No último dia 26 de abril, o laboratório MSL completou cinco meses de
viagem rumo a Marte. Agora, faltando menos de 100 dias para o pouso, as
equipes de terra começaram a simular as primeiras tarefas que o
jipe-robô Curiosity deverá realizar na superfície do Planeta Vermelho. E
tudo vai indo muito bem. "Cada dia que passa ficamos mais pertos do
verdadeiro desafio dessa missão", disse Pete Theisinger, gerente do
projeto Mars Science Laboratory, MSL, junto ao Laboratório de Propulsão a
Jato, JPL, da Nasa. "Pousar um veículo do tamanho de uma caminhonete ao
lado de uma montanha a 140 milhões de quilômetros de casa é realmente
uma tarefa excitante. Nossos engenheiros e cientistas estão se
preparando muito para esse grande dia", disse o pesquisador. No dia 22
de abril, os engenheiros do JPL concluíram uma semana de testes
operacionais, que simularam diversos aspectos das operações que deverão
acontecer na superfície de Marte. Para isso os engenheiros enviaram a um
protótipo de laboratório os mesmos comandos que serão transmitidos ao
jipe-robô Curiosity durante a missão, em especial nas primeiras horas
após o pouso. "Nosso jipe de testes tem um computador idêntico ao do
Curiosity", disse Eric Aguilar, engenheiro-chefe da missão MSL.
"Executamos todos os comandos em sequência e ficamos obsevando o jipe
trabalhar. Ele percorreu os caminhos corretamente, tirou as fotos que
queríamos e coletou amostras de solo conforme o esperado. Foi um grande
teste e isso nos deu muita confiança em nosso trabalho." A missão MSL
foi lançada em 26 de novembro de 2011 e tem o objetivo principal de
colocar na superfície de Marte o jipe-robô Curiosity, de 1 tonelada. O
jipe deverá tocar a superfície nas primeiras horas do dia 5 de agosto de
2012 e estudar o planeta por pelo menos dois anos. O local escolhido
para o pouso é próximo à base de uma montanha localizada no interior da
cratera Gale, na região equatorial de Marte. O local mantêm evidências
de umidades originadas no início da formação do planeta e uma das
tarefas do robô será estudar as camadas dessa montanha.
Créditos: Apolo 11