29.11.11

Lista de planetas com mais chance de ter vida

29-11-2011



Cientistas formaram uma lista de luas e planetas com mais tendência a abrigar vida extraterrestre. Entre os mais habitáveis está a lua de Saturno, Titã, e o exoplaneta (que orbita outro sistema, que não o solar) Gliese 581g, que está a 20,5 anos-luz de distância, na constelação de Libra. No estudo, os autores propuseram dois índices diferentes: um de similaridade com a Terra e outro de planeta habitável. “A primeira questão é se existem condições como as da Terra, já que sabemos por experiência que elas podem abrigar vida”, comenta o membro do grupo, Dirk Schulze-Makucj, da Universidade Estadual de Washington. “A segunda é se os planetas têm condições que sugerem a possiblidade de outras formas de vida, conhecidas ou não”.

Para a primeira condição, são considerados fatores como tamanho, densidade e distância da estrela pai. A segunda é diferente: se a superfície é rochosa ou gasosa, e se possui um campo atmosférico ou magnético. Também se leva em conta a energia disponível para qualquer organismo, como luz de uma estrela pai ou interações gravitacionais com outros objetos, que podem aquecer um planeta ou lua internamente. E finalmente, o segundo critério também analisa a química – como os compostos orgânicos presentes – e se solventes líquidos estão disponíveis para reações químicas.

O valor máximo estipulado para a similaridade com a Terra foi de 1. O maior valor atingido fora do nosso sistema solar foi o de Gliese 581g (que tem a existência colocada em dúvida por alguns astrônomos), com 0,89, e outro exoplaneta orbitando a mesma estrela, o Gliese 581d, com 0,74. O sistema Gliese 581 tem sido estudado por astrônomos e contém quatro – possivelmente cinco – planetas orbitando uma estrela vermelha anã. O HD 69830d, um exoplaneta do tamanho de Netuno, que orbita uma estrela diferente na constelação de Puppis, também conseguiu uma boa avaliação (0,6).

Pensa-se que ele está na Zona Cachinhos Dourados, uma região ao redor da estrela pai onde as temperaturas superficiais não são nem quentes nem frias para a vida. Em nosso sistema solar, a maior graduação ficou com Marte (0,7) e Mercúrio (0,6). Para a segunda questão, da habitabilidade, os resultados foram diferentes. O melhor por aqui foi a lua de Saturno, Titã, que conseguiu 0,64, seguida de Marte (0,59) e a lua de Júpiter, Europa (0,47), que se imagina conter água abaixo da superfície. No campo dos exoplanetas, os melhores foram novamente Gliese 581g (0,49) e Gliese 581d (0,43).

Nos últimos anos, a busca por planetas habitáveis fora do nosso sistema solar tem subido muitos degraus. O telescópio Kepler, da NASA, lançado em 2009, já encontrou mais de 1.000 candidatos. Telescópios futuros talvez consigam detectar os chamados “marcadores de vida” na luz emitida pelos planetas, como a clorofila, o pigmento presente nos vegetais.


Lista “Similaridade com a Terra”
Terra – 1,00:
Gliese 581g – 0,89: Gliese 581d – 0,74: Gliese 581c – 0,70:Marte - 0,70: Mercúrio – 0,60: HD 69830 d – 0,60:
55 Cnc c – 0,56:
Lua – 0,56:
Gliese 581e – 0,53:

Lista “Habitalidade”
Titã – 0,64:
Marte – 0,59: Europa – 0,49:Gliese 581g – 0,45: Gliese 581d – 0,43: Gliese 581c – 0,41: Júpiter – 0,37: Saturno – 0,37:Vênus – 0,37:
Encélado – 0,35:

Fontes e Créditos: Hypescience
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28.11.11

Paradoxo: Sol mais brilhante faz com que o oceano fique mais frio

28-11-2011


Segundo um novo estudo, aumentar o brilho do Sol pode, paradoxalmente, levar a temperaturas mais frias na Terra.

O impacto do Sol sobre o clima da Terra é assunto para debates há anos. Por exemplo, o chamado Mínimo de Maunder, quando poucas manchas solares extraordinárias foram vistas entre 1645 e 1715, parcialmente coincidiu com a Pequena Idade do Gelo da Europa e da América do Norte, o que levou cientistas a questionarem se o sol era a causa dessa mudança climática, bem como se ele é responsável pela atual mudança que o mundo está passando.

Para saber mais sobre os efeitos que as alterações do brilho solar podem ter sobre o clima, pesquisadores analisaram sedimentos de aproximadamente 15 metros de comprimento, a 530 metros abaixo da superfície do mar em Baixa Califórnia do Sul, no México.

Os cientistas se concentraram em um plâncton da espécie Globigerina bulloides. Ao analisar os níveis de magnésio nas conchas destes organismos, que aumentam conforme as temperaturas sobem, os pesquisadores puderam reconstruir as temperaturas de superfície do Pacífico tropical desde o Holoceno, época de aproximadamente 12 mil anos atrás, até os dias atuais.

Para deduzir os níveis de radiação solar durante esse tempo, os pesquisadores observaram os níveis de carbono-14 em anéis de árvore e berílio-10 no gelo polar. Raios cósmicos do sistema solar teriam gerado esses isótopos (variedades de um elemento que tem um número diferente de nêutrons).

Quando a radiação solar é elevada, reforça o campo magnético interplanetário, que protege a Terra contra os raios de alta energia, de modo que menos desses isótopos estariam presentes em anéis de árvores e no gelo que se formou numa época em que a radiação solar foi elevada.

Ao comparar a radiação solar e os registros de temperatura, os pesquisadores descobriram que, conforme a atividade solar aumentou no início e meio do Holoceno, a temperatura dos oceanos na região diminuiu em um padrão parecido com os eventos de La Niña, quando o Pacífico equatorial fica com águas mais frias do que o normal. Quando a atividade solar diminuiu, as temperaturas do oceano subiram como ocorre durante o El Niño, evento marcado por águas quentes no Pacífico, ao largo da costa das Américas.

As condições frias como na La Niña podem ter gerado a tendência de um Sol mais brilhante para aquecer a superfície da Terra, enquanto o clima mais quente do estilo El Niño pode ter causado um resfriamento a partir de um sol menos brilhante.

Existem modelos de clima que podem explicar o que pode ter ocorrido. Segundo cientistas, a radiação solar é aparentemente melhor em aquecer a atmosfera sobre o Pacífico Equatorial Oeste do que Leste; há uma maior convergência dos ventos sobre o Equador a oeste, levando a um maior volume de ar para absorver o calor do sol.

Este ar quente aumenta os ventos alísios que sopram do leste para o oeste. Estes, por sua vez, “empurram” as águas superficiais, fazendo com que as águas frias do fundo do oceano venham para cima. O resfriamento resultante do oceano aumenta os ventos ainda mais, agravando esse efeito de resfriamento.

As novas descobertas podem levantar questões sobre as causas das mudanças climáticas atuais. Segundo os pesquisadores, as mudanças recentes no brilho do sol são extremamente pequenas, um décimo de 1%. Além disso, a quantidade de mudanças na radiação pouco importa em comparação com os gases de efeito estufa, que causam muito mais mudanças climáticas.

Outra questão é se os gases de efeito estufa poderiam levar a mais La Niñas, assim como um sol brilhante. Os pesquisadores não acreditam nisso, porque os gases do efeito estufa afetam os padrões de circulação de maneira bem diferente.

O El Niño e a La Niña são parte de um padrão climático conhecido como Oscilação Sul-El Niño, ou OSEN. O El Niño é extremamente importante para a variabilidade climática de ano para ano; por exemplo, é por isso que o sul da Califórnia pode ter inundações e deslizamentos de terra em um ano, e secas e incêndios florestais no próximo.

Enquanto modelos de computador diferentes geralmente concordam em muitos aspectos das mudanças climáticas, há menos acordo sobre o futuro do OSEN. Os pesquisadores esperam, ao estudar o passado, aprender mais sobre o futuro.


Fontes e Créditos: Hypescience
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Teremos dois sóis em breve?

28-11-2011

Vários sites pela internet divulgaram que a estrela Betelgeuse logo irá virar uma supernova e, em 2012 (provavelmente relacionam este ano devido a grande discussão sobre o fim do mundo), irá brilhar em nosso céu como um segundo Sol.

No entanto, segundo cientistas, isso é completamente infundado.

De acordo com especialistas, a Betelgeuse está, sim, a caminho de se tornar uma supernova e isso deve acontecer logo – mas esse “logo” está em termos astronômicos, e pode acontecer daqui a um milhão de anos.

Ninguém tem certeza de quando a explosão irá acontecer realmente, mas mesmo que estejamos aqui para testemunhar, a supernova não apareceria no céu como um segundo Sol. Ela se aproximaria, no máximo, com o brilho de uma lua crescente.

Segundo os astrônomos, ela seria brilhante e apareceria no céu mesmo durante o dia e, com certeza, assustaria muita gente, mas não seria nem de perto tão brilhante quanto nosso Sol.
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26.11.11

MSL "Curiosity" a caminho de Marte

26-11-2011

A ULA (United Launch Alliance) levou a cabo o lançamento do Mars Science Laboratory, um rover batizado de Curiosity, que irá ajudar a desvendar os segredos de Marte. O lançamento teve lugar às 15:02:00, 237UTC do dia 26 de Novembro de 2011 e foi levado a cabo pelo foguetão Atlas-V/541 (AV-028) desde o Complexo de Lançamento SLC-41 do Cabo Canaveral, Flórida. A separação entre o Curiosity e o estágio Centaur ocorreu às 1546UTC. O objetivo da missão é o de determinar se a área da cratera Gale tem alguma evidência de ambientes habitáveis passados ou atuais. Estes estudos serão parte de um exame mais alargado dos processos passados e atuais na atmosfera de Marte e na sua superfície. As pesquisas irão utilizar 10 instrumentos transportados pelo rover e que irá suportar a sua utilização ao proporcionar a mobilidade, capacidades de aquisição de amostras, fornecimento de energia e comunicações. A massa total no lançamento foi de 3.893 kg, dos quais 899 kg correspondem ao Curiosity, 2.401 kg correspondem ao sistema de entrada, descida e aterragem (escudo aerodinâmico e estágio de descida abastecido), e 539 kg correspondem ao estágio de cruzeiro abastecido.


Cientistas preparando a curiosity para o lançamentoO Curiosity transporta uma variada carga científica num total de 10 instrumentos (70 kg), sendo o Alpha Particle X-ray Spectrometer, a Chemistry and Camera, a Chemistry and Mineralogy, o Dynamic Albedo of Neutrons, o Mars Descent Imager, o Mars Hand Lens Imager, a Mast Camera, o Radiation Assessment Detector, a Rover Environmental Monitoring Station, e o Sample Analysis at Mars. Para o fornecimento de energia o Curiosity transporta um gerador termonuclear de radio-isótopos e baterias de íons de lítio.


Ilustração simulando a curiosity no solo de Marte

Se tudo correr bem, o Curiosity irá atingir o planeta vermelho entre as 0500UTC e as 0530UTC do dia 6 de Agosto de 2012, descendo a 4,5º latitude Sul e 137,4º longitude Este no interior da cratera Gale. A sua missão primária terá uma duração de 98 semanas (um ano marciano).


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