O robô Curiosity está atualmente pousado em Marte no meio da cratera
Gale e pronto para começar uma pesquisa inédita no Planeta Vermelho. O
Curiosity começará a buscar por assinaturas geológicas de um passado
úmido e que pode ter sido amigável para o desenvolvimento da vida em
Marte. Encontrar evidências sólidas de que grandes volumes de água
existiram em Marte em algum ponto de sua história, será um dos maiores
passos rumo à pesquisa sobre a vida nesse planeta. Mas… será que essas
evidências já não foram encontradas? Alguns cientistas dizem que
sim. Pesquisadores da Universidade de Los Angeles, Califórnia, Tempe,
Arizona e Siena na Itália, publicaram um artigo no Interantional Journal
of Aeronautical and Space Sciences (IJASS), citando resultados dos
trabalhos obtidos com dados da missão Viking da NASA. Os módulos de
pouso gêmeos Viking 1 e Viking 2, foram lançados em Agosto e Setembro de
1975, e pousaram com sucesso no Planeta Vermelho em Julho e Setembro do
ano seguinte. A missão principal da Viking, era pesquisar sobre a vida
em Marte, o que elas fizeram cavando o solo marciano e procurando por
sinais de respiração, um sinal claro da atividade biológica. Uma
trincheira de seis polegadas de profundidade no solo Marciano foi
escavada pela Viking 1 em Fevereiro de 1977. O objetivo era atingir um
pé abaixo da superfície para recolher amostras. Os resultados, embora
promissores, foram inconclusivos. Agora, 35 anos depois, uma equipe de
pesquisadores clama que os módulos de pouso da missão Viking, detectaram
a vida e os dados podem confirmar isso. “Solo ativo exibiu uma emissão
rápida e substancial de gás”, diz o relatório da equipe. “O gás era
provavelmente CO2 e, possivelmente, outros gases
radiocarbonos”. Aplicando uma complexa matemática aos dados da Viking
para a realização de uma análise profunda, os pesquisadores descobriram
que as amostras marcianas se comportaram de forma diferente se
comparados a um grupo de controle não biológico. “A resposta das
amostras de controle, exibiu uma ordem inicial relativamente baixa,
rapidamente se desenvolvendo num ruído aproximadamente aleatório,
enquanto que os experimentos ativos exibiram uma ordem inicial mais alta
com um decaimento lento”, aponta o artigo. “Isso sugere uma resposta
biológica robusta”. Enquanto alguns críticos dessa descoberta clamam que
esse processo de identificar vida não é perfeito, mesmo para amostras
aqui da Terra, os resultados são certamente intrigantes o bastante para
suportar uma investigação maior dos dados recolhidos pela missão Viking e
talvez fazer uma reavaliação sobre as inconclusivas descobertas da
missão.
Créditos: Universe Today