11.8.12

É a prova de vida em Marte?

11-08-2012

O robô Curiosity está atualmente pousado em Marte no meio da cratera Gale e pronto para começar uma pesquisa inédita no Planeta Vermelho. O Curiosity começará a buscar por assinaturas geológicas de um passado úmido e que pode ter sido amigável para o desenvolvimento da vida em Marte. Encontrar evidências sólidas de que grandes volumes de água existiram em Marte em algum ponto de sua história, será um dos maiores passos rumo à pesquisa sobre a vida nesse planeta. Mas… será que essas evidências já não foram encontradas? Alguns cientistas dizem que sim. Pesquisadores da Universidade de Los Angeles, Califórnia, Tempe, Arizona e Siena na Itália, publicaram um artigo no Interantional Journal of Aeronautical and Space Sciences (IJASS), citando resultados dos trabalhos obtidos com dados da missão Viking da NASA. Os módulos de pouso gêmeos Viking 1 e Viking 2, foram lançados em Agosto e Setembro de 1975, e pousaram com sucesso no Planeta Vermelho em Julho e Setembro do ano seguinte. A missão principal da Viking, era pesquisar sobre a vida em Marte, o que elas fizeram cavando o solo marciano e procurando por sinais de respiração, um sinal claro da atividade biológica. Uma trincheira de seis polegadas de profundidade no solo Marciano foi escavada pela Viking 1 em Fevereiro de 1977. O objetivo era atingir um pé abaixo da superfície para recolher amostras. Os resultados, embora promissores, foram inconclusivos. Agora, 35 anos depois, uma equipe de pesquisadores clama que os módulos de pouso da missão Viking, detectaram a vida e os dados podem confirmar isso. “Solo ativo exibiu uma emissão rápida e substancial de gás”, diz o relatório da equipe. “O gás era provavelmente CO2 e, possivelmente, outros gases radiocarbonos”. Aplicando uma complexa matemática aos dados da Viking para a realização de uma análise profunda, os pesquisadores descobriram que as amostras marcianas se comportaram de forma diferente se comparados a um grupo de controle não biológico. “A resposta das amostras de controle, exibiu uma ordem inicial relativamente baixa, rapidamente se desenvolvendo num ruído aproximadamente aleatório, enquanto que os experimentos ativos exibiram uma ordem inicial mais alta com um decaimento lento”, aponta o artigo. “Isso sugere uma resposta biológica robusta”. Enquanto alguns críticos dessa descoberta clamam que esse processo de identificar vida não é perfeito, mesmo para amostras aqui da Terra, os resultados são certamente intrigantes o bastante para suportar uma investigação maior dos dados recolhidos pela missão Viking e talvez fazer uma reavaliação sobre as inconclusivas descobertas da missão.

Créditos: Universe Today
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