31.12.12

Cometa C/2012 S1 ISON promete chamar a atenção em 2013

31-12-2012

À medida que o cometa C/2012 S1 ISON se aproxima da Terra, as especulações sobre seu tamanho, magnitude e risco potencial começam a crescer. Estima-se que o brilho do objeto poderá chegar a nada menos que 19 magnitudes negativas, o que em termos práticos significa um verdadeiro holofote no céu. Será mesmo?

Com o esvaziamento do besteirol mundial sobre a existência do planeta Nibiru e do suposto fim do mundo previsto pelos Maias, a atenção agora se volta para a realidade e um dos objetos que mais atrairá a atenção em 2013 será sem dúvida o cometa C/2012 S1 ISON.

Os cálculos mostram que em 26 de dezembro o cometa atingirá o menor ponto de aproximação com a Terra, a 60 milhões de quilômetros de distância, mas sem qualquer risco de colisão contra o nosso planeta.

Apesar de não haver risco de impacto, o que chama a atenção deste cometa não é sua aproximação com a Terra e sim a distância mínima que chegará do Sol, prevista em apenas 1.8 milhões de quilômetros do centro da estrela, ou 1.1 milhão de km da sua superfície. Isso acontecerá em 28 de Novembro de 2013. De acordo com alguns modelos de magnitude, o brilho de C/2012 S1 ISON será tão forte que poderá atingir até 19 magnitudes negativas. Isso é cerca de 4.000 vezes o brilho que o cometa C/1965 S1 Ikeya-Seki apresentou em 1965 ou então 40 vezes o brilho da Lua Cheia e poderá ser visto no céu até mesmo durante o dia.

O problema é que os cometas são astros temperamentais e muito sujeitos ao calor e forças gravitacionais intensas, que podem atraí-los e parti-los em pedaços. No caso de C/2012 S1 ISON, as dúvidas se concentram em saber como ele vai se comportar ante a ameaça do Sol, que em alguns meses já começará a aquecer o seu núcleo para depois atraí-lo.

Se sobreviver à escaldante aproximação estelar, C/2012 S1 ISON poderá se transformar em um dos mais espetaculares cometas de todos os tempos. Se os modelos não se confirmarem, poderá ser o maior fiasco celeste. Seja como for, C/2012 S1 ISON promete chamar muito a atenção em 2013.


Créditos: Apolo 11 via Imagens do Universo
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10.12.12

"Black Marble": Nasa divulga imagem noturna da Terra

10-12-2012

O mosaico reúne registros de abril e outubro de 2012. Foram necessárias 312 órbitas para conseguir uma vista limpa do planeta.

A Nasa - a agência especial americana - e a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês) divulgaram nesta quarta-feira uma imagem da Terra que, ao contrário das conhecidas Blue Marbles, é vista à noite. O registro na verdade é um mosaico com diversas fotografias feitas por satélite. O mosaico exclui registros que tinham nuvens para mostrar a superfície do planeta.

O satélite Suomi NPP (sigla para "parceria polar-orbital"), lançado ano passado, tem um sensor especial para observar a atmosfera e superfície do planeta sem a luz do dia. Segundo a Nasa, o sensor é tão sensível que consegue registrar o leve brilho da atmosfera à noite e até a luz de um navio no oceano. "Pelas mesmas razões pelas quais precisamos ver a Terra durante o dia, também precisamos ver a Terra à noite", diz Steve Miller, pesquisador do Instituto de Pesquisa da Atmosfera (da Universidade do Estado do Colorado e do Noaa). "Ao contrário dos humanos, a Terra nunca dorme."

Um dos registros foi do furacão Sandy quando chegava, iluminado pela Lua, a Nova Jersey, nos Estados Unidos, em 29 de outubro. As imagens noturnas mostravam o poder da tempestade que deixou milhões de pessoas na escuridão. Ao contrário de câmeras que capturam uma fotografia com apenas uma exposição, o sensor do Suomi NPP registra diversas vezes a cena em milhões de pixels individuais.

Após isso, ele revê a quantidade de luz em cada pixel. Se ele for muito intenso, uma ferramenta previne que ele fique muito saturado no resultado final. Se for muito fraco, o sinal é amplificado. "É como ter três câmeras de pouca luz operando ao mesmo tempo, e nós pegamos o melhor de várias câmeras, dependendo de onde estamos olhando na cena", diz Miller.



Fontes e Créditos: Terra
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Blue Marble: 1ª imagem da Terra como um todo completa 40 anos

10-12-2012

A mais nítida imagem feita da Terra foi divulgada em janeiro pela Nasa

Há exatos 40 anos, em 9 de dezembro de 1972, os astronautas a bordo da missão Apollo 17 registraram a primeira fotografia da Terra como um todo. Chamada de "Blue Marble", a imagem foi capturada a mais de 32 mil km de distância em pouco mais de cinco horas. Neste ano, uma versão mais atual da foto foi publicada pela Nasa em janeiro. Ela foi registrada pelo satélite Suomi NPP. Segundo a agência espacial americana, ela seria a imagem em mais alta definição já feita do nosso planeta.

Para especialistas da Nasa, a Blue Marble deste ano superou as versões anteriores, tiradas pela Nasa desde 1972. De acordo com a revista Nature, a imagem influenciou a geração de cientistas e ambientalistas e capturou a imaginação do público assim que o movimento ambiental estava tomando forma. Nos dias de hoje, seria difícil uma fotografia causar tanto impacto nas pessoas, mas o "burburinho" inevitável serviu de lembrete que tais imagens ainda têm a capacidade de inspirar nossa curiosidade.

Além destas fotografias tiradas durante o dia, existe a "Black Marble", que tem a mesma ideia de fotografia da Terra como um todo, mas no período da noite. Na última quarta-feira, a Nasa e a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês) divulgaram a mais recente imagem terrestre vista à noite .

"Pelas mesmas razões pelas quais precisamos ver a Terra durante o dia, também precisamos ver a Terra à noite", diz Steve Miller, pesquisador do Instituto de Pesquisa da Atmosfera (da Universidade do Estado do Colorado e do Noaa). "Ao contrário dos humanos, a Terra nunca dorme."


Créditos: Terra
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19.11.12

Membros de missão à ISS retornam à Terra a bordo da Soyuz

19-11-2012

Três membros da missão à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), um japonês, uma americana e um russo, retornaram hoje à Terra a bordo da nave espacial Soyuz TMA-05M, informou o Centro de Controle de Vôos da Rússia. A cápsula de descida aterrissou na hora e local previstos, nas estepes do Cazaquistão, acompanhada por três aviões e 12 helicópteros. Pouco depois as equipes de resgate abriram a escotilha e ajudaram os três a deixar a cápsula.

"A tripulação suportou bem a descida e a aterrissagem, os cosmonautas estão de bom humor", informou o comentarista do CCVE. A bordo da Soyuz TMA-05M retornaram a americana Sunita Williams, o japonês Akihiko Hoshide e o comandante da missão, o russo Yuri Malenchenko. Na Estação Espacial Internacional (ISS), eles foram substituídos pelos russos Oleg Novitski e Evgeni Tarelkin e o astronauta Kewin Ford, que partiram da Terra no dia 23 de outubro. Malenchenko, Williams e Hoshide trabalharam a bordo da ISS desde julho passado.

Durante sua missão foi executada uma caminhada espacial de acordo com o programa russo e outras duas pelo americano, e foram realizados mais de 40 experimentos científicos. Além disso, foram recebidas as naves automáticas russas Progress, desacoplada a nave européia ATV-3 "Edoardo Amaldi", e o acoplamento e desacoplamento do cargueiro privado americano Dragon. Também foi recebida a nave pilotada Soyuz TMA-06M, a bordo da qual chegaram Novitski, Tarelkin e Ford.

No dia 19 de dezembro, a partir da base de Baikonur (Cazaquistão), partirá rumo à ISS uma nova expedição. As naves russas Soyuz são o único meio de transporte de astronautas à ISS desde que terminou o uso das naves americanas e vão continuar sendo pelo menos até 2016.

Créditos: Terra
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13.11.12

Conheça os trajes espaciais dos primeiros cães astronautas

13-11-2012

A União Soviética enviou pelo menos 57 cachorros para missões espaciais entre as décadas de 1950 e 60. A mais famosa é a cadela Laika, conhecida por ser o primeiro ser vivo terrestre a orbitar o nosso planeta. Mas antes mesmo de Laika colocar a patinha a bordo da nave soviética Sputnik II em 1957, vários cães já haviam sido enviados a altitudes muito mais elevadas.

Como os seres humanos, os cães precisaram de trajes espaciais especiais para sobreviver às condições diferenciadas da nave. Para manter os animais seguros e testar os equipamentos que mais tarde seriam usados por humano, foram criados trajes de alta pressão, com capacetes especiais e dispositivos para coleta de urina e fezes.

O Retronaut postou diversas fotos que mostram os primeiros trajes espaciais caninos, e que nos fazem imaginar como é ser um cachorro astronauta – ou cosmonauta, como chamavam os soviéticos.

Créditos: Hypescience
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3.11.12

Uma grande escavada para a humanidade

03-11-2012


A imagem acima mostra uma bela marca em Marte, onde o rover Curiosity, realizou a escavação do solo marciano. A primeira amostra escavada foi retirada do Rocknest, um pedaço de poeira e areia, no dia 7 de Outubro de 2012, o Sol 61, ou seja, o 61º dia de operações do rover Curiosity em Marte.

Uma terceira amostra foi coletada no dia 15 de Outubro de 2012, o Sol 69, e depositou essa amostra no instrumento Chemistry and Mineralogy, no dia 17 de Outubro de 2012, o Sol 71. A imagem acima, foi feita pela Mast Camera do rover Curiosity. Os cientistas realçaram a cor nessa versão para mostrar a cena marciana como ela apareceria nas condições de iluminação da Terra que ajuda a analisar e a entender o terreno.

Durante os dois anos da missão primária do Projeto do Mars Science Laboratory, os pesquisadores estão usando 10 instrumentos do Curiosity para investigar se as áreas da Cratera Gale já ofereceram em algum momento da história marciana, as condições favoráveis para o surgimento e desenvolvimento da vida microbiana.


Fontes e Créditos: NASA
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1.11.12

Solo de Marte é semelhante ao do Havaii, diz Nasa

01-11-2012

Uma sonda enviada pela agência espacial americana Nasa a Marte descobriu que o solo do planeta é semelhante ao do Havaí. Um instrumento chamado CheMin, colocado na sonda Curiosity, analisou com raio-X partículas do terreno marciano. O objetivo é descobrir pistas sobre a história geológica recente do planeta.

Como os cientistas já desconfiavam, a maior parte do solo é composta por materiais basálticos de origem vulcânica, exatamente como o terreno das ilhas do Havaí, nos Estados Unidos. As amostras tiradas em Marte contêm tanto poeira que estava a milhares de quilômetros do local da sonda, mas foi trazida por tempestades, quanto areia originária da região. "Até agora, os materiais que a Curiosity analisou são consistentes com nossas idéias iniciais que tínhamos sobre a cratera Gale, mostrando uma transição no tempo de um ambiente úmido para um seco", diz David Bish, um dos pesquisadores do projeto CheMin.

A sonda Curiosity chegou no dia 6 de agosto à cratera Gale, um vale enorme na região equatorial de Marte. A missão tem orçamento equivalente a R$ 8 bilhões. Desde a chegada, a sonda já percorreu 480 metros em sentido leste, rumo a um local conhecido como Glenelg. Imagens de satélite revelam que este ponto é uma interseção de três terrenos geológicos diferentes. Por ora, a Curiosity parou em uma região conhecida como "Rocknest", onde fez as primeiras análises do solo. Um dos objetivos, segundo os cientistas, é "limpar o paladar" dos instrumentos de análise, já que eles ainda estavam contaminados com pequenas partículas trazidas da Terra.

A análise do material foi a primeira vez que a Nasa conseguiu usar uma técnica chamada de difração de raio-X remotamente, em outro planeta. A técnica já é usada há anos na Terra. As partículas analisadas são "bombardeadas" com raio-X. A forma como o raio é refletido pelas partículas do solo revelam dados sobre a sua composição química e estrutura.

Os componentes analisados têm até 150 micrometros - a largura de dois fios de cabelo humano. Foram detectadas quantidades grandes de minerais como feldspato, olivina e piroxena.

O próximo passo da sonda será usar o instrumento conhecido como Sample Analysis at Mars (SAM, na sigla em inglês), que procurará detectar materiais orgânicos, para tentar descobrir se é possível haver - ou ter havido - ambiente propício para vida em Marte.

Créditos: Terra
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Como o Sistema Solar irá acabar?

01-11-2012

Nem todas as partes do Sistema Solar irão acabar da mesma maneira. O Sol irá expandir em uma gigante vermelha. A Terra poderá escapar se a civilização desenvolver tecnologia inacreditavelmente avançada para tal feito.

Mercúrio e Vênus, no entanto, não conseguiriam fugir e seriam engolidos pelo Sol, tornando-se vapor, ao menos é o que afirmam as teorias. Outra teoria afirma que, à medida que o Sol se expandir, a órbita de Mercúrio irá ficar irregular, podendo ocorrer colisão com Vênus ou com nosso planeta. A nova órbita de Mercúrio iria exercer forças gravitacionais que, por sua vez, iriam puxar e modificar a órbita da Terra.

Os planetas se puxariam o tempo todo, criando excentricidades nas órbitas planetárias. Alguns planetas poderiam “cambalear” pelo Sistema Solar e outros poderiam sair vagando pelo espaço. Em algumas simulações realizadas por computador, vários resultados são possíveis: Mercúrio pode ser engolido pelo Sol, bem como chocar-se com Vênus. Seja qual for o resultado, isso irá afetar todo o Sistema Solar, em uma espécie de efeito dominó.

E o que acontecerá com os outros planetas? O Sol irá terminar seus dias como uma anã branca. Recentemente os astrônomos capturaram imagens de um asteróide sendo sugado por uma anã branca, indicando que existe a possibilidade de planetas orbitarem este tipo de estrela que estão em estágio de resfriamento.

Geralmente os planetas mais próximos são engolidos ou evaporados, já os exteriores permanecem orbitando a estrela por tempo indeterminado.

Créditos: Jornal Ciência
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Phobos – a lua condenada

01-11-2012

Essa lua está condenada. Marte, o Planeta Vermelho que recebeu esse nome em homenagem ao deus romano da guerra, possui duas pequenas luas. Phobos e Deimos, que tiveram seus nomes derivados do grego para Medo e Pânico. Essas luas marcianas podem muito bem serem asteróides capturados originados no cinturão principal de asteróides que se localiza entre Marte e Júpiter, ou talvez possam ser originadas de rincões mais distantes ainda do nosso Sistema Solar.

A maior lua, Phobos, é vista como um objeto semelhante a um asteróide repleto de crateras nessa bela imagem colorida feita pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, registrada numa resolução de aproximadamente sete metros por pixel. Mas a órbita de Phobos está localizada tão perto de Marte, aproximadamente 5.800 quilômetros acima da superfície (só para se ter um comparativo, a nossa Lua fica a aproximadamente 400.000 km), que as forças gravitacionais de maré estão puxando a lua cada vez mais para baixo, ou seja, para mais próximo do planeta.

Em 100 milhões de anos estima-se que Phobos será provavelmente destruída pelas tensões geradas pelas forças de maré, e que os detritos originados dessa destruição formarão um anel de decaimento ao redor do planeta Marte.

Créditos: Cienctec
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21.10.12

A primeira imagem colorida da superfície de Titã

21-10-2012


Essa imagem foi capturada pela sonda Huygens, da Agência Espacial Européia, durante a sua descida de sucesso e pouso em Titã. Essa é uma imagem colorida, obtida após um processamento que adicionou a ela dados espectrais, e deu assim uma melhor indicação da cor verdadeira da superfície. Inicialmente pensados como sendo rochas ou blocos de gelo, eles têm tamanhos de seixos.

Os dois objetos rochosos um pouco abaixo do centro da imagem têm 15 cm (esquerda) e 4 cm (centro) respectivamente, e estão localizados a uma distância de 85 cm da Huygens. A superfície é mais escura do que originalmente se acreditava, consistindo de uma mistura de água e gelo de hidrocarboneto. Existem também evidências de erosão na base desses objetos indicando uma possível atividade fluvial.


Fontes e Créditos: Cienctec
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19.10.12

Cientistas tentam evitar destruição de sonda a caminho de Plutão

19-10-2012

Pesquisadores da Nasa - a agência espacial americana - estão preocupados com a possibilidade de a sonda New Horizons colidir com algum objeto no seu caminho para Plutão


O planeta-anão teve recentemente descoberta sua quinta lua e esses satélites naturais podem deixar rochas e outros materiais pelo caminho da nave - que viaja a 48 mil km/h.

"Nós descobrimos mais e mais luas orbitando próximo de Plutão - a conta agora está em cinco", diz Alan Stern, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste dos Estados Unidos e principal cientista da missão. "E nós temos que avaliar que estas luas, assim como aquelas ainda não descobertas, agem como geradores de detritos que povoam o sistema de Plutão com restos de colisões entre essas luas e pequenos objetos do Cinturão de Kuiper."

"Porque a nossa espaçonave está viajando tão rápido, uma colisão com um simples seixo ou até um grão milimétrico pode danificar ou destruir a New Horizons", diz Hal Weaver, membro da missão e pesquisador da Universidade Johns Hopkins.

A sonda já passou por sete dos seus nove anos e meio de viagem até o planeta-anão, que fica no Cinturão de Kuiper, e os cientistas tentam agora usar cada ferramenta disponível - de gigantescos telescópios no solo e o Hubble a simulações em supercomputadores - para encontrar objetos na órbita de Plutão.

Ao mesmo tempo, eles estudam rotas alternativas, mas que sejam mais seguras para a nave. Há a possibilidade, inclusive, de a nave passar por uma distância maior de Plutão do que o planejado, mas que permitiria à missão ainda atingir seus objetivos principais de estudo.


Créditos: Terra
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Curiosity estudará novas partículas brilhantes achadas em Marte

19-10-2012


A sonda Curiosity estudará pequenas partículas brilhantes que encontrou durante suas primeiras escavações em Marte, que inicialmente se pensou que poderiam ser restos de cabos, informaram nesta quinta-feira cientistas da Nasa (a agência espacial americana).

Ao recolher sua primeira amostra de solo marciano no início de outubro, o robô descobriu um pequeno objeto brilhante, que despertou a curiosidade dos cientistas. Entre as hipóteses ventiladas foi que poderia tratar-se de um resto de cabo da nave na qual foi transportado o robô até Marte em agosto ou da própria Curiosity. No entanto, o interesse é ainda maior depois que após as duas seguintes escavações na região tenham aparecido mais partículas brilhantes.

"Devemos investigar mais essas pequenas partículas brilhantes", afirmou em teleconferência o diretor do projeto Curiosity do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da Nasa, Richard Cook, junto com John Grotzinger, cientista do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). "Não podemos descartar que sejam algo feito pelo homem, mas não acho que sejam", declarou Grotzinger, acrescentando que nas próximas semanas darão ordens à câmera de alta resolução ChemCam para que se aproxime das novas partículas e envie os dados à Terra.

A primeira missão da Curiosity foi limpar a área onde aterrissou de possíveis restos, para evitar que a contaminação do entorno possa afetar à missão. Os cientistas estão trabalhando com as sondas que orbitam o Planeta Vermelho para documentar as marcas deixadas pelo robô já que acreditam que os ventos marcianos irão apagá-las. Em paralelo, o robô começou a utilizar o instrumento para analisar quimicamente os minerais (CheMin), no qual introduziu um fragmento de rocha do tamanho de uma aspirina, cujos resultados serão conhecidas nas próximas semanas.

Durante os dois anos que durará sua missão, a Curiosity utilizará os dez instrumentos que leva a bordo para comprovar se na área de estudo existiram condições ambientais favoráveis para a vida microbiana.

Créditos: Terra
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Longa e sinuosa estrada: Cassini celebra 15 anos

19-10-2012


O Gráfico acima, mostra as órbitas em torno do sistema de Saturno. A sonda Cassini comemorou ontem 15 anos de condução ininterrupta, ganhando um lugar entre os guerreiros da estrada interplanetária. Desde o seu lançamento dia 15 de Outubro de 1997, a sonda já registou mais de 6,1 bilhões de quilômetros de exploração - o suficiente para dar a volta à Terra mais de 152.000 vezes.

Depois de passar por Vênus duas vezes, pela Terra, e depois por Júpiter a caminho de Saturno, a Cassini entrou em órbita do planeta em 2004, e aí tem passado os seus últimos oito anos, juntamente com os seus anéis brilhantes e as suas intrigantes luas. E, para que não seja acusada de se recusar a escrever para casa, a Cassini enviou de volta, até agora, cerca de 444 gigabytes de dados científicos, incluindo mais de 300.000 imagens.

Mais de 2.500 artigos foram publicados em revistas científicas com base nos dados da Cassini, descrevendo a descoberta da pluma de água gelada e partículas orgânicas expelidas da lua Encelado; as primeiras vistas dos lagos de hidrocarbonetos da maior lua de Saturno, Titã; a revolta atmosférica de uma monstruosa tempestade em Saturno e muitos outros fenômenos curiosos. "À medida que a Cassini realiza o estudo mais profundo de um planeta gigante até à data, a sonda tem percorrido a mais complexa trajetória assistida pela gravidade jamais tentada," afirma Robert Mitchell, gestor do programa no JPL da NASA em Pasadena, Califórnia, EUA.

"Cada passagem rasante por Titã, por exemplo, é como passar um fio pelo buraco de uma agulha. E já o fizemos 87 vezes até agora, com precisões geralmente dentro dos 1,6 km, tudo controlado a partir da Terra a cerca de 1,5 bilhões de quilômetros de distância." A complexidade vem, em parte, do alinhamento de visitas a mais de uma dúzia das mais de 60 luas de Saturno e, por vezes, balançando-se para obter vistas dos pólos do planeta e das luas.

A Cassini depois percorre o seu caminho de volta até ao equador do planeta, enquanto permanece no percurso para atingir o seu próximo alvo. As direções que os planeadores da missão comandam também têm que ter em consideração as influências gravitacionais das luas e de uma fonte limitada de combustível. "Fico orgulhoso em dizer que a Cassini realizou tudo isto a cada ano dentro do orçamento, com relativamente poucos problemas de saúde," afirma Mitchell.

"A Cassini está a entrar na sua meia-idade, com os sinais associados à passagem dos anos, mas está de muito boa saúde e não exige qualquer cirurgia de grande porte." A pintura branca e macia da antena de alto-ganho provavelmente agora está áspera ao toque, e algumas das coberturas em redor do corpo da sonda estão provavelmente salpicadas por pequenos buracos feitos por micrometeoróides.

Mas a Cassini ainda mantém redundância no seus sistemas críticos de engenharia, e a equipe espera que envie mais alguns milhões de bytes de dados científicos à medida que continua a cheirar, provar, ver e ouvir o sistema de Saturno. E isto é uma coisa boa, porque a Cassini ainda tem uma missão única e ousada pela frente. A Primavera só recentemente começou no hemisfério Norte de Saturno e suas luas, por isso os cientistas estão apenas começando a entender as alterações provocadas pela mudança das estações.

Nenhuma outra nave espacial foi até agora capaz de observar tal transformação num planeta gigante. A partir de Novembro de 2016, a Cassini começará uma série de órbitas que a aproximarão cada vez mais de Saturno. Estas órbitas chegam mesmo ao limite exterior do anel F de Saturno, o mais exterior dos anéis principais. Então, em Abril de 2017, um encontro final com Titã colocará a Cassini numa trajetória que passará por dentro do anel mais interior de Saturno, muito perto do topo da atmosfera de Saturno. Depois de 22 destas passagens rasantes, a perturbação gravitacional de um distante e final encontro com Titã aproximará ainda mais a Cassini.

A 15 de Setembro de 2017, após a entrada na atmosfera de Saturno, a sonda será esmagada e vaporizada pela pressão e temperatura do abraço final de Saturno, para proteger mundos como Encelado e Titã, com oceanos de água líquida por baixo das suas crostas gelada que podem abrigar condições para a vida. "A Cassini tem ainda muitos quilômetros para percorrer antes do seu descanso final, e muitas mais perguntas que nós, cientistas, queremos ver respondidas," afirma Linda Spilker, cientista do projeto Cassini no JPL.

"De fato, as suas últimas órbitas poderão ser as mais emocionantes, porque vamos ser capazes de descobrir como é estar tão perto do planeta, com dados que não podem ser recolhidos de outra maneira."


Créditos: Astronomia On-line
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Mistério sobre desaceleração de sonda espacial é possivelmente solucionado

19-10-2012


Duas sondas espaciais norte-americanas lançadas em 1972 e 1973, respectivamente a Pioneer 10 e a Pionner 11 da Nasa, têm intrigado cientistas por décadas.

As Pioneers começaram uma estranha desaceleração de cerca de 0,9 nanômetros por segundo quadrado, voltando novamente em direção ao Sol. Mas o que estaria causando essa aceleração negativa? Tantas idéias já foram estudadas que pesquisadores levantaram até mesmo a hipótese de estarmos perante uma nova força da natureza que contradiria a Teoria da Relatividade Geral de Einstein. Em julho deste ano, a solução para o mistério parecia finalmente ter aparecido.

Pesquisadores da Jet Propulsion Laboratory (JPL) da Nasa tinham afirmado que a Anomalia Pioneer (como é conhecido o fenômeno), estava sendo ocasionada pelo calor emanado da corrente elétrica que flui através dos instrumentos e do fornecimento de energia termoelétrica das sondas. Embora o calor seja sutil, pesquisadores acreditavam que ele seria capaz de empurrar a nave espacial ligeiramente para trás.

O pesquisador Sergei Kopeikin, da Universidade de Missouri (EUA) não acredita que a hipótese do calor esteja correta. De acordo com o astrônomo, essa teoria só é capaz de explicar de 15 a 20% do fenômeno. Para ele, o motivo que ocasiona a Anomalia Pioneer tem relação com a expansão do universo. Kopeikin desenvolveu um novo conjunto de cálculos para explicar o fenômeno, considerando a expansão do universo e a forma que isso afeta o movimento de fótons que formam a luz e ondas de rádio – pois é a partir disso que é possível medir grandes distâncias no universo.

Para medir a velocidade das sondas, os cientistas da Nasa que levantaram a hipótese do calor como o motivo da desaceleração transmitiram feixes de ondas de rádio para a nave, e esperaram seu retorno à Terra (efeito chamado de Doppler-tracking). A velocidade das sondas pode assim ser determinada através da medição do tempo que os fótons demoram para voltar para o nosso planeta. Mas Kopeikin percebeu que os fótons estavam se movendo a uma velocidade diferente do que é previsto pela teoria de Newton – o que deu a impressão de desaceleração. Em outras palavras, as sondas Pioneer não estão desacelerando, como acreditamos por décadas. Mas como o universo está se expandindo e as naves estão muito longe, temos a falsa sensação da diminuição de velocidade.

Se Kopeikin estiver certo, sua descoberta e cálculos irão mudar a maneira como os astrônomos medem a velocidade de objetos a distâncias extremas. As sondas espaciais Pioneer 10 e 11 estão entre as primeiras sondas enviadas pelo programa de exploração espacial da Nasa. Elas tinham, como objetivo primário, explorar o meio interplanetário para além da órbita de Marte, investigar o cinturão de asteróides, explorar Júpiter e mapear Saturno e Júpiter.

No início dos anos 80, observou-se uma desaceleração nas naves espaciais, em direção ao Sol. Esse fato foi inicialmente desprezado, pois cientistas acreditavam que o efeito era devido a algum fluxo de propulsão do combustível deixado nas linhas depois dos controladores terem desligado o propulsor. Só em 1998, quando um grupo de cientistas descobriu o que parecia uma desaceleração real que contradizia a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, é que a Anomalia Pioneer começou a gerar polêmica e ser estudada mais a fundo.


Fontes e Créditos: Hypescience
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NASA lança “mini satélites” a partir de estação espacial

19-10-2012

No dia 4 de outubro de 1957, foi lançado pela primeira vez um satélite em órbita, o russo Sputnik 1, dando início à “Era Espacial”. No 55º aniversário do lançamento, a NASA realizou algo que era impensável na época do Sputnik 1: lançar satélites a partir de uma estação espacial. A operação foi executada por membros da Expedição 33 da Estação Espacial Internacional (ISS). Foram lançados cinco satélites cubesats, que, embora muito menores do que os modelos mais comuns (têm em média 10 cm de largura), podem ser de grande ajuda em pesquisas espaciais feitas em universidades e centros tecnológicos.

Colocar os “mini satélites” em órbita exigiu um planejamento cuidadoso. “Conduzimos toda uma análise para garantir que seria algo seguro de se fazer a partir da estação, não apenas em relação ao lançamento propriamente dito, mas também no transporte dos satélites para dentro da estação”, explica Andres Martinez, do projeto Ames da NASA. A estrutura usada para lançar os satélites, desenvolvida pela agência espacial japonesa JAXA, é do tamanho de uma gaiola para animais pequenos.

Um dos “mini satélites” lançados, o TechEdSat, foi desenvolvido por alunos da Universidade Estadual de San Jose (EUA), com apoio da NASA, que, segundo Martinez, garantiu que eles estivessem preparados para cumprir rigorosos padrões de design e de processo de desenvolvimento. Periodicamente, o TechEdSat irá enviar dados sobre sua temperatura e órbita e outras informações que ajudem os alunos a entender mais sobre o ambiente espacial.

Outro dos cubesats, chamado F-1, é fruto de uma colaboração entre a desenvolvedora NanoRacks, a Universidade de Uppsala (Suécia) e a Universidade FPT (Vietnã). Já os demais (RAIKO, WE WISH e FITSAT-1) foram desenvolvidos por diversas instituições em conjunto com a JAXA.

Um deles (FITSAT-1) foi construído para enviar mensagens em código morse usando luz, para que pesquisadores do Instituto Fukuoka de Tecnologia (Japão) possam testar técnicas de comunicação óptica. Como nenhum dos cubesats tem instrumentos de “manobra”, suas órbitas tiveram de ser previamente calculadas, fazendo com que o risco de colisão seja muito baixo.

Com o sucesso da operação, a NASA está no caminho de diminuir o custo de acesso ao espaço por civis – lançar satélites a partir de uma estação espacial, apesar dos desafios, é mais barato do que fazê-lo da Terra.

Ainda não há planos da NASA e da JAXA para repetir a experiência, mas, de acordo com Martinez, há “uma porção” de alunos e engenheiros que estão ansiosos para participar.

Créditos: Hypescience
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O melhor momento para assistir a chuva de meteoros do cometa Halley

19-10-2012

Para quem gosta de fazer pedidos para estrelas cadentes, aqui vai uma dica quente: na madrugada de domingo, vai dar para fazer uns 60 pedidos por hora, uma média de um por minuto. Estamos em plena época da chuvas de meteoros conhecida como orionídas, por que seu radiante está na direção aproximada da constelação de Órion.

As chuvas de meteoros orionídas são criadas pelos detritos do cometa Halley, e acontecem na metade do mês de outubro. Desde o ano 2006, a chuva de meteoros orionídas tem proporcionado belos espetáculos, com 60 ou mais meteoros por hora. Nada menos é esperado para este ano. Para quem quiser assistir o espetáculo, é preciso procurar um lugar longe da poluição luminosa das cidades (poluição luminosa é como os astrônomos chamam o excesso de luz das cidades, que ao iluminar a poeira suspensa na atmosfera, cria um halo luminoso que dificulta a observação das estrelas mais fracas).

Como equipamento adicional, eu acrescentaria uma cadeira confortável, um chimarrão (ou uma térmica de café) e um cobertor por causa do frio da madrugada. Cuidado para não ficar muito confortável e acabar dormindo… Como o radiante está próximo da constelação de Órion, o melhor é olhar naquela direção, a partir da uma hora da madrugada. Se você não sabe qual é a constelação de Órion, procure pelas “Três Marias”, que devem se elevar a leste, perto da meia-noite. O espetáculo vai até o céu clarear.

Os cometas são descritos apropriadamente como bolas de gelo sujo. Quando esta bola de gelo se aproxima do Sol, começa a criar jatos de vapor. Estes jatos de vapor arrastam consigo partículas do cometa que, apesar de se afastarem do mesmo, continuam essencialmente a fazer uma órbita em torno do Sol, bastante parecida com a do cometa de onde saíram. Estas partículas sólidas são geralmente menores que um grão de areia, e queimam ao entrar em alta velocidade na nossa atmosfera, desaparecendo antes de tocar o chão.

Outra forma pela qual são produzidas as chuvas de meteoros parece estar associada à destruição ou ruptura do cometa. Como estas partículas seguem a mesma órbita do cometa original, a chuva de meteoros acontece sempre que a Terra atravessa a sua órbita original. Outra consequência de terem a mesma órbita do cometa do qual saíram é que todos os meteoros parecem vir do mesmo ponto do céu, chamado de “radiante”.

Esta é a maneira de diferenciar um meteoro que pertencente a uma chuva de meteoros de um meteoro comum.

Créditos: Hypescience
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Foi descoberto o sistema solar mais compacto!

19-10-2012

A estrela KOI-500 tem a mesma massa do Sol, tem 74% do diâmetro solar, tem uma idade de 1 bilhão de anos (é uma jovem, comparada com os 5 bilhões de anos de idade do Sol), e encontra-se a 1.100 anos-luz de distância da Terra. Uma equipe de astrônomos descobriu que esta estrela tem 5 planetas na sua órbita!

O tamanho destes planetas é bastante parecido o da Terra (os tamanhos vão de 1,3 a 2,6 vezes o tamanho da Terra; ou seja são planetas como a Terra e super-terras). Poderia-se pensar que é um sistema solar semelhante ao nosso. No entanto, estes 5 planetas estão bastante perto da estrela.

Mesmo o que está mais longe, está 12 vezes mais perto da estrela que a Terra está do Sol. Enquanto a Terra demora 365 dias a dar uma volta ao redor do Sol, Mercúrio – o planeta mais próximo do Sol – demora somente 88 dias terrestres. Ou seja, Mercúrio já está bastante perto do Sol, daí orbitar em muito menos tempo que a Terra. Estes 5 planetas em órbita de KOI-500 estão tão próximos da sua estrela, que as suas órbitas demoram: 1 dia, 3,1 dias, 4,6 dias, 7,1 dias e 9,5 dias!

Os planetas não só estão pertíssimo da estrela, mas obviamente estão bastante próximos uns dos outros! Por incrível que pareça, as órbitas parecem bastante estáveis, e por isso os planetas não parecem estar em perigo de colidirem entre eles, de serem expelidos do sistema, nem de caírem na estrela. E ainda existe mais uma característica importante: os 4 planetas mais longe da estrela têm órbitas sincronizadas. A cada 191 dias, estão exatamente na mesma configuração orbital. É a primeira vez que se encontra uma dança de 4 planetas sincronizados! Quase de certeza que os planetas não se formaram onde estão agora.

Eles provavelmente estavam muito mais espaçados, mas depois migraram para perto da estrela. Mais um sistema planetário descoberto que nem teoricamente se imaginou nem sequer a ficção científica imaginou! Mais uma vez, prova-se: a realidade é muito mais estranha do que a ficção imagina!

Créditos: AstroPT
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16.10.12

Conheça Polaris, o jipe-robô que vai encontrar água na lua

16-10-2012

Algum dia procuremos água no pólo norte da lua. E provavelmente faremos isso com o jipe robótico Polaris, que está sendo construído para prospectar e eventualmente extrair minérios da lua, asteróides, ou mesmo outros planetas. Polaris é o robô desenvolvido pela Astrorobotics Technology, uma das equipes que está competindo pelos US$ 30 milhões (cerca de R$ 60 milhões) do Google Lunar X Prize, que vai premiar o primeiro explorador robótico a pousar na lua.

Com uma perfuradora de 1,2 metros, ele pode se deslocar na Lua a uma velocidade de 0,3 m/s, ou 1,08 km/h e pesa 150 kg, podendo carregar mais 70 kg de equipamentos e instrumentos científicos sobre suas rodas de 60 cm de largura. Os painéis solares do Polaris, que alimentam seus motores e dispositivos elétricos, são capazes de gerar 250 W. O excesso de calor é eliminado por dois outros painéis. Ele também está preparado para suportar as noites frias da Lua, com a temperatura caindo a -173 °C.

Câmeras estéreo e laser serão usados pelo robô para gerar modelos e vídeos 3D, que serão comparados com as imagens do Lunar Reconnaissance Orbiter (principalmente para checar localização, já que ainda não tem GPS na Lua). Além disso, o robô tem uma antena S-band apontada o tempo todo para a Terra, que serve para receber comandos e transmitir dados e imagens.

O primeiro protótipo do Polaris ainda não está terminado, mas a NASA já está se movimentando para colocar seus próprios instrumentos de prospecção de água no robô. A agência espacial americana já assinou nove contratos em um total de US$ 3,6 milhões (cerca de R$ 4,2) com a Astrobotic, incluindo o contrato de uso do Polaris.

Créditos: Hypescience
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13.10.12

As exoluas podem nos dar vislumbres reais de possíveis mundos habitáveis

13-10-2012

Os planetas são aclamados como possíveis candidatos em abrigar a vida humana ou de outros seres, mas quando analisamos melhor vemos que as exoluas podem ser as “estrelas deste palco”. Os cientistas desenvolvem pesquisas utilizando imagens que fornecem pistas inéditas sobre a capacidade das luas em suportar vida, fornecendo “assinaturas químicas” através de técnicas inovadoras. Até o momento, 800 planetas (também chamados de exoplanetas) foram encontrados fora do Sistema Solar utilizando métodos indiretos. Uma das técnicas utilizadas é verificar o escurecimento do brilho de uma estrela quando um planeta passa em sua frente. Os pesquisadores dizem que este método é eficaz, mas quando a procura é por planetas rochosos parecidos com a Terra, a coisa muda de figura. A questão principal é a necessidade de distância adequada.

As estrelas com grande brilho precisam estar distantes o suficiente de seus planetas para que os cientistas possam identificar de modo razoável o escurecimento quando um planeta passar em sua frente, caso contrário o brilho ofuscará totalmente a passagem e nada será visível. Isso significa que a maioria dos planetas encontrados atualmente estava fora da chamada zona habitável, uma região não muito distante e nem tão próxima da estrela, possibilitando a conservação de água líquida. Algumas técnicas levam em consideração o calor do planeta, mas neste caso eles podem ser jovens demais para abrigar vida, com temperaturas bastante elevadas. Luas que orbitam Júpiter podem sofrer severamente com a ação gravitacional do gigante gasoso, sendo esticadas e amassadas constantemente, mantendo o seu interior aquecido. Este processo, chamado de aquecimento de maré, é conhecido por manter o calor estável.

Os pesquisadores descobriram que para uma lua ser detectada através do calor por telescópios terrestres como Keck no Havaí ou por espaciais como o Hubble e o Spitzer, elas devem ter temperatura em torno de 700º C, algo muito escaldante para existir possibilidade de abrigar vida. Futuros telescópios conseguirão identificar luas em temperaturas mais baixas. O James Webb Space Telescope será capaz de identificar exoluas em temperaturas extremamente confortáveis, em torno de 27ºC. O calor gerado em uma lua pela compressão da gravidade de um imenso planeta não pode ser visto como uma “benção” para a possibilidade do desenvolvimento de vida.

A compressão gera calor, mas também pode provocar atividades sísmicas e criar imensos vulcões, expelindo gases sulforosos e tóxicos. O que isso significa na prática? A manutenção de temperatura em uma lua através do fenômeno de aquecimento de maré é uma “faca de dois gumes”. Enquanto o fenômeno possibilita temperaturas agradáveis acima dos 0ºC, a atividade vulcânica na superfície pode tornar a lua um ambiente infernal, impossibilitando o desenvolvimento de formas primitivas de vida.

Os pesquisadores ainda não sabem se a existência de luas fora do Sistema Solar é algo extremamente comum ou inacreditavelmente raro, só maiores explorações com instrumentos avançados para responder essa dúvida. As novas tecnologias que serão aplicadas nas próximas décadas abre caminho para a tentadora possibilidade de “exomundos”, derrubando o mito de que a vida possa existir em planetas distantes. Talvez, a vida já exista, mas em corpos celestes que poucos dão o devido valor: as luas.


Créditos: Jornal Ciência
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11.10.12

Voyager 1 pode já ter deixado o sistema solar

11-10-2012

Embora não exista nenhum comunicado oficial da NASA, os mais recentes sinais recebidos da sonda Voyager 1 apontam para que já tenha deixado o Sistema Solar. As evidências surgem deste gráfico acima, que mostra o número de partículas, principalmente prótons, oriundas do Sol que atingem a Voyager 1 com o passar do tempo. No final de Agosto notou-se uma grande queda, que apontava para que nessa altura já tivesse no espaço interestelar.

A última vez que se tinha ouvido da Voyager tinha sido no princípio de agosto, e indicava que no dia 28 de Julho, o nível de partículas de baixa-energia originadas do interior do sistema solar tinha diminuído por metade. No entanto, em três dias, os níveis tinham aumentado novamente para perto dos anteriores. Mas no final de Agosto tinham novamente encolhido. A equipe da Voyager diz que tem visto dois dos três sinais-chave que assinalam a saída do sistema solar e a entrada no espaço interestelar. Além da queda de partículas oriundas do Sol, também viram um aumento no nível de raios cósmicos de alta-energia originários do exterior do Sistema Solar. O terceiro sinal é a direção do campo magnético. Ainda não há dados relativos a esse sinal, mas os cientistas estão ansiosamente a analisar os dados para determinar se já mudou de direção.

Os cientistas esperam que estes três sinais mudem quando a Voyager 1 finalmente entrar no espaço interestelar. "Estes são tempos excitantes para a equipe da Voyager, à medida que tentam perceber o ritmo acelerado da aproximação da Voyager 1 ao espaço interestelar," afirma Edward Stone, cientista do projeto Voyager, uma sua citação do princípio de Agosto. "Mas certamente estamos numa nova região na orla do Sistema Solar onde as coisas mudam rapidamente. Mas não estamos ainda em condições de dizer que a Voyager 1 entrou no espaço interestelar." Stone acrescentou que os dados mudam de maneiras inesperadas, "mas a Voyager sempre nos surpreendeu com novas descobertas." A Voyager 1 foi lançada dia 5 de Setembro de 1977, e está aproximadamente a 18 bilhões de quilômetros do Sol. A Voyager 2, lançada dia 20 de Agosto de 1977, está um pouco atrás, a 15 bilhões de quilômetros do Sol.




Créditos: Astronomia On-line
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