À medida que o cometa C/2012 S1 ISON se aproxima da Terra, as especulações sobre seu tamanho, magnitude e risco potencial começam a crescer. Estima-se que o brilho do objeto poderá chegar a nada menos que 19 magnitudes negativas, o que em termos práticos significa um verdadeiro holofote no céu. Será mesmo?
Com o esvaziamento do besteirol mundial sobre a existência do planeta Nibiru e do suposto fim do mundo previsto pelos Maias, a atenção agora se volta para a realidade e um dos objetos que mais atrairá a atenção em 2013 será sem dúvida o cometa C/2012 S1 ISON.
Os cálculos mostram que em 26 de dezembro o cometa atingirá o menor ponto de aproximação com a Terra, a 60 milhões de quilômetros de distância, mas sem qualquer risco de colisão contra o nosso planeta.
Apesar de não haver risco de impacto, o que chama a atenção deste cometa não é sua aproximação com a Terra e sim a distância mínima que chegará do Sol, prevista em apenas 1.8 milhões de quilômetros do centro da estrela, ou 1.1 milhão de km da sua superfície. Isso acontecerá em 28 de Novembro de 2013. De acordo com alguns modelos de magnitude, o brilho de C/2012 S1 ISON será tão forte que poderá atingir até 19 magnitudes negativas. Isso é cerca de 4.000 vezes o brilho que o cometa C/1965 S1 Ikeya-Seki apresentou em 1965 ou então 40 vezes o brilho da Lua Cheia e poderá ser visto no céu até mesmo durante o dia.
O problema é que os cometas são astros temperamentais e muito sujeitos ao calor e forças gravitacionais intensas, que podem atraí-los e parti-los em pedaços. No caso de C/2012 S1 ISON, as dúvidas se concentram em saber como ele vai se comportar ante a ameaça do Sol, que em alguns meses já começará a aquecer o seu núcleo para depois atraí-lo.
Se sobreviver à escaldante aproximação estelar, C/2012 S1 ISON poderá se transformar em um dos mais espetaculares cometas de todos os tempos. Se os modelos não se confirmarem, poderá ser o maior fiasco celeste. Seja como for, C/2012 S1 ISON promete chamar muito a atenção em 2013.