém "cicatrizes" que revelam a antiga história do Planeta Vermelho. A sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), voou sobre a região inúmeras vezes, mas divulgou nesta quinta-feira um inédito mosaico com oito imagens que mostram a área em mais detalhes do que quaisquer outros registros feitos até então.​



Esse chasma tem quase oito quilômetros de profundidade e se estende por 315 quilômetros na direção leste-oeste e 125 quilômetros de norte a sul no seu ponto mais comprido. A estrutura é pelo menos quatro vezes mais profunda que o famoso Grand Canyon, no Estado americano do Arizona - que, no entanto, é mais longa, com 446 quilômetros de extensão.

O Hebes Chasma fica a aproximadamente 300 quilômetros a norte do sistema de cânions Valles Marineris. Sua origem é associada à região vizinha de Tharsis, onde se encontra o maior vulcão do sistema solar: o Olympus Mons. No centro do Hebes Chasma há uma mesa (em geografia, uma área elevada de solo com um topo plano) que se ergue até um nível semelhante ao das planícies circundantes. Nenhum outro cânion em Marte tem características parecidas, e a origem dessa estrutura é incerta. Suas camadas incluem materiais vulcânicos - assim como nas paredes principais do cânion - mas também poeira levada pelo vento e sedimentos lacustres fixados ao longo do tempo.



Um material enegrecido próximo à base do chasma pode indicar erosão dos sedimentos mais novos nas áreas superiores ou a ação de vento - e até mesmo água. Uma teoria popular explica que a mesa teria se formado de material que acumulado em um lago.


Créditos: Terra
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