16.5.12

Superfície de Plutão talvez tenha moléculas orgânicas

16-05-2012

O telescópio Hubble encontrou evidências de moléculas orgânicas complexas – os blocos de carbono que formam a vida como conhecemos – na superfície rígida de Plutão. As observações revelaram que algumas substâncias na superfície de Plutão estão absorvendo mais luz ultravioleta do que o imaginado. De acordo com os pesquisadores, esses componentes podem ser complexos de hidrogênio e carbono ou moléculas com nitrogênio. O planeta anão é conhecido por ter gelo de metano, monóxido de carbono e nitrogênio na superfície. Os químicos que absorvem a luz talvez sejam produzidos quando a luz solar ou partículas subatômicas muito rápidas (chamadas de raios cósmicos) interagem com esses compostos. “É uma descoberta excitante porque os hidrocarbonetos complexos e outras moléculas de Plutão talvez sejam responsáveis pela cor avermelhada do planeta, entre outras coisas”, comenta o líder do estudo, Alan Stern. Plutão circunda o Sol em um anel distante de corpos gelados, conhecido como Cinturão de Kuiper. Vários objetos dessa região também são vermelhos, e astrônomos já haviam especulado que formas orgânicas fossem responsáveis por isso. O grupo de pesquisadores também descobriu que o espectro ultravioleta do planeta mudou quando comparado com os dados dos anos 90. Essa diferença talvez esteja relacionada com mudanças no terreno de Plutão. Para os pesquisadores, é possível que um leve acréscimo na pressão atmosférica tenha causado isso. Mas, acima de tudo, as observações do Hubble são importantes para antecipar informações, já que daqui a alguns anos a primeira nave espacial vai visitar o distante corpo. “A descoberta que fizemos com o Hubble me lembra de que temos muito mais coisas interessantes da composição e da evolução de Plutão para descobrir, antes da nave New Horizons, da NASA, chegar em 2015”, comenta Stern. A nave foi lançada em janeiro de 2006, para uma jornada de 6,4 bilhões de quilômetros. A idéia é que ela atinja o máximo de proximidade com o planeta anão em 14 de julho de 2015.
Créditos: Hypescience
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Porque Ganimedes merece nossa atenção

16-05-2012

Astrobiologia. Já ouviu falar? É uma área bem recente, que surgiu no início dos anos de 1960 e que se debruça sobre a compreensão das condições em que a vida pode existir ou ser preservada no cosmos. Em português simples: procura vida extraterrestre. Dentro desse contexto, Ganimedes merece nossa atenção, pois detém vários elementos para a vida existir, de acordo com a física Emma Bunce, da Universidade de Leicester, no Reino Unido. Como, por exemplo, um próprio oceano, auroras e oxigênio. Descoberta pelo astrônomo alemão Simon Marius (1573-1624) e pelo físico italiano Galileu Galilei (1564-1624), ela é a maior lua de Júpiter e do nosso sistema solar, com um diâmetro aproximado de 5.262 quilômetros. Mas seu diferencial reside na sua composição, composta por um núcleo rochoso com um manto de água e gelo, e uma crosta de rocha e gelo. Agora, a Agência Espacial Européia confirmou oficialmente que irá até lá. Os custos aproximados giram em torno de 1 bilhão de euros, cerca de R$ 2,3 bilhões, uma quantidade curiosa para tempos de crise. Juice, esse é o nome da espaçonave, cujo fim de jornada será a órbita da lua Ganimedes, a fim de responder a algumas questões. Por exemplo, quão profundo é o oceano dessa lua? E ele existe por toda a lua ou está espalhado, mais como lagos? Além disso, cientistas querem compreender melhor o campo magnético dessa lua, a única com um campo magnético em todo o sistema solar. Entender esse campo e como ele interage com o campo de Júpiter é um dos pontos chave. “Ganimedes é um ambiente bastante rico, por isso estamos todos excitados”, afirma Bunce. Mas seu lançamento está planejado somente para 2022, com previsão de chegada em Ganimedes em 2032. A maior lua de Júpiter recebe esse nome em homenagem ao belo e jovem amante de Zeus (correspondente ao Júpiter romano), segundo a mitologia grega. Conta a lenda que Zeus se apaixonou pelo jovem enquanto Ganimedes pastoreava seu rebanho no Monte Ida. Zeus então apareceu transfigurado como uma águia e o levou para o Monte Olimpo, onde Ganimedes se tornou empregado dos deuses, servindo-lhes bebidas em seus banquetes. Isso provocou a ira de Hera e, por isso, Zeus colocou a imagem de Ganimedes entre as estrelas, na forma da constelação de Aquário, o carregador de água, para sempre lembrar de seu amado. Pondo as lendas de lado, muitos afirmam que essa é uma alegoria para justificar a homossexualidade entre os gregos antigos.
Créditos: Hypescience
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Metade norte da galáxia

16-05-2012

Visível na constelação de Andrômeda, a NGC 891 está localizada a aproximadamente 30 milhões de anos-luz de distância da Terra. O Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA virou seu vasto campo da Advanced Camera for Surveys em direção a essa galáxia espiral e fez essa imagem detalhada da metade norte da galáxia. O bulbo central da galáxia está fora da imagem na parte inferior esquerda. A galáxia se espalha por aproximadamente 100.000 anos-luz e é vista de lado, revelando seu espesso plano de poeira e gás interestelar. Enquanto inicialmente se pensava que ela parecia com a nossa Via Láctea se fosse vista de lado, pesquisas mais detalhadas revelara a existência de filamentos de poeira e gás escapando do plano da galáxia em um halo por mais de centenas de anos-luz. Eles podem ser claramente vistos aqui contra o brilhante plano de fundo do halo da galáxia, expandindo no espaço a partir do disco da galáxia. Os astrônomos acreditam que esses filamentos sejam o resultado da ejeção de material devido à supernovas ou intensa atividade de formação estelar. Ascendendo quando elas nascem, ou explodindo quando elas morrem, as estrelas geram poderosos ventos que podem soprar a poeira e o gás por mais de centenas de anos-luz no espaço. Algumas estrelas em primeiro plano pertencentes à Via Láctea brilham de forma intensa na imagem, enquanto distantes galáxias elípticas podem ser vistas na parte inferior direita da imagem. A NGC 891 é parte de um pequeno grupo de galáxias que se mantêm juntos pela gravidade. Uma versão dessa imagem entrou na competição conhecida como Hubble’s Hidden Treadures Image PRocessing Competition pelo participante Nick Rose. O Hidden Treasures é uma iniciativa de convidar entusiastas da astronomia para buscar no arquivo do Hubble, imagens espetaculares que nunca tinham sido vistas pelo público em geral.
Créditos: Space Telescope
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13.5.12

Sol viaja lento demais pela galáxia para causar onda de choque

13-05-2012

A onda de choque espacial, que os cientistas acreditavam existir na fronteira entre o Sistema Solar e o espaço interestelar, não existe. E não existe porque o Sol se move através da galáxia a uma velocidade menor do que havia sido calculado, com uma interação mais fraca com o resto da galáxia. A conclusão veio da análise detalhada dos dados da sonda espacial IBEX (Interstellar Boundary Explorer), lançada pela NASA em 2008 justamente para estudar nossos limites interestelares. Nosso Sistema Solar viaja através da galáxia no interior de uma espécie de casulo, a heliosfera, uma "bolha" formada por campos magnéticos e pelo vento solar. O limite da heliosfera, onde o vento solar interage com o resto da galáxia, marca a fronteira do Sistema Solar. As teorias indicavam que essa interação causava uma onda de choque, semelhante ao chamado "boom sônico", que ocorre aqui na Terra quando um avião ultrapassa a velocidade do som. Mas os novos dados indicam que o Sistema Solar não faz mais do que uma "marola" no resto da galáxia - uma espécie de onda de proa, aquela que se pode ver à frente de um navio que avança pelo mar. Os dados indicam que o Sistema Solar viaja pela galáxia a uma velocidade de 83.680 km/h, "lento" demais para criar uma onda de choque. "Embora ondas de choque certamente existam à frente de muitas outras estrelas, nós descobrimos que a interação do nosso Sol não atinge o limite crítico para formar um choque. Assim, uma onda de proa é uma descrição mais precisa do que está acontecendo à frente da nossa heliosfera," disse David McComas, líder do estudo. Os dados indicam ainda que a pressão magnética do meio interestelar é mais forte do que se calculava, o que exige velocidades ainda maiores para gerar uma onda de choque. "É muito cedo para dizer exatamente o que esses novos dados significam para a nossa teoria da heliosfera. Décadas de pesquisas exploraram cenários que incluíam uma onda de choque. Todas essas pesquisas agora terão que ser refeitas com os novos dados," disse McComas. Haverá certamente implicações, por exemplo, para a forma como se calcula a propagação dos raios cósmicos galácticos e como eles entram no Sistema Solar, um tema de muito interesse para as viagens espaciais.

Créditos: Inovação Tecnológica
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3.5.12

Sonda Mars Express descobre zonas talvez propícias à vida

03-05-2012

"A sonda Mars Express da agência espacial européia, ESA, identificou em Marte, na região de Tractus Catena, onde estão os maiores vulcões do sistema solar, uma zona com inúmeras depressões. Esses sulcos gigantescos marcados no terreno, que se estendem ao longo do flanco de um desses vulcões, o Alba Mons, poderiam ser locais ideais para a vida microbiana, se ela existir naquele planeta, se poder abrigar, anunciou a ESA. A explicação para a existência dos enormes sulcos naquela zona não é clara. Eles tanto poderão ter sido causados por movimentos no terreno, devido a tensões na crosta do planeta, como pelo corrimento de lava há milhões de anos. Mas não é tudo. Uma explicação mais interessante do ponto de vista da existência possível de vida passada (ou presente) em Marte, de acordo com os investigadores da ESA, é que eles poderiam ter sido causados por correntes de água. Sabe-se que marcas idênticas em várias regiões da Terra foram geradas dessa forma. Se foi esse o caso em Marte também, então poderá haver poços recônditos e invisíveis naquelas zonas. Aí, a vida microbiana poderia viver abrigada das radiações cósmicas, que a fina atmosfera de Marte não trava."

Créditos: AstroPT
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SpaceX e NASA se preparam para lançamento

03-05-2012

Na instalação de processamento, localizada no Space Launch Complex-40 no Cape Canaveral Air Force Station na Flórida, os técnicos da Space Exploration Technologies acoplam a cápsula Dragon ao segundo estágio de seu foguete de propulsão da empresa, um Falcon 9. A companhia, conhecida como SpaceX, irá fazer um segundo lançamento de demonstração para o programa Commercial Orbital Transportation Services da NASA, ou COTS. Durante o voo, a cápsula irá conduzir uma série de procedimentos de testes e irá provar seus sistemas, incluindo manobras de aproximação e acoplagem com a ISS. Se a cápsula executar tudo como está planejado os experimentos NanoRacks-CubeLabs Module-9 e outros serão transferidos para a estação espacial. A nave de carga levará comida, água, e provisões para as tripulações das expedições a bordo da ISS, provisões como roupas, baterias e equipamentos computacionais. Dentro do programa COTS, a NASA tem parcerias com duas empresas privadas para fornecer missões de abastecimento de suprimentos para a ISS.

Fonte: NASA
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